SEGUE-ME?

29 de abril de 2011

Bruma...



Amanhece lá fora,
Anoitece aqui dentro.
Enquanto todos dormem, eu acordo.
Mas acordo para fora,
Pois o que está dentro não me deixa abrir os olhos...
Há uma bruma ofuscando minha visão, 
Ocultando os sentidos...


[Naná]



Silenciar...



Eu vou deixar que o meu silêncio fale por mim
Já que a minha voz não tem vez...


[Naná]


Tempestade...


Às vezes surgem nuvens negras em nosso céu ensolarado,
Terremotos sob nossos pés,
Ou ainda lágrimas fazem-nos visita, em consequência de amar demasiadamente.
E tudo isso é tão difícil.
Intempéries existenciais.
Tempestades repentinas...
E julgávamos estar sempre firmes e ciente dos riscos.
Mas também existem dias que agimos sem perceber,
Magoamos sem intenção,
E choramos por fazer doer, além de também sentir dor.
Ah... Uma ovelha desgarrada ocasiona muita confusão!
É como um sentimento mal interpretado,
Um ressentimento, uma flecha atirada.
E o amor deveria  isentar-nos de tudo isso.
O amor não deveria vir com medo de rejeição,
Com insegurança, nem lágrimas...
Não fossem as nossas limitações,
Não fossem os nossos malditos pecados declarados mesmo sem perceber.
E isso dói.
Fere quem sente e fere quem feriu.
E o arco-íris de sorrir foge em plena tempestade, dando espaços para chorar.
Alguém me diz o que faço.
Para onde devo ir.
Tanta enchente de pensamentos,
Que me afogam num mar de culpa,
E eu quero alcançar a estrela da perfeição.
Mas eu pulo,
A maré está bravia, me puxa para baixo, 
E eu sucumbo...
Mais uma  vez...
Talvez eu não seja o bastante para saltar.
Talvez eu não saiba sentir.
Só não quero viver envolta à essa confusão que me aturde.
Apenas PRECISO desafogar-me desse mar que me faz perder a bússola da sensatez, e o resquício do amor próprio que tenta crescer aqui dentro....


[Naná]






28 de abril de 2011

Suscetíbilidade...


Às vezes essa tal suscetibilidade me irrita tanto,
Que eu busco um alvo para atirar, 
E o alvo acaba sendo "eu mesma".
E quando sinto que fui atingida 
Aprendo a Acordar para a Vida.


[Naná]


'Secret Garden'



"A intimidade pessoal demarca uma área privada que exige tolerância e respeito. É um espaço físico,emocional e intelectual que só pertence a mim.Nem tudo precisa ser revelado. Todo mundo deve cultivar um jardim secreto."

(Jacques Salomé)


Há dias...


Há dias em que nem a solidão basta...
É necessário adentrarmos bem mais fundo do nosso âmago
Para cavar algum sentido oculto...
Porque a vontade que prevalece, é fugir de si mesmo,
Ou perder a memória...


[Naná]

Maturidade frágil...


Sei que não devemos nos prender ao pretérito.
Mas ao mesmo tempo não tem como fugir.
Eu vivo, mas também vivi...
Eu só queria poder dar uma volta nas páginas viradas da minha vida
E roubar alguns momentos em que me senti forte,
Onde por mais que houvessem problemas, dúvidas e medos, uma dor aqui e acolá,
Sempre acreditava que passava....
Era como se cair de bicicleta... entre um tombo e outro até conseguir andar...
Ah, como é difícil crescer, e ver esse mundo cruel com os olhos de uma maturidade ainda frágil !
Com a incerteza de que realmente é possível levantar-se de tantos tombos...
Lembro-me de quando era criança...
E me vejo hoje diante do espelho com tantas marcas e defeitos, inconsequências...
Uma carência de afeto desmedida e mascarada, por tantas lembranças que me vêm à tona só pra me mostrar o quanto me doem as perdas...
E eu vejo que ser forte não é ser forte,
É ser frágil...
Não ter medo de chorar, de gritar, de sangrar...
Não cura, não devolve, não muda...
Mas pelo menos essa dor me faz sentir que ainda estou viva...


[Naná]


Metade vazia...


