SEGUE-ME?

30 de setembro de 2011

O meu maior defeito...


O meu maior defeito é que tudo o que sinto queima, arde, fere, grita. Os meus sentimentos não sabem silenciar. Minha voz, embora esteja muda fala para o meu olhar dizer, pro coração acelerar, para as mãos trepidarem.... E tudo é tão difícil, tão profundo, que vivo me perdendo nos "poços da alma" pra tentar resolver e voltar para a superfície mais leve. Quando tento voltar, às vezes eu me afogo, às vezes parece que não consigo escalar o poço, porque a tristeza escorre pelos lados e me faz deslizar. Eu não sei de onde vem essa força pra controlar tanta adversidade que se instalou em mim e não sai mais. Sinceramente, eu não sei...


[Naná]





Desisti....



Eu desisti de mudar pelos outros, de me condenar pelos meus erros, de me permitir ficar horas pensando que poderia ter sido diferente e que eu poderia ter agido de outro modo. Cansei de dar importância ao que apenas me diminui. Sou humana, imperfeita, e de certa forma, os outros têm uma parcela de culpa por eu ser assim. A verdade é que existem pessoas que gostam de "ver o circo pegar fogo", só que se esquecem de me perguntar... e eu não tenho medo de me queimar.


[Naná]







Frágil...



Engraçado como não tenho o dom de me distrair quando os sentimentos me ensurdecem, me atordoam, me causam náuseas, a ponto de eu ter que vomitar as palavras sobre o papel para que elas não me sufoquem. Mais um dia que espero mais forças e menos suscetibilidade, mas eu sempre sou a mesma, frágil e tola diante de mim mesma, e eu não sei deixar a página em branco, eu não sei ser ponderada quando sinto...


[Naná]











28 de setembro de 2011

Ponte....



Eu só quero sumir para longe de tudo que consome o meu sorriso, o meu alento.
Eu só preciso de ar puro, do sol, da lua, do vento.
Preciso do meu espaço, de um abraço.
Eu quero poder ver o mar, o horizonte.
Quero descobrir a ponte, que leva até mim mesma.


[Naná]



"A Beleza da Dor"



Todos sabem dizer palavras belas, contar piadas, citar versos, poemas, manifestar sua alegria transbordante. Difícil é saber encontrar a beleza na dor. São raras as pessoas capazes. 
Todos querem a rosa, mas não vêem a beleza dos espinhos.


[Naná]



Enquanto...


Enquanto as pessoas me julgam, eu vou construindo o meu mundo. Enquanto as pessoas me ignoram, aprendo cada vez mais, a aprender comigo mesma. Enquanto as pessoas mentem, vou aprendendo a ter coragem em ainda acreditar que existem outras boas. Não peço que me compreendam, me aceitem, me amem.... eu só quero poder gozar a liberdade de poder me expressar, e de ser eu mesma. As críticas só me fazem refletir acerca do que preciso melhorar e sobre as pessoas as quais não quero tornar-me equivalente...


[Naná]




A vida na "Corda-bamba"


É sempre muito difícil estar numa corda bamba, diante do tamanho do abismo abaixo dos pés, e da imensidão do céu sobre a sua cabeça. "Não posso olhar para baixo, pois o abismo tomará conta de mim, mas também não posso me distrair com a imensidão do azul, pois posso me desequilibrar, esquecer do abismo, e cair." A nossa vida é como se fosse essa corda bamba: Não podemos andar de cabeça baixa, pois a tristeza faz-nos cair no abismo do medo, da insegurança, do isolamento; também não podemos levantar os nossos olhos e desfocar dos problemas, pisoteando-os. O segredo da vida é sempre olhar para frente. Só olhe para trás, para o passado, se ele lhe servir como força pra não desistir, mas sempre mire para o horizonte... Todos nós temos altos e baixos, a questão é caminhar e não perder as forças no meio do caminho para não cair, e não se exaltar. É preciso ter a consciência de que os ciclos não duram para sempre. É preciso reinventar-se a cada dia, e cada vez mais e melhor!


  [Naná]



Meu alento...


Às vezes eu procuro um refúgio, um consolo, um alento, uma voz, que não é possível ser dita por ninguém, nem se afigura em um abraço, num afeto. É uma necessidade própria, e inquieta, de buscar sentido quando tudo está embaçado, paralisado, monótono e longínquo.... e ninguém tem a capacidade de alcançá-la. Essa sensação só passa quando converso comigo mesma, e transmuto-a em palavras, que falam mais do que qualquer consolo. É uma sintonia perfeita de ser correspondida, quando dou vida ao que sinto, escrevendo, sem descobrir outro modo de demonstrar o que sou.
Talvez o que tenha me sustentado até agora seja isso. Eu me sinto mais plena, e deixo as tristezas, ou até mesmo o excesso de alegria com as linhas descritas no papel, para poder protagonizar na vida, alguém mais ponderada, e mais leve de sentir.

