SEGUE-ME?

26 de março de 2011

Existe um tempo...


Existe um tempo que as mesmas músicas e as mesmas palavras não mais te satisfazem,
Que os mesmos versos já não fazem mais sentido como outrora,
E que o senso de humor não é mais tão grande assim...
Aprendemos a não voar tão alto, a não sonhar tantos sonhos...
A enxergar o que é real...
Esse aprendizado é o mais difícil de todos:
Ver que o tempo passa tão depressa, e com o tempo muitas coisas escapam por entre os nossos dedos.
É a fase mais difícil ter que olhar para o espelho e enxergar uma pessoa tão diferente de antes,
Com cicatrizes do que é a vida,
E ainda ter que ser forte para poder prosseguir mesmo com tantas marcas....


[Naná]

3 comentários:

  1. Hey You,
    What's your story now?

    (link:
    http://www.vagalume.com.br/the-exies/hey-you-traducao.html
    http://www.youtube.com/watch?v=J5apUyyyY1I&feature=player_embedded#at=140)

    ResponderExcluir
  2. “Se um dançarino desse saltos muito altos, poderíamos
    admirá-lo. Mas se ele tentasse dar a impressão de poder voar,
    o riso seria seu merecido castigo, mesmo se ele fosse capaz, na
    verdade, de saltar mais alto que qualquer outro dançarino.
    Saltos são atos de seres essencialmente terrestres, que
    respeitam a força gravitacional da Terra, pois que o salto é
    algo momentâneo. Mas o vôo nos faz lembrar os seres
    emancipados das condições telúricas, um privilégio reservado
    para as criaturas aladas...”

    (citação de Søren Kierkegaard por Rubens Alves em Filosofia da Ciência introdução ao jogo e suas regras)

    ResponderExcluir
  3. "existem um tempo que (...) as mesmas palavras já não te satisfazem..."

    pesquisando sobre a eutanásia lembrei-me desse poema, veja:

    Morre lentamente

    Morre lentamente,
    quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música,
    quem não encontra graça em si mesmo.

    Morre lentamente,
    quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.


    Morre lentamente ,
    quem se transforma em escravo do hábito,
    repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca,
    não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.

    Morre lentamente,
    quem faz da televisão o seu guru.

    Morre lentamente,
    quem evita uma paixão,
    quem prefere o negro sobre o branco e
    os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
    sorrisos dos bocejos,
    corações aos tropeços e sentimentos.

    Morre lentamente,
    quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
    quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
    quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

    Morre lentamente,
    quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

    Morre lentamente,
    quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
    não pergunta sobre um assunto que desconhece,
    ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.


    Evitemos a morte em doses suaves,
    recordando sempre que estar vivo
    exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.

    (Morre lentamente - Pablo Neruda)

    estes poema serve para uma boa discusão como por exemplo, sobre a morte.
    Qual seria, então, o momento certo para a morte, aquilo que alguns autores chamam de ortotanásia (orto de correto), que evite prolongamentos desnecessários da vida, tratamentos obstinados, morte lenta, ansiosa e com muito sofrimento, ou seja, uma distanásia (dis de distanciamento)?

    Não devemos nos esquecer que, principalmente nos países mais pobres, deparamo-nos com os que alguns autores denominam de Mistanásia, que seria a morte miserável, daqueles que nem chegaram a ser doentes por impossibilidade de acesso aos serviços de saúde, vítimas de erro, má-prática de ordem econômica, científica ou sóciopolítico.

    Por Thiago L.

    ResponderExcluir

Comente: