SEGUE-ME?

31 de julho de 2010

"Voar"




Hoje tu atiraste rosas em meu jardim.
Sem que eu as estivesse esperando.
Coloriste um sorriso em meu semblante.
Abrilhantaste o meu olhar.
Olhaste bem dentro dos meus olhos,
Tocaste bem dentro do meu coração.
Amainaste a tempestade de tempos fortificada aqui.
Divergiu o discurso prolixo contumaz.

Hoje eu me encontrei.
Hoje tu me devolveste.
Com todo recato e ternura.

Senti-me viva... Novamente.
Senti-me liberta do vazio que me contristava.
A brisa dócil a tocar em meu rosto.
O teu perfume exalando em meu ar.
Teu olhar em mim.
Tua boca parafraseando versos de um amor ilícito, impudico.

Será apenas mais um momento efêmero de reviver?

Pude avistar a luz do horizonte próxima aos meus passos.
Mesmo no mais insondável silêncio...
A paz transmutou o tédio habituado.

Voei lentamente para teu amor,
Com asas novas.
Asas coloridas e leves.

Sem pudor entreguei-me ao teu sorrir,
Abri espaços de sentir.
E, nas entrelinhas... Amar-te...

Desprendi-me das mazelas
Ocultei o meu temor.
Hoje sou eu mesma.

Ouvi pássaros declamando seus hinos
Sentimentos recônditos, agora claros, tênues.

Guardei esse momento na caixa mais bela e colorida que já avistei.
Enchi-a de esperança.
Invadi os espaços, em outrora vazios.

Amanhã, se eu acordar, e tudo for escuro novamente,
Vou lembrar-me de minhas asas.
E que resta-me,
Ainda...
Te amar!


(Naná) 

29 de julho de 2010

" Ínfima"



É como se algo tão grande quisesse infiltrar-se em meu “eu” tão ínfimo.
É como se eu me dissolvesse diante de quaisquer expectativas.
Sufocada pela dor de ansiar em fugir desse mundo inoportuno, intempestivo.
Sinto-me egoísta... Diante de tanto sentimento exacerbado que me comina e aturde-me ao passar do tempo infindável.
A amargura tão notável enclausura-me num Mar Gélido e Revolto.
Nada mais têm propósitos.
Tudo envolto é escuro, frio, opaco, inconsistente.
Sempre vagas memórias indeléveis... Torpor... Mazelas Atando-me os passos...
Calando minhas vozes interiores.
Vagando sob caminhos sombrios de sentir.
Resquícios desfeitos de sonhos frustrados de fazer... amar..
Posso sentir o cheiro da turbulência que exala aqui em meu âmago.
Sinto o toque frio da Noite a evadir-me envolto assombros.
Sentimentos à esmo.
Insanidades ilúcidas.
Tetricidade declarada.
Ao meu lado... Espectros de ilusões persuadem-me a crer que há tempo... Ainda...
Mas eu já não possuo forças pra trazer-te...
Ao meu lado.
Deixei-o no pretérito imperfeito... Na mais cruel decisão de esgueirar-me de amar.
A solidão é tão explícita que eu não quero mais um complô de alusões para o resto dos meus dias.
No meu quarto há tantos corações espalhados... sangrando...
Outrora eu fechava os olhos e podia ver estrelas...
Já não posso mais...
Minha acepção das quimeras incondizentes sobrepõem-se à qualquer suscetibilidade de regresso.





...“Num dia tão frio deparo-me com um esboço do teu sorriso ao meu lado.
Inferno pungente de amar.
Eu Te amo.
Não me sorrias,
Não me ames.


Pois é tudo o que eu preciso neste momento.

Afasta-te... Oculte-se”...

E eu acordo do sonho...
Mais uma Noite...

Até quando?
Os dias não findam

E a Saudade...
Intrínseca em minha essência...





