SEGUE-ME?

28 de janeiro de 2011

Eu trocaria...


E por mais que eu não escreva, ou tente até mesmo me distrair dos pensamentos, os ventos fazem rememorar...
E quando entristeço, recordo-me de quando eu podia sorrir, e quando sorrio, parece que meu sorriso é incompleto, e que apesar dos momentos serem efêmeros, essa dor que me sucumbe dispensa qualquer transitoriedade.
Esse vazio perdura enquanto posso respirar. Essa dor pungente dissimula minha volição em tentar esquivar-me da carência do meu âmago.
Tenho medo da anodinia, temo tornar-me cética de tudo.
Sinto medo de sentir, e até mesmo de pensar.
Eu trocaria todos os meus sorrisos se as pessoas que eu amo, pudessem sorrir, unidas.
Daria a minha vida, para combater qualquer tipo de perda ou separação.
Eu apenas queria reatar a alegria,
Ou ver a paz novamente.
Sentir,
Viver.


[Naná]

26 de janeiro de 2011

Seguir em frente...


Deixo apenas meus pensamentos a quem lembrar-se...
Deixo a minha imagem do pretérito desconcertante
Arrumo a bagagem de pensamentos,
Despacho a bagagem de sentimentos.
Seguirei em frente, para não sei onde,
Na verdade nem sei bem o que é adiante.
Não faz diferença ser ou não ser.
Tanto faz estar ou não estar,
Talvez mesmo eu não saiba o que é viver,
Ou talvez eu não saiba mais o que é amar...

[Naná]

Aqui faz-se necessário.... Calar....



Talvez seja o momento de pensar em calar.
Em meus desvarios, sempre dou de cara com a porta fechada, e com as mãos atadas... sinto-me só.
Eu sou mesmo assim, esquipática, uma alma meio telepática.
Sentimentos às avessas.
Talvez daqui de dentro não saia coisas tão grandiosas,
Talvez aqui não tenha muito a ensinar,
Eu aprendi a me perder sem razão...
Só sei que para o meu coração, é hora de se calar.
Apenas ver o mar, a tempestade passar (ou não).
Vejo as mudanças assim como o ar que eu respiro,
Preciso mudar de ares,
Não consigo ser igual todos os dias.
Talvez tenha me perdido em um mundo que até mesmo eu me desconheça.
Vou abaixar a minha cabeça.
Estou exausta de ter que esperar...
Esperar pela mudança...
É melhor mesmo que eu me emudeça,
Sem agregar muitas esperanças...
Por mais que embora não pareça,
Tento ser sóbria, tento ser útil.
Mas o mundo não me vê,
Sou invisível e fútil.
Então...
Não direi mais nada....
Deixarei qualquer jornada me levar...



[Naná]

24 de janeiro de 2011

Viver.... sem máscaras...


Quisera eu, forjar minha real identidade, mascarar meus sentimentos, mas a consciência  trouxe consigo a dor pungente e inegável, a qual persuadiu-me a obedecer e regressar.
Essa consciência advinda do amor, que ainda perdura  dentre toda a transitoriedade de verdades desfeitas.
O pior dos erros é ocultar-se da essência, o que sempre acaba por revelar um cerne coagido por não querer ser o que, embora incite uma sede por mudança, e essa mudança nada mais é do que o próprio esquecimento.
As páginas viram-se, e escrever novos capítulos sempre foi e sempre será uma árdua e crucial missão.
A dor, a perda, o medo, o anseio, a dúvida, são fatores os quais sempre existirão em nossas vidas. Mas só sobrevive quem possui liberdade de espírito.
Ser livre é assumir a sua identidade, isso inclui também os riscos de se viver, pois a vida sem riscos é amorfa.
Eximir-se de si mesmo, é declarar falsamente um atestado contra a alma, e um corpo desprovido de alma, anda fugidio e vagaroso por caminhos à esmo.
Ninguém consegue viver o tempo todo sendo tão contrário ao que é.
Ninguém vive por outrem.
É melhor que eu olhe todos os dias para o espelho, e assuma que aqui dentro tem muita coisa para mudar ainda, ao invés de tentar mascarar e seguir cheia de vazio.


[Naná] 

21 de janeiro de 2011

Sozinha, com meus pensamentos...


