SEGUE-ME?

28 de agosto de 2011

Os caminhos da Consciência....


Às vezes eu apenas queria poder me privar dessa minha consciência aberrante, que me tira o sono, e me faz refletir por horas...É um peso muito grande pensar tantas coisas, chego até me sentir cada vez mais impotente diante dos problemas, ao invés de solucioná-los... O que me acalma é poder transmitir para o papel essas tristezas, alegrias, anseios... As minhas palavras, de algum modo são um desabafo de uma alma cansada, mas que não pára de lutar...





[Naná]





O amor não mede o perdão, apenas perdoa e ama...


Na privação, na perda, na dor, na morte, aprendemos à dar valor, e muitas vezes reassumimos posturas.
Nesses amargos momentos, aprendemos a ser mais tolerantes, e a amar mais. O difícil é no último caso, quando não existe mais volta para o abraço, para o perdão, para o sorriso, para o amor, a saudade é o que fica, e o remorso torna-se um desassossego.
Que sejamos sempre conscientes de que somos seres errantes, mas que sempre há uma outra chance. Não desperdicemos o tempo com as pequenas mágoas, que acabam por trazer o afastamento. Muitas doenças da alma nascem da ausência do perdão, e da permanência da amargura.
Ame, abrace, sorria, perdoe, quantas vezes for preciso... Mas busque sentir isso de verdade!
A maior grandeza de uma pessoa não está no que ela possui, mas no que ela transmite: opte por transmitir a paz, o bem.
Não há preço que pague, quando deitamos para dormir, com a consciência tranquila, de que fomos o melhor que pudemos ser.
Por mais que não vejamos, ao fazermos isso, lançamos sementes que, certamente florescerão um dia!


[Naná]







Ser como se é, é saber o que se quer...



Por muitas vezes, as pessoas se espantam com o meu jeito de ser: meio rude, direta, e sem “papas na língua”. O convencional é que a mulher seja como uma “flor delicada”, submissa, extremamente vaidosa e preocupada com a aparência exterior; ela deve estar sempre em conformidade com os padrões que a sociedade exige: ser atraente, estar “em forma” com seu corpo e “obediente” ao seu companheiro. Quando a mulher é o oposto do que prega, ela é chamada de feminista.
Não acredito que exista uma Revolução Feminista; na realidade creio que as mudanças do mundo moderno, com uma participação feminina maior na sociedade, nos mais diversos aspectos, não seja uma atitude feminista- revolucionária, mas sim, seja uma mudança de foco no que se diz à valorização individual de todas as pessoas, independentemente de sexo.
Sempre me preocupei mais com os valores internos do que uma mera aparência externa. Claro que o asseio e o senso de vestir-se e apresentar-se são importantes, mas uma maquiagem e uma roupa de marca pode não mostrar realmente quem se é.
Acho tolice milhares de regras de etiquetas, tremendamente exigidas no contexto social; creio que o maior valor a ser cultivado é o respeito ao próximo e à si mesmo: dentro disso, há embasamento suficiente para todas as demais atitudes das pessoas. O que quero dizer, é que as pessoas prendem-se muito à modismos, rituais e aparências, que, por muitas vezes, fomentam valores vazios e fúteis.
Acredito que uma pessoa seja melhor, se ela busca superar à si mesmo, e não, vivendo a cada dia, competindo por ser mais bela e por viver de moda que os outros dizem ser o parâmetro ideal para alcançar o êxito tão aspirado: a fama.
Com certeza, serei eternamente julgada e criticada pelas minhas acepções tão contrárias ao que prega-se “mundo à fora”, mas o que importa é que me sinto bem com o que penso, e não ligo em ser contrária à todo mundo.
Nunca fui a mais bela, a mais vaidosa, a que sempre anda na moda, e vive atraindo olhares... talvez sempre me viram como uma garota esquipática, feia e sem graça; mas isso não me frustra de modo algum. Sei que defender os nossos próprios valores não é tarefa fácil quando se é constantemente colocado à prova com motins que incitam à dança contrária ao que se pensa; no entanto, a força da verdade é o que me move para continuar do meu modo. Não considero egoísmo, e nem me acho a “dona da verdade”, mas acredito na minha verdade. Isso me esquiva de alimentar mentiras para mostrar uma postura que não tenho, ou até mesmo, aparentar ser, alguém quem não sou.
Cometo os meus erros, sou longínqua de ser alguém ideal, mas me mostro de cara limpa com a humildade em assumi-los e corrigi-los; odeio jogos, estereótipos, prenúncias. Aceito críticas, mas sei filtrar o que me faz bem e não levo em consideração as pessoas que me fazem mal.
Ainda estou escrevendo o meu mundo, caminhando por caminhos difíceis, com milhares de dúvidas, algumas revoltas e muitas alegrias, persistência, embora já tenha sucumbido muitas vezes também.
Não preciso estar em destaque, não é minha pretensão ou objetivo, ser “nomeada” exemplo para alguém, mas eu sou o meu próprio exemplo. Já dizia Nietzsche: “Sejas como fores, seja a tua própria fonte de experiências.”
Não me regozijo com o que sou, pois tenho ainda muito a aprender, mas me alegro com o meu esforço por tentar ser melhor a cada dia.


[Naná]





23 de agosto de 2011

Estranhezas.