(Naná)

28 de julho de 2010

"Disafeição"




Indescritível a dor que envolve-me.
Eis aqui uma alma liberta do que a suprimia.
Agora apenas resta um silêncio vazio...
Um espaço a ser preenchido pelo tempo de reluta contra a dor da ausência.
Decidi-me esquivar de ti.
Uma névoa encobre meu coração... ainda indiferente à tua infreqüência.
Minhas lágrimas talvez perpetuem-se em meu âmago.
Nunca é fácil...
Ainda recordo-me de quando disse- lhe “Adeus”...
O deixei com o olhar fixo... Esperando por uma contra-resposta.
Mas eu precisei fazer isso.
Eu preciso de ti...
Mas primeiramente preciso de mim mesma.
A cada dia estava mais hermético esse sentir.
E eu não posso mais recorrer à alguém, à não ser debelar o que nutro aqui dentro.
Os peixes não podem voar!
E a escuridão também serve para a Introspecção.
O frio também serve para enfrentar a Saudade.
A dor... Motiva-nos à forticarmo-nos.
Volitiva, a angústia roga-me para que retroceda.
Mas eu não posso mais fugir de tu...
Eu estou deixando-me escapar por entre os dedos.
Estou aprisionando meus sonhos num horizonte intangível.
Eu estou fugindo desse amor impudico que nos atrai.
Eu estou renunciando ao meu amor.
“Por Tu”
“Por Mim”
“Por Nós”.
Ao menos tente compreender-me.
Teus olhos ígneos já estão intrínsecos numa incessante agonia de querer-te.
Preciso voar para outros ares,
Avistar novas flores noutros jardins... Longínquos...
Esquecer do meu coração insano...
Eu tenho penas debaixo da língua...
Eu tenho gelo no coração.
Eu não posso permitir que o tal sentimento desumano
Instaure-se em mim.
Não posso te amar, como
Eu Te Amo...
Deixo-te minha Ternura de Desejar-te,
Embrulhada juntamente à Desventura de Te Amar-te.
Adeus!
P...


(Naná)



27 de julho de 2010

Triste...




Hoje senti-me tão vazia.
Senti-me num lugar desconhecido, como se eu estivesse em um labirinto buscando por pistas.
Senti-me indiferente.
Olhos baixos...
Passos lentos...
Com o coração nas mãos... fadigado.
Sorriso lúgubre.
Senti tanto a ausência de um abraço, uma palavra.
É como se meus pés procurassem um chão,
Meus olhos... um ponto de fuga... tão longínquo...
Tentei esgueirar-me de sentir.
Mas a volição estava oculta... tão visívelmente debelada pelo tédio.
Senti-me gélida...
Como se passasse em minha frente um filme da minha própria história em preto e branco...
E como se eu sempre estivesse só.
Tudo o que circundava-me era intangível.
E eu tentei acordar desse sonho... Mas estava atada pelas mazelas.
Inexprimível a dor de sentir-se só.
É como se tudo estivesse acabado.
Como se o tempo passasse, nada transmutasse...
E você, ali... estático.
Sem rumo... sem alento.
Apenas esperando uma carona pra seguir para qualquer lugar...
Preciso acordar desse pesadelo que comina-me... Rouba-me aos poucos o vigor...
E deixa-me à evadir-me.



(Naná)

