SEGUE-ME?

27 de dezembro de 2011

Subjetividade...



Realmente estou decepcionada. E quando isso acontece não é um bom sinal! Estou com preguiça de sucumbir, e, na verdade isso não é bem o meu tipo. Se bem que, tenho aprendido tanto com a vida, que os tombos têm sido até emocionantes para uma volta triunfal... Claro que não sou de ferro! Seria demagogia dizer essas coisas.... mas eu também não sou tão ingênua quanto pensam! Não me revolto se eu não estiver com a razão. Diria que as pessoas deveriam se "policiar" mais, do que o fazem costumeiramente, pois meu "estoque de introspeção" nunca foi escasso. 
Eu adoro o que me contraria, pois argumentos não me faltam. Para alguns isso é sinônimo de arrogância e frieza, mas eu diria que isso é algo tão normal, e que achismos alheios só me livram de pessoas inconvenientes e tolas, as quais não faço questão de ter por perto.



(Naná - 21/12/11)










Um brinde aos meus (D)efeitos...


Aprendi a gostar dos meu defeitos. Foram eles que me fizeram crescer e aprender sobre milhares de coisas. A principal delas é que: para gostar de mim as pessoas devem aceitá-los, caso contrário: TCHAU! Aliás, o conceito de perfeição é literalmente utópico, embora muitos seres tolos ainda o conservem como idealismo absoluto. Ah... me poupe! Eu rio dessas estapafúrdias! Que os "moralistas" não me perdoem, porque pouco me importa o que eles acham... rsrs! Declaram a minha insanidade perigosa, mas o mais nocivo, na minha opinião, é persuadir as pessoas a crerem em verdades formuladas e prontas. Eu lhes digo: os valores e as verdades são individuais. E sabe, não vou assentir a minha cabeça e me prostrar diante de um mundo idólatra de modismos desconexos, onde pessoas apenas são "perfeitas" se seguirem o que dizem ser o certo e o conveniente. Não sei brincar de "Siga o Mestre", pois sempre acabo com a brincadeira! Prefiro ser o que sou, do que me juntar à essa corja bestial que atrasa a sociedade com seus conceitos estereotipados, e demasiadamente frívolos. Um brinde aos meus defeitos!


(Naná - 21/12/11)









Resiliência



Às vezes as mudanças me irritam muito, mas eu não vou sucumbir, porque não estou aqui para brincar... Se for preciso jogar eu jogo. O tempo há de me engolir, com todo o sabor da minha força.


(Naná)







Utopia...


O grande problema de muitos, é o de deixar-se apaixonar pela utopia, a ponto de desprender-se da realidade. Isso não é viver! Ressalto que: "Sonhar é preciso", mas sonhar não é sinônimo de caminhar sempre disperso para fugir do que se é ou do que se tem, em busca da concretização de objetivos, isso é alienação. O sonho deve, primordialmente reconhecer a nossa condição, para então, podermos ser "amoldados" para alcançar este. É necessário um processo de "auto-aceitação" da realidade, caso contrário, os anseios caracterizam-se em fuga, e não sonhos. Exagero? Essa é a parte onde a crítica chega até mim por prezar o realismo: nu e crú.


(Naná)





21 de dezembro de 2011

"Carta de Demissão ao Mundo"




"Carta de Demissão ao Mundo"


Bom, primeiro preciso dizer que essa "carta" advém de uma indignação tremenda diante das transgressões da moral e dos bons costumes as quais já me deparei, e venho me deparando constantemente. 
Um grande equívoco do mundo é a ausência de introspecção. Isso me incomoda muito, a ponto de querer tapar meus ouvidos e cegar meus olhos das frivolidades e banalidades disseminadas por aí. Não me esquivo dos meus erros, mas ao menos os assumo e procuro melhorar a cada dia, sendo eu mesma, e não me privando, tampouco privando outrem do que eu realmente sou. 
Ah... eu já tive muitas esperanças de ser alguém equilibrada, mas é missão inexequível ser inabalável diante da quantidade de estupidez que me acomete.
Sim, meu gênio é bem terrível, e sou portadora de princípios rígidos, os quais não mudo, mas as pessoas precisam aprender que princípios são diretrizes, as quais nos baseamos para as nossas escolhas e o nosso modo de vida. Embora eu menospreze a perfeição, que, aliás, é um conceito utópico (mesmo que "alguns muitos" tolos acreditem e vivam através de contos ilusionistas), o bom senso é indispensável para que a vida seja prudentemente pensada, refletida, e para então, partir aos nossos atos.
Errar é humano, mas ser superficial e fútil, para mim, é o mal do século.
Ah... Nem me recordo mais quando me senti motivada em assistir à tv, é um sensacionalismo tremendo e, por trás dos bastidores, recheado de demagogia... enche os bolsos de quem faz, esvazia as mentes de quem assiste.
Triste época a nossa! Tantas utilidades que transmutaram-se em inúteis. 
Tantas virtudes que se escoaram pelo ralo do "common sense", que é envolto de sujidades, as quais são diagnosticadas como sendo efeitos colaterais de uma sociedade desenvolvida, e progressista.
Eu prefiro regredir, do que assentir com a cabeça, de que essa corja libertina é composta de heróis, militantes do progresso. Como posso crer nesse teatro montado, e que palhaços não divertem as pessoas, mas as humilham? Sim, refiro ao cenário político-corrupto. 
E a libertinagem corre solta, num mundo com muitos caretas por não seguirem a moda. Pensamentos às avessas do humanismo, que destroem a dignidade, deixam a fé em cacos ínfimos, praticamente impossível juntá-los.
E eu  me pergunto: Talvez eu devesse sair sorrateiramente desse plano onde não há espaço para os meus pensamentos. Ficar e lutar só seria perda de tempo. Sim, acabei tomando, sem querer, na verdade, praticamente me enfiaram "pela goela" essa dose de anodinia, e ainda não encontrei antídoto para tal.
Há um tempo estou desmotivada para escrever, estou farta da falta de inspiração, pela falta de chão, e pela ausência de confiança nas pessoas.
Sim, meu mundo tem uma cor de crueldade, e meus dias também têm sido escuros.
Minhas palavras estão tão desconexas, e minhas forças se esvaíram. 
As esperanças são tão sombrias, que é melhor não tê-las.
Quero poder despedir-me desse mundo, antes que eu seja contaminada por conceitos tão errôneos, que ferem a dignidade humana.


[Naná]










8 de dezembro de 2011







I linger in the doorway
Of alarm clock screaming
Monsters calling my name...

...Swallowed up in the sound of my screaming
Cannot cease for the fear of silent nights......














À esmo...




São 4 horas da manhã... Todos dormem.
Eu tentei encostar a cabeça no travesseiro, mas parece que meu corpo não descansa. Minha mente inquieta não me deixa dormir... e a introspecção chega a me irar.
Estou com a sensação de que não sei o meu lugar, e estou perdida, submersa por problemas, mazelas, que me afogam cada vez mais num mar revolto e gélido.
Na realidade acho que nunca encontrei o meu lugar. Sempre me senti muito só, e com uma inconstância de sentidos anormal. Chego a temer a mim mesma... medo da vida, medo das pessoas...
Não sei qual o sentido de viver sempre amargurada, e tentando consertar as coisas, e sustentando tantas e tantas dores sozinha, sem ter muito resultado... é até irônico viver!

Eu só quero poder ser normal com uma vida normal...

Eu preciso me reerguer, limpar a lama da alma....


[Naná]














5 de dezembro de 2011

Eu, Fragmento.


E eu me pergunto o que faço com tantas e tão pesadas pedras. Não é fácil caminhar com o peso sobre as costas, e a consciência tão gritante de que assumir a fraqueza não é uma questão tão simples e nem tão viável.
Mas olha, eu tentei de todas as maneiras não ser acometida por esse tédio manipulador; ele acabou por adentrar no meu limite e me fazer sucumbir por esse fragmento lamentável do meu "eu" que o tempo fiou.
O que eu faço se a calma já transmutou-se em anodinia, e o meu reflexo tem uma dose de cegueira, pela incompreensão?
Sinceramente, eu não sei!
Eu não sei porque diabos essas coisas acontecem comigo!
Esse não saber é o que queima aqui dentro, e sai gritando aos quatro ventos sobre injustiças.
Não saber é pecado, e a estaticidade é crime! Crime que corrói a pele, deteriora a alma, e fadiga o espírito.
Eu não sei, mas eu caminho, com essa interrogação gigante, e que pressiona o meu peito, e que molha os meus olhos, me encurrala no meu cerne, que se evade para onde a amorfia dos sentidos baila sem parar.

Peço uma dose de sanidade, ao menos, já que me julgam uma louca e metódica, pois ainda estou buscando algo que me prove o motivo das circunstâncias tão irônicas, e um motivo para continuar acreditando que eu não devo seguir em frente sem a amargura que me impulsiona para trás.



[Naná]