A saudade plantou uma faca em meu peito,
E não pude conter as lágrimas.
É terrível a sensação de impotência pela distância física,
Mas ao mesmo tempo a presença tão gritante aqui dentro.
Eu quero o teu abraço,
O teu cheiro,
O teu olhar...
Eu preciso de ti pra estancar essa angústia, 
Dissipar esse medo que me aturde...
Hoje,
Senti o quanto fico perdida sem você,
Parecia que estava presa à um buraco negro,
Que levou a vontade de sorrir para longe de mim.
E eu chorei...
Senti frio,
Eu nem quero saber desse mundo,
Quando falta uma metade não resta outra metade,
Mas fica uma outra metade vazia,
Que é a mesma coisa que nada.
Eu apenas preciso de ti para poder ser inteira...


[Naná]

25 de abril de 2011

Introspection


Ainda bem que os livros não se esquivam de me fazer companhia.
Nem o papel foge às minhas palavras, desajeitadas e tortas, muitas vezes sem sentido...
Não encaro a solidão como vazio, mas como introspecção!

[Naná]


Thomas Newman - (Any Other Name)


Traz-me Paz!

Sentir saudades...


A saudade tende a me transformar
Em pura ansiedade,
Insanidade,
Desequilíbrio.
A saudade faz demorar o tempo
Faz contar os segundos.
A saudade pode ser boa, pode ser má.
O importante da saudade é a reciprocidade,
Nunca vale a pena sentir saudades,
Quando ela nos causa a dor do desamor.


[Naná]

Ah essa Reciprocidade!



Que bom que nossos olhares se encontraram
E eu pude, finalmente ser devolvida.
É mais fácil sentir o coração batendo aqui,
E sentir o sangue correndo pelas veias
Quando alguém nos impulsiona.

E faz vir o sorriso à tona.

De saudade quase mata,
Mas o amor nos inflama.


Os teus olhos me trazem o Oceano
E eu quero singrar
Pra sempre!
Sem tempo, sem medo!

Sentir o gosto dos teus lábios,
A ternura do teu abraço,

Se for sonho, nunca me acorde!


Eu Amo Você!




[Naná]


24 de abril de 2011

Sonhar, viver o impossível...


E os meus sonhos são impossíveis,
Minhas asas, são destemidas,
E eu quero e faço .
Teimo em querer e fazer.
Teimo em acreditar, em voar.
O óbvio é pouco pra mim,
Nada instigante.
Gosto da aventura do novo,
Dos desatinos e tombos.
Pra quê viver uma vida repetida,
Repleta de certezas, 
Se eu posso inventar uma nova vida?


[Naná]



Querer-te..



E toda essa raiva
Na verdade não passa de uma carência desmedida,
Uma vontade imensa reprimida
De ter-te pra sempre

Junto à mim...


[Naná]


Não haverá mais espaço...


Eu já senti-me muito sozinha,
De lado,
Sem importância.
Mesmo amando incondicionalmente,
Mesmo na demora,
Mesmo na tua ausência.
Mas tudo tem o seu tempo...
Agora é a minha vez de deixar que a minha ausência preencha as tuas horas.
É hora de deixar-te intrigado,
E de talvez, até sentir falta da minha presença.
Mas mesmo assim se a sua ficha não cair,
Não se preocupe!
Pode ter certeza que quando você voltar
Nem que seja numa tentativa de suprir algo sem concretismo,
Tudo o que você fizer, será frustrado.
Por que eu estarei bem longe,
E bem mais perto de mim.
Tão mais perto de mim mesma,
Que não haverá mais espaço pra você adentrar aqui dentro.


[Naná]


Linda Martini - (Quarto 210)


Hoje preciso de um pois,
Preciso de um Sim.
O que é queres de mim,
Hoje sinto-me assim...

(...) Mostra o teu jogo...
Eu pago pra ver...



Amar-me mais...


Preciso aprender a sentir o vento bater em minhas asas,
E acreditar que quando a solidão chega,
Ela chega pra me fazer companhia,
E não pra deixar-me só.
Eu preciso aprender a mudar os passos,
Deixar de amar as outras pessoas demais.
Acho que quem ama demais nunca é reconhecido.
Vou ter que diminuir o meu amor,
Pra que ele não deixe de ser amor.
Eu preciso de equilíbrio.
Eu preciso ME amar mais.
Me entregar menos.
Talvez essa seja a chave pra ser feliz,
Aprender a amar você mesmo,
Pois quando te abandonarem
Você ainda tem o seu amor próprio,
E a solidão não vai doer tanto.


[Naná]



Pachelbel Canon in D


Para relaxar um pouco...

Se quiseres...


Se queres me ver feliz,
Me deixe segura
Ao ponto de que a distância e a tua ausência me tragam a tua presença.
Não faça com que eu me sinta abandonada e nem traída,
O meu coração sabe também ser duro na queda,
E você pode sucumbir diante das consequências desse abandono.
Quando estiver comigo olhe bem nos meus olhos,
Me abrace forte,
E nunca duvide do meu amor.
A dúvida fere,
Mas também faz cessar esse sentimento.
Se queres me ver feliz,
Me faça sentir amada,
Não queira me compreender por inteiro,
Não invada o meu passado,
Não me inquira muito.
Se queres me ver feliz,
Não me julgue,
Não grite comigo,
Não me dê as costas.

Mas o mais importante de tudo:
Se queres me ver feliz
Não me faça viver um amor em vão,
Eu preciso da verdade,
E ela nunca pode tardar a chegar.


[Naná]

Crer?



É preciso persuadir-me a crer nas verdades.
Minha personalidade tende ao desafio,
E gosta de contraditoriedades.
Quando a insegurança chega é um alarme 
Quando as coisas não estão bem....


[Naná]



Enquanto...



Enquanto você brinca de sentir,
Eu vejo o seu tempo a se esgotar...
Acho que você não entendeu que eu levo a vida à sério,
E que não estou mais na época de brincar com bonecas,
E também não brinco de sentimentos.

[Naná]



O que eu quero...


Se eu quiser o abandono,
Deixo-me largada num sofá, ou numa cama qualquer,
dialogando com a minha letargia,
Enclausurando-me nas masmorras psíquicas.
Mas eu busco companhia,
Eu quero um cúmplice.
Não quero dois abandonos de uma vez,
Só o meu já me fere demais.


[Naná]



É Urgente o Agora, o "Presente"..



Eu não quero histórias parecidas,
Eu não quero finais iguais
(Eu não quero mais finais).
Quero sentimentos inéditos,
Não lembranças engarrafadas.
Tenho a necessidade constante de mudança.
Não gosto do comum, do repetido, do passado.
É urgente o agora, o Presente.


[Naná]

23 de abril de 2011

Sentimento "torto"



Eu ouvi dizerem"Eu Te Amo" por acaso...

Só queria descobrir qual o propósito de atirar palavras em vão,
De se consumir o tempo precioso, 
De rasgar o meu coração com palavras fáceis e sem direção.
Eu não quero "sentimento torto".
Não sou um brinquedo, 
Nem objeto de contemplação.
Tenho vida, eu sinto dor,
Eu apenas preciso amar,
Sentir Amor..


[Naná]

Indiferença...



Mesmo quando você faz de tudo, as coisas não progridem,
Nunca está "bom".
Vou arriscar "fazer nada".
Certamente a indiferença e a ausência trarão algum incômodo.


[Naná]


Partir...


Eu sei que se eu gritar agora
Você não me dará ouvidos.
Então é melhor eu ir embora,
E deixá-lo sem explicar os motivos.

[Naná]


Pretérito-imperfeito...



Sabe aquela guria suscetível e inocente que você conheceu?
Então, ela ficou no pretérito-imperfeito!
Crescer é inevitável.


[Naná]


Limitar-se...


Talvez seja tarde quando regressares.

E depare-se apenas com memórias não consumadas,
Sentimentos mal-resolvidos.

Eu esperei por um longo tempo sem hesitar
E você se esqueceu.

Partirei com a consciência de que o tempo foi mais forte do que o amor.
E que não era pra ser...

O meu limite se esgotou.


[Naná]



Prisão...



E enquanto você olha para fora,
Eu tento sair daqui de dentro,
Dessa prisão de te amar...

... Amar, talvez em vão...


[Naná]


Abandono...



Sinto-me abandonada...

Eu só não sei distinguir 
Se fui abandonada por ti

Ou por eu mesma..


[Naná]



Silêncio...



Estou tentando decifrar o silêncio.
Ele sussurra algo em meus ouvidos,
Mas estou alheia à ele,
Em meio à minha própria introspecção...


[Naná]



Fugir...