26 de julho de 2010

Desembaraço Alheio... Cegueira Social


Não sabia bem o que postar hoje.
Inquirir sobre saudades, utopias, hermeticidades... Tantas coisas... Tanta contraditoriedade de sentimentos...
Se eu for olhar para dentro, não me cabe em palavras nesta página tão ínfima.
Pessoas que passam, que ficam, se vão... Assim como os sentimentos: forasteiros... muitas vezes... tétricos... alegres.
Conoto insanidade com meus dizeres etéreos... Mas afinal, quem não possui mazelas?
Inquirições tão constantes... Sempre penso demasiadamente... Preciso parar de ser suscetível na busca exacerbada de razões.
Mas sempre eterna luta: razão ou sentir?
Preciso quebrar muitos paradigmas de ser... de crer.
Ás vezes é necessário ceticismo... porque, francamente... crer em certas coisas é inconveniente, chega até ser ridicularismo.
Sinto-me uma desvairada com meus pensamentos... Mas também minha acepção, da insensatez tão contumaz na contemporaneidade eu não posso transmutar. Está explícito.
Só não enxerga quem não quer.
Ok ok.. Páro por aqui minha opinião alheia. Existe o Livre Arbítrio... Liberdade de Expressão... Ou seja lá como for que pregam... mesmo sendo Libertino.
Enfim... Deixe o mundo que se resolva.
Não sou egocentrista... Mas ao menos não sou adepta de um estereótipo manipulador e desconexo o qual é pregado descaradamente... Quanto poder fútil de Persuasão...
E apenas os que enxergam e não se enleiam, é que são denotados como caretas, foras-da-lei, tolos, quadrados... enfim.. infinidades de rótulos.
Tudo bem... Já acostumei-me a ser diferente... chata... tola... Mas não debelo-me por comentários alheios.
Eu sou fator determinante para os meus atos... Processo o que ouço... Seleciono o que falo... Não copio ninguém, talvez isso incomode... O fato de ser eu mesma.
Porque é moda copiar... Roupa, cabelo, estilo... Quando se fala em ser você mesmo... começam os comentários inconcretos... tolos.. enfim.. dispensáveis.
Sabe... querem saber...
Cansei!
Eu quero viver sem regras...
Não vou importar-me com o que me vier na frente. Estou certa de meus princípios, se me colocarem à prova... Dou a cara à tapa.
Não podem me roubar... Só se rouba o que é tangível.
Meus princípios e meus ideais estão intrínsecos.
Quem ousará desafiar?
Ainda assim existem manipuladores baratos... haha... Mas só para quem é vulnerável.
Estou meio sem idéias mirabolantes hoje.
O que prevaleceu foi um desabafo crítico... rs
Vou ver se crio algum texto proveniente de uma inspiração magnífica.
Só queria esquivar-me de sentir um pouco.
Estou muito aturdida... rsrss


Bjoss..
Naná*

24 de julho de 2010

"Utopia"


Mais linhas descritas em meu diário consecutivo e perturbador de ilusões... desenhadas tão contínuamente por onde meus passos prosseguem.
Sempre um abismo infindável de emoções tão inconstantes, incoerentes, insanas.
Tento juntar os cacos de um ser intraduzível.
Tudo é tão hermético... Lembranças perturbadoras do presente sem constância, embora tão vivo diante de meus olhos cegos...
Eu quero evadir-me desse abismo impenetrável, porque não suporto mais ter que conviver com isso.
Quero calar meus pensamentos.
Voar para um lugar longínquo... o qual tu não transpasse.
Todos os dias meu diário acresce mais confusões...
Todas as noites me furtam o sono...
Tantos por quês inexprimíveis.
Lagrimas tão contumazes... inefáveis.
Estou aturdida.
Preciso desligar-me...
A ilucidez persuade-me a prosseguir em um labirinto o qual desconheço...
Eu preciso de tu...
Ou que sejas dissipado de mim.
Estou movida por uma alma sequiosa e tão suscetível...
Sem forças... Meu corpo leva-me por caminhos obscuros para tentar encontrar uma luz... um sentido.
Mas a cada dia as mazelas fazem-me ter consciência da minha inconsciência exposta...
Não sei mais o que é sonho, ou o que é real.
Acordo todos os dias tentando acreditar que fora apenas imaginário, mas eu sinto uma ânsia que me enforca... Uma força que me puxa pra de volta à tu...

Eu ainda vou enlouquecer...


Não sei mais...


Meu sentido sumiu.


As palavras calaram-se.



Talvez eu adormeça algum dia.


Talvez...



Que não seja tarde...



Tarde demais.




(Naná)

"Nostalgia"