É hipocrisia acreditar que o Sol brilha para todos.
Não acredito que esse mundo seja um mundo igualitário.
Claro que são os homens que constroem o seu próprio futuro. No entanto, tudo é controverso.
O errado é o certo, o propício, o viável....
O certo tornou-se um equívoco, um absurdo, motivo de mofa na sociedade.
Eu cansei de gritar por justiça, minha volição foi disseminada... Por tantos acéfalos, que se dizem superiores... Tenho aversão à esse tipo de gente... Tenho aversão à esse (sub) mundo.
Onde pessoas são adeptas à humilhação de outrem, onde a liberdade de expressão é, na realidade, uma espécie de manipulação, pois de liberdade não possui nada...
Eu nasci na época errada...
Nem todo mundo tem sua chance, nem todas as pessoas são levadas em conta... O que se leva em conta é o espírito-egocêntrico... Que trespassa quaisquer valores, quaisquer limites de respeito ao próximo.
Meu discurso sempre será mudo. E todos sempre serão cegos diante dele.
Tudo bem. Não espero mais nada de ninguém. Vou deixar que a fenda abra-se, quando será tarde...
Tarde para acordarem e olharem pra si mesmos, e ver que a vida toda não puderam ser eles próprios, e que sempre foram comandados, programados, manipulados para não dar ouvidos e serem desprovidos de enxergar e sentir a sua própria essência....
Embora minha voz seja muda, meus pensamentos são incessantes, críticos, e anti-sociais...


[Naná]

18 de janeiro de 2011

Existe somente um tempo para o amor?


Eu não gosto de escrever sobre tristeza, pois o que escrevo advém dos meus sentimentos.
Na verdade a minha dor ecoa como um grito aqui dentro, e esse grito quer fugir, sair para algum lugar. Meu coração tenta expulsá-lo, mas ele é relutante.
Mudar de ares, ver novas cores, ouvir novas músicas. A dor resiste à tudo.
A solidão ameaça, e a falta faz sangrar.
Nessas horas eu reflito se algum amor verdadeiro realmente existe, se você até duvida do amor de quem te gerou...
Inegável o pretérito de sorrisos, de alegrias... Mas ele já se foi...
Restou-me migalhas, e um coração cheio de vazio. E o medo de perder de vez o que um dia me sustentou.
Inferno pungente, e que me sufoca.
Tento encontrar algum motivo, mas sempre me vem um "Q" de culpa.. Por acreditar no amor...
Eu deveria saber que humanos são todos iguais, suscetíveis aos erros. Mas custava-me acreditar que algum dia eu ficaria à margem desse desamor.
Talvez eu também tenha fracassado no meu papel. Ou talvez tenha amado demais.
Ou ainda é porque eu cresci. Deixei a minha criança de lado, para trás, no tempo...
Eu perdi a minha base, perdi meu equilíbrio.
Talvez, na enxurrada que levou tudo isso, tenha ido também a minha fé.
Perdi a esperança de me recompôr.
Acho que tornei-me órfã de amor.
De mãos dadas ao torpor...


... E pensar que um dia eu pude sorrir....



[Naná]

17 de janeiro de 2011

Eu procuro pelas Rosas no caminho...


Quão ingênua fora eu, em acreditar que o mal jamais atingiria meu coração, tampouco a ira e o rancor, assim como a angústia e a dor.
Pensava, na minha inocência quando criança, que sempre colhia-se o que se plantava.
... Sim, de uma certa maneira é verdade, mas acreditei que fazendo tudo certo, eu não seria surpreendida por tantos 'joios', os quais, alguns deixei crescer junto com o trigo que semeei e por entre entre as rosas que plantei com carinho na minha vida (mesmo sem percebê-los)...
Talvez eu estivesse cega pela minha ingenuidade, ou eu tenha realmente deixado a minha criança de lado, e tenha crescido muito rápido.
Espero que eu não me torne tão insensível como muitas pessoas, sucumbidas pela ambição de serem superiores,  vestindo-se de superficialidade, e jogando a sua essência fora, como se fosse algo descartável, e desprovido de quaisquer valores...
Sou humana, imperfeita, mas isso não dá-me o direito de ser indiferente às pessoas...
Que eu seja liberta da anodinia, e que o torpor não faça-me acomodar os sentidos, tampouco deixar-me ir por um caminho o qual eu não possa ser eu mesma....