Hoje o caos resolveu me visitar.
Trazer más notícias de tristeza,
A insegurança veio de mãos dadas...
Num ritual pungente de asfixia,
O torpor se instalou aqui.
Senti-me frívola,
Despropositadamente,
Buscando um horizonte pra fugir do medo.
Tolice querer fugir de si mesmo.


Tolice!


[Naná]



Amar...


Eu sei que o amor não se define,
Não existem palavras, versos, poesias que materializem os sentidos....
Apenas se sente...
Mas acredito que o amor é esperar o que não se espera,
É ser surpreendido,
Roubado.
Perder o sentido,
Ficar confuso...
Amor é um misto de querer e não querer,
Uma vontade imensa de ficar...

O Amor é um sorriso, um gesto, um toque,

Um olhar...


[Naná]





21 de abril de 2011

Tempo...



Eu não tenho o dom de esperar...

O meu tempo é sempre Urgente...


[Naná]


Me olham...



Às vezes tenho a sensação de que as pessoas me olham como se eu mordesse...

O pior é que elas têm razão....


[Tati Bernardi]


A vida passa, e eu passo pela vida...


Vou deixar sinal pra você notar
Que quem ama tem que cuidar.
O tempo passa, nada é igual
E eu mudo o meu modo habitual.
Vou mudar de rumo, de caminho
Eu não sou um "qualquer tipinho"
Que apareceu, e veio pra ficar.
Gosto de novos ares,
De sentir-me realmente amada,
Para assim poder de repente, de verdade,
Amar...
Não aceito ser diminuída.
Se você não muda,
Eu vou e você fica!


[Naná]

Setembro/2006

Alone...


Eu não tenho medo da solidão...

Ela me embala quando estou triste,
Me aconchega em seus braços quando estou mal
E me conforta com suas lágrimas.
Sou equilibrada no meu desequilíbrio.

Eu também aprendi a ser par
quando estou só.

[Naná]

E o que eu ganho e o que eu perco...



Há dias que se perdem...
Há dias que se ganham...
Há dias que eu não ligo pra consciência...
Às vezes ela é tão gritante que me ensurdece.
Deixo ela descansar um pouco.

Eu não sou obcecada em agir à todo tempo certa.
Às vezes faz bem quebrar regras,
Jogar tudo para o alto,
Ligar o "dane-se".
É bom se rebelar de vez em quando,
Mudar os hábitos...

Odeio dias iguais, monótonos, regulares...
Eu sempre repenso meus pensamentos.

A cada dia construo um pouco de mim, de formas novas, diferentes...

Não nasci para a previsibilidade.



[Naná]

20 de abril de 2011

Escrever...


Não acredito no jogo de palavras mencionadas ou escritas.
Escrever não é um jogo, é um ato inspirador e que faz conexão com o cerne, com os sentidos...
Porque é fácil somente unir palavras belas para tentar dizer algo coerente... Mas o impacto nos sentidos é superficial, é como se decorar uma fala, um texto, e não viver aquilo.
E eu não sei burlar os meus atos, tenho o péssimo hábito da sinceridade plena, de sentir tudo o que faço, embora nem sempre isso seja coerente e nunca seja planejado, porque os sentimentos vem sem marcar horário.
Por mais que o meu discurso seja difuso, eu não abro mão de estar em paz quando escrevo, pois eu sei que as palavras têm um peso muito grande, elas têm poder. Elas refletem a minha verdade, o meu sentido, ou a falta destes...
Eu não quero versos decorados, tampouco ser compreendida, eu só quero ser livre para sentir...
Eu não quero que minhas palavras criem vozes e incomodem...
Eu vôo para apenas eu mesma sentir o vento sobre as minhas asas.


[Naná]


Só um tempo mais...


Deixe-me quieta no meu canto,
Com minhas lágrimas 
E minha alma ressentida.
Porque eu preciso desse tempo pra chorar,
Me culpar,
Me odiar.
Preciso ficar mal.
Eu sou perseguida por essa tristeza sem sentido,

Essa mágoa de mim mesma,
Esse medo desmedido e inconveniente...

Talvez sejam as lágrimas que me sustentem,
Pra que eu não sucumba de vez.
Preciso sentir a dor pungente aqui dentro,
E olhar para o espelho e sentir a minha alma doer...
É o tempo que preciso pra desabafar 
E acertar as contas comigo mesma.
Aqui dentro mora a persistência mas também a arrogância.
A sutileza e a intemperança...

Aqui dentro existem tantas de mim,
Que por vezes nem eu mesma compreendo.

Algumas me fazem rir à toa, 
Outras me fazem chorar à toa...
Não me julgues e nem se sinta culpado,
Eu apenas preciso desse tempo
Para me redimir...
Até que o sono chegue...


[Naná]



19 de abril de 2011

Transbordar...


...

Mas o mais difícil de tudo
Não é controlar os sentidos,

Mas é cuidar quando eles transbordam....


[Naná]

?



Hoje acordei tentando descobrir

Qual de mim é que manda aqui dentro...


[Naná]

18 de abril de 2011

"... a minha lucidez é que é Perigosa".


Que não esperem muito de mim, pois eu também posso errar.
E que não me julguem de antemão sem me conhecer.
Sou um paradoxo vivo, com tendência a quebrar paradigmas.
Eu sou eu e meus avessos de ser.
Os meus medos e minhas convicções.
Os meus erros e acertos.
Eu sou bem mais do que sei, e mais do que os outros me vêem.
Não me perco em definições, pois tudo o que é definido é limitado. E acredito que limite é algo muito superficial.
Eu amo o contraditório, o controverso, o que intriga, o que queima, o que me ensina, o que me leva para longe do tangível.
Gosto do intrínseco, do implícito, das entrelinhas, das incógnitas.

Podem me chamar de insana, inconsequente...

Mas...

".... a minha lucidez é que é Perigosa" (Já dizia Lispector)...


[Naná]

17 de abril de 2011

Sobre os olhares...

"Eu passo quieta por você, você passa quieto por mim, e eu ainda escuto o barulho que a gente faz." 
(Tati Bernardi)

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Os olhares não mentem,
Os olhares não fogem.
O olhar é um chamariz,
Atrai o que está fora para dentro.

Não existe fuga para o que se vê,
Tampouco se está estampado no semblante,
Se adentra no âmago,
Se queima, se arde.

O olhar mostra o caminho
Os olhares se cruzam,
Os olhares se roubam,
Se devolvem.
Os olhares também se amam.


[Naná]


Amor à moda Antiga


Sabe as coisas simples?
Os olhares tímidos,
O coração disparado, 
A ansiedade em chegar perto,
Poder sentir o cheiro, 
O abraço,
E poder tocar a alma e ser tocado?
É isso que falo sobre "Amor".
É quando a ausência é também presença
Quando a saudade alimenta e fortifica o sentimento
E que por mais que existam barreiras
O amor permanece ali, forte, 
Esperando de braços abertos,
Para te dar as mãos.
Seguir em frente, ao lado.
Amor à moda antiga
Que cresce através de olhares,
E que tantas cartas regam a alegria de sentir-se amado e sobretudo amar.
Passear de mãos dadas,
Ver o pôr-do-sol, a lua e as estrelas,
Sair correndo, e sorrir...
Amar sem medida,
Pra deixar o mundo mais florido,
E o coração e a alma vivos!


[Naná]

15 de abril de 2011

Talvez..



Talvez eu esteja onde não estou,
E me encontre, quando estiver perdida.
Talvez me encontre nos sonhos,
Ou ainda me perca na realidade.

Desnudo-me do meu "eu",
De cara limpa, 
De alma simples.
Dispo-me da hermeticidade, 
E afiguro-me da incoerência de ser sã.

Talvez seja eu apenas uma brisa,
Que acorda com a tempestade que invade.
Quem dera ser um pássaro,
Voar sem hesitar para a liberdade.

Eu sou um misto de ser e não ser.
De crer e não avistar.
Talvez minha consciência seja a inconstância,
Ou ainda a inconsciência me contenha.

Sou uma louca limitada,
Uma voz muda, calada...


Eu sou Tudo o que sou,
Mas também posso ser Nada.


[Naná]


Era uma vez...



Era uma vez uma garota que desconhecia a auto-estima...

Um dia desses, ela decidiu jogar seus monstros todos para fora,
Arrumou suas malas e saiu se aventurar em  outro mundo...
Longínquo de onde ela habitava...

Ela podia agora sair gritando e correndo,
E fechar os olhos,
Sem ouvir críticas, julgamentos...

Indiferente do que pensavam, do que diziam,
Do que a insultavam...