Um alento!
Uma canção sorridente para meus olhos!
Um sorriso nos lábios para meus ouvidos!
Contraditoriedades...
O êxtase contrapõe-se ao torpor que invade-me agora.
Teus olhos vivificam e ressaltam meu calor no coração, embora habitem incertezas... aqui dentro.
Inexeqüível tentativa de fugas... frustradas...
Apenas ensaios de ocultar-me do que sinto... A cada dia mais veemente...
Hoje teu olhar roubou-me...
... Novamente...
É teu dom. E eu não posso eximir-me de não correspondê-lo!
Tua ausência é um vazio tão tétrico...
Sinto-me como se meus sorrisos estivessem atados...
É um silêncio ensurdecedor do meu vazio.
Noites contidas de uma insônia pungente...
A solidão a ecoar dentre os corredores de minha mente e do meu coração.
Um poder volitivo de querer-te.
Tu transpõe a ordem da razão.
Algo vertiginoso. Algo incessante.
Circunda meus passos.
Trespassa momentos.
Transcendente ao meu querer.
Tua fosforescência incita-me a buscar o intangível.
Minha suscetibilidade exacerbada ?
Talvez!
Proveniente de insensatos...
Tolos românticos feito eu...
Cada entrelinha escrita, lida... é sentida.
Transmutada em translucidez.
Anseio alongar-me em teus braços.
Sentir teu perfume.
Olhar tão profundamente em teus olhos ígneos.
Quimera ? Utopia ? Amor?
Uma Bruma sentimental ?
Respostas sem "por quês".
Perguntas incoerentes.
Sem demais cogitações e introspecções!
Pois já basta-me sentir-te.
Na longevidade do amar, eu prossigo...
Passos lentos... incertos...
Podes ler as entrelinhas?
Podes sentir-me também?
Avisto em teus olhos tantas coisas... !
Chega de inquirir! Trepidar!
Entrego-me à este sentimento amorfo!
Que rouba-me para devolver-me...

Desejo-te...

Impudicamente...

Inextricávelmente...

Não me julgues!
Não debele o concebível !!!


(Naná)


23 de julho de 2010

... "Insônia" ...




Mais uma noite de introspecção.
Remexendo a caixa de pensamentos... Limpando o Baú dos sentimentos.
Parece-me um horizonte infindável... incessante.
Um instante de Paz!
Ao menos um, em qual me esquivo do barulho mudo de um âmago aturdido que vive inquirindo-se.
Busco nas linhas, meu desabafo tão solitário... Entrelinhas preponderantes no contexto tão real e tão contido de fastio e alusões.
Logo a manhã renascerá...
Eu,
... ainda longínqua do Sol...
Ao menos posso sentir o perfume das flores... algum canto dos pássaros.
Ainda existe, não obstante oculto, algum resquício intermitente de fé.
Sinto que meu fardo já me é tão contumaz, que por vezes não me deparo tão mais com a dor, pois ela está intrínseca.
Ainda sobrevivo diante das muralhas impostas aos meus olhos.
Contrapõem-se aos sonhos, indeléveis frustrações de outrora. Furtam-me o alento.
Eu... sequiosamente....
Tua presença ausente incita-me a querer-te.
Inconveniente é Insano.
Legítimo “Cheio de Vazio”.

3:25 da manhã.
Meu coração ainda bate... Mas preferia singrar num sono profundo... Desvencilhar-me de tu.

Apenas uma Incerteza espectral.
Melindrosamente, uno as dores e desamores. E guardo numa caixa tão branca e se forma... para o dia que sucede.

Ainda espero que tu te evadas do meu ser...
Dissipe tuas palavras que me foram ditas.
Ou espero, talvez... a esmo, esse dia.

Inextricável sentir o que sinto.
Queria ter o dom de abster-me de gostar.
Ou ser onisciente perante “por quês”.

Deito na cama...
Mais versos perambulam em minha mente... Palavras provenientes de uma alma inquieta tentando libertar-se do Vazio da Solidão.

Uma Noite em claro.

Um dia me despeço de ser Notivaga.
Um dia perco esses olhos taciturnos... tétricos.
Dou vida à mim mesma...

Um alguém ainda oculto do espelho.


(Naná)


22 de julho de 2010

"A Última Despedida"...


O tempo esvaiu-se.
Fora sua última declaração.
Seu último discurso infrutuoso.
Jamais fui suscetível às suas emoções frívolas, pérfidas, hipócritas.
Seus vocábulos pungentes não persuadem-me.
Sobejam espaços consecutivos de ausência de volição audível aos teus fatídicos contos de ser ou realizar.
Basta!!
Já não estou mais neste contexto ridicularizado que tu pregas.
Teus pensamentos taciturnos: Embale-os e desagregue-os. Incinere suas quimeras!
Seus espasmos mentais, advém de um "eu espectral", a legítima ausência de um alento anímico,
Tu rastejas numa mortalha infindável, e almeja congruência de ações.
Lamentavelmente a vulnerabilidade de outrora esvaneceu-se.
Eis a tua chance de redimir-se perante o que te afiguras.
Armas mnemônicas não sucumbem-me.
As mazelas cicatrizam, mas não sobejam insanidade.
Escolhas entre sobreviver ou deambular.
O tempo sempre é breve, mesmo dentre nuvens negras.
Sua letargia não comove-me mais. Não sou adepta à jogos baixos.
E eu sei o quanto isso custa a tua raiva desprezível e fútil, por eu declarar a volição em prosseguir com meus próprios passos, e apenas completar mais um sagrado vazio dentro do teu peito medíocre e egocentrista que cultivas.
Eu estendo-lhe a mão, neste último instante, um último suspiro de tolerância à um novo recomeço.
Não menospreze meus caminhos, pois não costumo dar valor aos que são assassinos incessantes de sonhos.
O limiar de minha consciência não debela-se pelo teu monocromático sentir, nem por tua postura rija e gélida.
Os segundos para um adeus breve, aproximam-se de tua mente pulsante e intolerante.

Chegou a hora de veres meu semblante num gesto simbólico, não obstante, ser eterno em tua memória...



(Naná)



21 de julho de 2010

"Desenlace"


"Eu cansei de viver condicionadamente.


Desliguei-me desse novelo de aço que me enleava num precipício sem fim.
Apaguei você... que outrora, era resplandecente... Hoje apenas um pretérito inalcançado.
Um
mar
morto.
Um ser lamentável... Hermético...


Paraplégico da razão de amar.
Conciso e gélido.
Dissipei meus sentimentos...
E lhe entreguei-os numa bandeja ensangüentada de presente...
Dentro de uma caixa
colorida
e
vazia.
O seu olhar me foi funesto.
O meu tempo, desgastante.
Minha vida de sentir, em vão.
Esperanças amassadas e jogadas num buraco profundo
... indizível...
Meus passos se afastam de um coração que não mais bate.
Apenas um órgão involuntário... que deve ser limpo todas as noites, as quais o meu sono oculta-se desse corpo estático.
Esgueirar-me de sentir...

Tu me amas... E também lhe amo.

Mas lhe odeio... Odeio porque declara teu amor nas entrelinhas.

Odeio porque me falas ao coração... que é surdo.... que é cego...
Por
te
amar...
Sugas-me a essência...
Me roubas, devolve-me...
Ama-me ...
Foge... regressa.
Oculta-se.
Amor Insano.
Amor Utópico,
Impudico,
Insensato.
Digas-me que sumirá com o vento que se vai para nunca mais regressar...
Me jures que nunca mais surgirás em minha mente para me atormentar. Estou sangrando...
É meu último suspiro...
A salvo dentro de mim ...


Estão todos os meus sentimentos por você...

Doce luz extasiada........
............................... Que termina aqui esta noite".


(Naná)




20 de julho de 2010

"Longe"....


Hoje,
Mais um dia terminou.
Apenas mais um dia...
Apenas mais um sentimento...
Apenas...
Mais uma lágrima a regar o venoso sentimento que percorre em minhas veias...
Aturde-me a visão...

Hoje...




Apenas Eu.


Apenas Você.
Apenas Nós...



Longínquos...
Atados...
Correntes tétricas...
Contraditórias...
Um alento perturbador que faz-me querer tapar os ouvidos...
Preciso evadir-me...
Nadar contra a Maré...
Voar contra os ventos... veementes...

Hoje...
Memórias indeléveis...
De um tempo presente utópico...

Versos... amores...
Sonhos... imperceptíveis...


Desnudo-me do torpor...
A volição é vã... Ironia...

Meus passos enfeitam
Apenas pegadas... Sem marcas visíveis
De um âmago sequioso...
Sob um corpo contido de fastio...
Alusões...
Alucinações...

Eis-me aqui...
Mais um dia.
Em um quarto escuro...
Preenchendo palavras sinceras....
Cheias de vazio...

Crio asas e vôo para longe....