[Naná]

Passos Trôpegos



Engraçado como às vezes tentamos ser grandiosos para as pessoas, e até transparecemos para o nosso próprio ego de uma maneira equivocada, algo que não somos, na realidade. Seria o medo de assumir a si mesmo? Talvez.
Tenho passeado pelos corredores do meu âmago nesses diversos dias onde estive introspectiva, e pelo caminho deparei-me com tantos sentimentos e pensamentos vazios, que até tive medo de encontrar-me com eles.
Eram tristezas, desamores, amarguras, desafetos, mas o principal foi o meu medo de assumir que tudo aquilo um dia nasceu aqui dentro, mas que eu tinha deixado de lado, esquivando-me de enxergá-los.
Foram marcas que me adoeciam a cada dia. Feridas mal-cicatrizadas, relações repletas de desentendimentos... Tantas vezes tentei arrancar tudo de dentro, pranteando, mas foram situações que sempre foram contra os meus princípios, e não pude ser mais do que o meu limite...
Eu quis arrancar o meu coração, pois pensei que só assim seria possível livrar-me de todo mal que me aflige, me aturde.
Talvez hoje eu seja mais infeliz comigo mesma, por perdoar tantos erros que ainda me ferem... Dói muito sentir-se órfã... Olhar para trás, mas sentindo aqui dentro essa dor que parece eterna... Tudo para não sentir remorso de não tentar, ao menos amar.
Pareço ser destemida para alguns, decidida para outros, de bem com a vida para muitos...
Mas na realidade, só eu posso enxergar meus passos trôpegos, tentando acertar um alvo, ou encontrar o alvo certo em mim...
Um algo que liberte-me dessa masmorra psíquica que consome a minha fé...
Um alvo que talvez me faça avistar um outro horizonte...

[Naná]

11 de janeiro de 2011

O que eu grito...


Eu preciso aprender a gritar mais baixo meus sentimentos, pois sempre acabo despertando outros, os quais tento esquivar-me de rememorar.
Essa minha mania de gritar o que sinto, advém do meu medo do silêncio.
Muitas vezes da minha vida, eu optei por ficar calada, temendo parecer ridícula, mas hoje vejo o quanto equivoquei-me.
Eu não sei passar indiferente ao que sinto.
Talvez o que eu grito hoje, seja medo de assumir a mesma postura de outrora.
O que grito, talvez me faça lembrar em não ser mais ingênua. Se eu me calar, talvez entre a suscetibilidade e eu deixe escorrer meus reais sentidos entre as minhas mãos.
Temo a minha introspecção, mas ela é inevitável. Pois é inexequível transmutar o passado, e aturde-me aprender a conviver com ele.
A realidade, é que pensamentos e sentimentos sempre vêm à tona.
Apenas preciso aceitar o que se foi, como um ciclo. E aprender a lapidar o que vivi.


(Naná)

8 de janeiro de 2011

Janelas de Pensamentos



Conheçam o meu outro Blog:

"Janelas de Pensamentos":




Beijos,

Naná

6 de janeiro de 2011

Rememorar...


Remexendo velhos arquivos guardados, papéis, cadernos... Pude perceber o quanto mudei.
Tantas palavras descritas, sentimentos desfeitos. Ciclos de um pretérito consumado pela fase de amadurecimento contínuo.
São as descobertas que mudam nossas vidas, e também nossos olhares e sentidos.
Guardo em mim ainda todas estas fases, pois elas me pertenceram um dia. No entanto, é sempre necessário "lapidar" os sentimentos, para que estes não nos ceguem no presente.
Engraçada a transcendência da imaturidade para uma plena consciência da seriedade da vida, e das coisas. Na verdade são os pés no chão, um chão muito mais firme e sólido, comparando-se à outrora, onde a utopia do conto de fadas, a qual eu julgava existir, esvaiu-se.
É sempre bom repensar nossas vidas, aprender com os erros, desprender-se de alguns laços, abrir as asas para o 'novo', saber conviver com as intempéries sem sucumbir, e cultivar os sorrisos e as alegrias.
Apesar da maioria das coisas serem efêmeras, o que torna-se indelével, é a nossa inegável história, o nosso espelho, e a nossa própria lição para prosseguirmos fiéis à nós mesmos, aos nossos princípios e, principalmente, aos nossos propósitos nesta vida.

(Naná)

5 de janeiro de 2011

Celebra as tuas Verdades...


Celebra as tuas verdades. Mesmo que conote promiscuidade, insanidade ou tolice.
O mundo não pára por ti.
Aceita as pedras,
Sobreviva ao caos,
Esteja consciente do nocivo,
Isente-se das perfídias,
Ame, doe-se, mesmo que não haja reciprocidade.
Até quando devo ser tolerante?
Até que eu seja sufocada, por toda essa hipocrisia tirana?
Até onde posso prosseguir?
Impõem-me máscaras, mas não sou adepta à esse contexto boçal, desconexo e fútil.
Prolifera-se a liberdade:
De agredir, de zombar, de ignorar a seriedade.
Meu Deus, não sou criadora de mim mesma, mas demito-me dessa alienação explícita propagada,
Por desmoralizantes influenciáveis, suscetíveis e miseráveis.


By Naná (24 Agosto 2010)