Ela agora tinha asas, 
E o mundo tinha outra cor.
Ela se sentia viva,
Longe de toda tristeza e desamor..


Mas é claro, isso é apenas um conto.
Apenas uma história idealizada,
Numa tentativa frustrada 
De não ferir os seus reais sonhos....


[Naná]






13 de abril de 2011

Coração de Vidro...


Às vezes meu coração parece ser de vidro,
Em outras parece ser de aço.
Vive incerto, vive ferido,
Mas também se recompõe dos estilhaços.

Meu coração fala mais alto do que a minha voz,
As palavras por vezes ficam mudas, ficam sós.
Os sentimentos sempre incitam,
Eles têm vida própria, eles gritam.

Hoje acordei triste, 
E com palavras indizíveis...
Tenho medo de sentir o que em mim existe,
E eu queria ser invisível.

Que as intempéries passem logo
Senão em lágrimas eu me afogo.
Meu Deus me ajuda a ter paz,
O sofrimento dói demais.


[Naná]


11 de abril de 2011

Minhas pontes... minhas asas...


Eu sei que seguir em frente, também implica em deixar muitas coisas para trás.
Também sei que atrás de mim, sempre haverão julgamentos.
Eu não me importo em um dia ter errado, porque aprendo com meus erros, e os levo de exemplo em minha bagagem...
Mas não me prendo à eles, porque à minha frente há tanta coisa boa para sentir, para viver, para avistar...
Prender-se aos erros, é esquecer de viver os acertos do presente, é esquivar-se do novo.
Descobri que apesar de tantas imperfeições, as quais tentei corrigir, uma coisa é certa:
Foram todas essas coisas, esses (des)caminhos que me fizerem chegar até onde hoje estou.
E eu sei que nada é eterno, e nenhuma verdade é absoluta... Mas o amor nunca é demasiado!
Sentir o amor e o ocultar, é como ter asas e não voar... é como estar em uma gaiola com a porta aberta, que leva até a liberdade, e não sair dela.
Fui construindo meus caminhos que me custaram lágrimas, angústias, incertezas e medos, mas apesar disso, a ponte me direcionou à você.
E eu não vou me aprisonar...
Eu vou voar até você!


[Naná]



8 de abril de 2011

Amor dos seres imperfeitos...


Todo aquele que ama
Contrai um pouco de insanidade, ansiedade, saudade....
O medo também...
Medo de perder, medo de ficar longe... simplesmente medo...
Mas não existe ausência pra quem ama,
Na verdade até mesmo a ausência toma outras formas...
A ausência traz presença...
Nos sentimentos, nos pensamentos...
Eu sei dos muitos julgamentos que existem por se amar,
Sei também das intempéries existenciais...
Mas a certeza do sentir, e do estar bem,
Transpassa... supera qualquer outro sentimento ruim que possa existir...
O amor transmuta os seres,
E traz alegria, cores, flores para o caminho...
Há quem diga que o amor é indecifrável...
Mas não existe quem diga que quando ele chega,
Ele não avassala....
Não digo de escravidão, de incoerência, de inconsequência...
Porque o amor é cumplicidade, mas com consciência...
Falo do amor que nos enriquece, nos torna melhores...
A paixão também é repentina... mas não se sustenta por muito tempo...

Há também quem me julgue por declarar amor,
Mas não é capaz de me compreender...


[Naná]

7 de abril de 2011

Silent Scream...


Eu queria poder gritar...
Mas o meu grito sufocou-se...

As lágrimas vão fazer o papel delas...
E eu vou cumprir a dor que mereço sentir...


[Naná]

Angst...


Eu não estou bem...
Eu sou uma perfeita confusão que fui alimentando,
Deixando rastros pelo caminho...
Acumulando dores,
Espalhando desamores,
Perdendo o brilho e as cores.
Não dá pra fugir dos erros, e eu não quero fugir deles...
Eu só quero viver em paz comigo mesma...
E a coisa mais difícil que existe em mim,
É aprender a me perdoar...
Devo ser imatura, inconstante demais pra acreditar em mim mesma...
Ou talvez eu não seja digna do meu próprio perdão...
Quero ser uma pessoa melhor...
Mas parece que estou regredindo...

Como um doente em estado terminal...

Eu vou me drogar com minhas lágrimas, com minhas dores...
Pra ver se isso tudo acaba de uma vez.


[Naná]