Sempre Longe...

De Você.."


(Naná)

18 de julho de 2010

Evanescence (Anywhere)






"... Qualquer Lugar ... "





Querido amor, você não queria estar comigo?
E, querido amor, você não desejava ser livre?
Eu não posso continuar fingindo que nem te conheço
E que em uma doce noite você é só meu
Pegue minha mão
Nós estamos partindo daqui esta noite
Não há motivo para contar para os outros
Eles apenas nos atrasam
Então, pela luz do dia
Nós estaremos à meio caminho para qualquer lugar
Onde o amor é mais do que apenas o seu nome
Eu sonhei com um lugar para você e eu
Ninguém sabe quem somos lá
Tudo o que eu quero é dar minha vida apenas a você
Eu sonhei por muito tempo, não posso mais sonharVamos fugir, te levarei lá
Nós estamos partindo daqui esta noite
Não há motivo para contar para os outros
Eles apenas nos atrasam
Então, pela luz do dia
Nós estaremos à meio caminho para qualquer lugar
Onde ninguém precisa de um motivo
Esqueça essa vida, venha comigo
Não olhe para trás, você está a salvo agora
Destranque seu coração, baixe a guarda
Não há mais ninguém para te parar
Esqueça essa vida, venha comigo
Não olhe para trás, você está a salvo agora
Destranque seu coração, baixe a guarda
Não há mais ninguém para te parar
Nós estamos partindo daqui esta noite
Não há motivo para contar para os outros
Eles apenas nos atrasam
Então, pela luz do dia
Nós estaremos à meio caminho para qualquer lugar
Onde o amor é mais do que apenas o seu nome.








18 julho 2010 - 3:00AM




Meu corpo se inquieta em minha cama... Tentando retomar ao sono. Mas os pensamentos sempre me distraem... E me levam inconscientemente até você.
Afigura-se como um alento... Fulgurante... Obstante, longínquo...
E eu me contorço... trepido... Com medo de sentir... Com medo de pensar no sentimento.
A razão objeta a alusão...
Um mundo cósmico persuade-me a não divergir ... E eu evado-me...
Mais uma vez... Debelada por você.
Outrora, tentei fugir, esgueirar... Mas sou fraca....
Eu amo!
É algo inextricável...
É como se me roubasse de mim mesma... Roubasse meus pensamentos...
É como se eu te sentisse, ao te tocar...E Eu sei que você está aqui.
Ao falar-lhe, sinto o quanto auscultas meu coração.
E te aproximas de mim... Mesmo sem que percebas.
Eu pude avistar o teu amor nas entrelinhas...
Tantas declarações transmutadas em versos, cartas...
Como fugir?
Um ímpeto, brisa veemente enleou-me...
Mas por que não entregar?
Meu âmago confere com a incerteza... Não te prenuncies!
O transcurso me incita: Ancorar-se!
O amor é fosforescente...
O amor torna-nos suscetíveis à dor de amar.
Ironia do Destino!
Entregamos-nos um ao outro, aos poucos...
Melindrosamente...
Sequiosamente...
Adentrando sutilmente nos poros...
Assim tecemos o nosso amor...
Um encontro alheio... Mas ávido...
Sem pretensões...
Sem mácula ou transgressão....

Nos amamos...





(Naná)


 

16 de julho de 2010

"Tetricidade"


Para que escrever poemas?
Talvez as palavras incitem à apenas sentimentos, anseios ilusórios.
Introspecção já não me basta.
Apenas há ausência de concretismo.
Fugir do que é Real, é anormal... ou um Meio?
Um meio para Fuga, talvez...
Um modo para refletir...
Ou apenas incongruência de ações.
Invisível ao alheio.
Lágrimas contrapõem-se aos sonhos...
Regidos talvez por emoções passageiras...
Sonhos longínquos... improváveis...
Escancaro, escandalizo a minha dor pelo silêncio.Cala-me a Voz do coração.
Ensurdece-me a Sensatez.



Enfim...



O torpor sempre me coage.


Eu?
Estática...
Sempre...



Sempre é Tudo Igual.
Apenas eu, busco transmutar-me.. (por vezes)...
Por quê? Pergunto-me...
Apenas para simular ideais..
Embora já fracassados...