Acho estranho as pessoas temerem tanto envelhecer.
O que eu abomino, são os estereótipos que não passam de máscaras, e que no fundo, são sintomas de medo de enfrentar a vida como ela é: com calos, rugas e lágrimas sim, além das alegrias.
Viva de modo com que seja permitido ser você mesmo. A idade chega, e o que você leva acima de tudo é o seu caráter de assumir-se como se é.
Nenhuma maquiagem substitui a sua beleza interior.



[Naná]



Convicções...


‎"As convicções são eternos chamarizes de muitas irreflexões."

[Naná]



A vida é curta...


Eu sei que é complicado para as outras pessoas admitirem a minha personalidade. Mas eu não peço que ninguém me aceite, tampouco compreenda-me; apenas quero viver a minha vida pensando por eu mesma, agindo de modo que eu acredite ser o modo certo, embora ainda seja desajeitado e imprevisível.
Não adianta burlar o que se é, em prol aos outros. Isso é um grande equívoco. Na realidade, penso que é um suicídio, fingir-se ser algo, e não dar espaço para viver de verdade.
A vida é curta demais para permanecer numa redoma de vidro, com medo de arriscar em ser você mesmo.

[Naná]



É difícil...


É tão difícil combater tantas coisas. Mas o mais difícil é combater-se de si mesmo. Afinal, ninguém possui total auto-controle.
Hoje parei para pensar, mas minha introspecção foi tão diferente de tantas outras.
Às vezes nos cegamos de nós mesmos, porque sempre é mais fácil enxergar os erros alheios. Mas em outras vezes, é por puro medo de se enfrentar; e quando nos damos conta, quando olhamos no espelho, nos surpreendemos por avistar algo tão diferente comparado ao que supomos ser.
Tenho me cobrado em demasia nos últimos tempos, e, consequentemente, cobrado muito das outras pessoas. Essa vida frenética, julgada tão comum, talvez seja o meu avesso, ou o meu ponto fraco. Andei deixando alguns valores meio empoeirados, acho que me contaminei com a correria que nos priva dos detalhes mais preciosos que mereçam ser notados. Tenho errado muito por ser tão detalhista errôneamente, e isso, de algum modo faz-me sentir vazia.
Também tenho tomado doses e mais doses de baixa-estima e de culpa, por ter sido fraca em deixar-me ser assim. É difícil ser tão cobrada, de todos os lados, mas dizem que é um ciclo normal, é assim que deve ser para se obter sucesso.
Sim, eu sei que a vida não é fácil, e que privações ou decisões difíceis sempre estão por perto, chegando para bater na nossa porta, e na maioria das vezes não estamos tão seguros de nós mesmos para reagir.
Talvez a vida tenha me ensinado a ser tão diferente do que quando eu era criança, eu planejava ser. Eu não calculava tantas cicatrizes que teria hoje. É difícil sair ileso quando apenas se consegue observar os fatos sem ter algum poder de mudança, e você acaba se culpando por ser fraco, impotente; e por vezes tenta ter uma postura de segurança que desaba, quando se cutuca a ferida aberta, ferida a qual só o tempo pode curar.
Tudo o que desejo é ser simples, ser eu mesma, viver ao lado dos meus, sem perder o amor que é a única fonte que nos deixa vivos.
Eu queria poder reescrever linhas diferentes da minha história: poupar lágrimas de outras pessoas e minhas também, que em muitas vezes chorei no escuro e em silêncio.
Eu queria poder colar pedaços felizes da minha vida que se foram.
Eu queria ter sido menos dura comigo mesma, em todos os esses anos, e com os que eu convivi.
Mas eu não posso retornar ao que se foi.
Sei que minhas forças talvez sejam invisíveis, ou até mesmo sem sentido, mas eu posso enxergar dentro de mim a mudança se eu me permitir lutar.
E eu quero ser simples. Pois da vida, nada se leva: a não ser a consciência tranqüila de que o esforço para o bem sempre valeu a pena, pois não há nenhum ato bom debaixo dos céus que não seja reconhecido por Deus.


[Naná]



Liber(ver)dade!


Liberdade é permitir-se ser... mas ser o que se é, ou adequar-se ao que achamos coerente, por medo de ser o que realmente se quer?

[Naná]



20 de agosto de 2011


Mente é casa que não tem paredes, mas nos acostumamos a viver como se tivesse. E, não é raro, passamos temporadas no cômodo mais apertado


(Ana Jácomo)



4 de agosto de 2011

Pensamentos.... chamarizes à introspecção



O meu grande problema é me persuadir a acreditar que a convicção é um artifício muito fraco diante da necessidade real e incessante de inquirição.
Já tentei desvencilhar-me dessa veia perquiritória, mas é como uma tentativa frustrada de ocultar a origem que permeia os horizontes ainda desabitados, e não raramente chamarizes de pensamentos...


[Naná]



Transmutação...


Muito estranha a sensação de se sentir estranha, procurando algo sem saber o que, realmente.
Deve ser essa névoa que encobre o céu, e os ventos frios que aturdem o meu âmago, e me esquivo de sucumbir.
Resta-me uma realidade embaralhada, por diversas vezes, longínqua de compreensão.
Deve ser a minha insanidade aflorando... ou algum resquício de inconsciência transmutando-se conscientemente.


[Naná]