Um dia " Tudo passa" ...



Um dia "Tudo Muda"...



Um dia "Me liberto"...



Um dia "Crio Asas".




(Naná)

"Evasão"





Sim...
Talvez esteja aprofundando demasiada e inconsequentemente na corrente que enleia meus sentimentos e pensamentos.
Outrora, talvez não persuadisse a forçar decodificar tantas respostas.

O pretérito ainda sucumbe-me.

As memórias indeléveis debelam-me.

Incitam a inquirir-me.

Incógnitas! Não posso eximir de tal Missão Inexequível.

Encontros mal-destinados...

Desencontros encontrados repentina e sorrateiramente.

Evasiva encontro-me.

Coagindo minhas forças mentais de ocultar-me da cruel realidade gélida.

Dois mundos em meu estado mental: O de perspectivas e o de transmutação rija ... Qual prosseguir?

Aturdida por alusões, pressionada veementemente para realçar meus atos, forjo minha identidade; encontro-me solitária e profundamente imersa por acepções confusas, brandas e contraditórias.

Os dias sufocam e penetram em meus póros a fim de encorajar-me a desvendar a contenda que me fia nesse impasse indizível ...


(Naná)

... "Solidão" ...




Trancada em meu quarto
Eu ouço meus pensamentos
Vejo em meus sentimentos
Choro sorrisos
E sorrio lágrimas.

Ouço a voz da consciência
E do silêncio perturbador
Vejo o meu passado
Mas me cego para o futuro.

Reviro retratos em minha mente
Tristezas alegres
Quando estava contigo
Alegrias tristes agora
Pois estou só.

Releio memórias indeléveis
E busco algo que apague o que fui,
Para poder ser quem eu realmente sou
No hoje.

Corro atada em correntes
Sorrio presa em lágrimas
Grito, mesmo estando calada.

Nada preenche,
Nada liberta,
Apenas me sucumbe, me delibera.
Direciona-me à nada.

Tento ensurdecer as tristezas
Cegar as minhas culpas
Deletar o meu translato
Abrir os olhos do meu coração

Mas apenas o tempo
Para me mostrar
Que sofrer sempre é eterno,
E sempre é em vão.





(Naná)

"Labirinto Intangível"



Meu silêncio é regado pela tua ausência.
Tua voz em meu âmago é como um vento veemente, que sussurra a Saudade.
Eu percorro por mundos repletos de Labirintos e Incógnitas que assolam meus pensamentos, aturdem meus sentimentos.
Há um Feixe de Luz tão oculto... Intangível.
Um vazio existencial aliado à um torpor, sucumbem-me.
Tua imortalidade em “meu eu” é notável ... Transmuta-se nas entrelinhas dos sentidos.
Existir ou não existir ... Sempre contraditoriedades expostas ... explícitas ...
Te ocultas em meus sonhos surreais.
Desabrocha nas Mazelas do meu coração.
Adquire formas a serem decodificadas ... Porém, sem muito êxito.
Tento eximir-me de mim mesma, mas está intrínseco em minha visão ... Tão longínqua de qualquer resquício de concretismo.
Insanidade ... Saudade...
Ausência ... Carência...
Torpor ... Excitação...
Anjo de Luz ou Demônio.
Ponto de Fuga ou Encontro.
Quero poder abrir meus olhos, ou despir-me deste sentimento.
A razão está desencontrada.
Estou enleada na relação “Imensurável - Suposto - Óptico”.
Estarei sendo adepta à Ilucidez?
Ou apenas intervenção de uma Alma-metade forasteira?
Quero alcançar o Intangível.
Abraçar teus olhos Ígneos.
Sentir teu perfume que exala na Superfície de meus poros...

Quero decifrar-te por inteiro ...
... Sem pudor...





(Naná)

15 de julho de 2010

"Reticências"...



"Sou uma incógnita...
Decodifique-a.





Uma Insana...
Cure-a.


Uma Criança...
Ame-a.

Uma Tristeza...
Alegre-a.

Uma Esperança...
Conceda-a.


Um Abraço...
Liberte-me".


(Naná)