[Naná]



20 de setembro de 2011

Mudar...


Estou mudando meus modos, meus pontos de vista, meus vícios, meus olhares, minha direção. Cansei dessa estrada monótona, que tenho caminhado sistematicamente, com receio de cair em poços fundos e me afogar, e de tanto cuidado para não atropelar ninguém... Isso não tem me levado ao que sempre esperei.
Não quero ser exemplo para os outros, tampouco acertar todas as vezes, e ter sempre a consciência gritante do certo e do errado...
É, talvez soe uma rebeldia precipitada, mas na verdade odeio hipocrisia. Eu só quero poder viver livre dos conceitos formulados, da moralidade fútil que corrói a propriedade de me aceitar como sou (com trilhares de defeitos, vontades, desejos), para poder, enfim, lutar com meus monstros em paz.


[Naná]



"... O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito."


Não sou a mais bela, não sou rica, não ligo pra roupa de marca, não sou excessivamente vaidosa, nem tão ambiciosa, tampouco demasiadamente inteligente. Mas ando com a cabeça erguida, com minha consciência tranquila, e com a ciência de que preciso melhorar a cada dia mais. A beleza exterior um dia acaba; a necessidade de riqueza é relativa: alguns vêem o dinheiro como um "deus", e deixam escoar os seus princípios pelo "ralo da cegueira", para alcançá-lo. Roupas de marca, maquiagens saem, o caráter fica à mostra. Não quero ser famosa, nem ser a "dona" da moral e dos bons costumes", apenas quero exercer a liberdade de ser e de pensar por eu mesma. O mundo já está cheio de mentiras, de hipocrisia, e eu sei que eu não vou fazer muita diferença nele, sendo o oposto disso; no entanto, sei que à muitos incomodarei por soar uma filosofia fora de moda, e na "contra-mão" do que é considerado comum. Mas eu não vivo despropositadamente, e não incomodo-me com os "achismos alheios". Acredito que o mundo tende à piorar se viver condicionado ao idealismo ridículo das pessoas perfeitas. Sábia frase de Fernando Pessoa, que na minha opinião, é uma citação mais que coerente: "Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito." As pessoas não são felizes porque submetem-se à não ser elas mesmas, e o que resta é o vazio de não ser o que muitos propõem, ou dizem ser o correto. Quando acordaremos desse mundo ilusório, longínquo de nós mesmos?


[Naná]







13 de setembro de 2011

"Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos..."


Se tem algo que eu queria aprender a fingir é: fingir não estar triste. Mas nenhum homem realmente é capaz de se esconder. Já dizia Freud: "Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos."
Tristeza não deveria ficar à mostra. É uma máscara feia que usamos, quando a dor não cabe apenas dentro do coração.


[Naná]





Lutar para não sucumbir!


É tão difícil ser ombro quando você também precisa de colo. Dói muito se sentir sozinho, quando as coisas dependem de você mesmo e é o momento em que é preciso ter forças pra não sucumbir. Não sei muito sobre a vida, nem nunca saberei... Mas ando com um pouco de esperança que as coisas melhorem, mesmo depois de tantas tempestades e furacões que me dão a sensação de ser apenas alguns "cacos" que voam com o vento, sem rumo, deixando se afetar pelo desânimo de perder-se e iludir-se que se encontrará novamente. A vida é amarga, fere e faz você acordar para si mesmo. Você aprende que dói muito mas é preciso se levantar e ser forte por você e pelos outros.
Sábias palavras de Nietzsche: "Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você."
Sim, a dor sempre existirá, mas que por mais que haja tombos, o importante é não ser acometido pela anodinia. Esse sintoma é fatal!
A "regra" da vida? Lutar! Não conheço outra.


[Naná]





Estou tentando...


Estou tentando... Na verdade nunca parei... Não parei de tentar me desapegar das fraquezas que fazem me sentir alguém inútil, sem brilho e sem sorte. Estou tentando ser forte, apesar da dor, apesar de... tudo que me faz baixar o olhar, e estanca-me o riso. Admito que sou frágil, e muitas vezes confusa em ter que aceitar os ciclos.... mas nenhuma correnteza deve parar, ela deve seguir seu curso... Assim é a vida: Passamos por muitos lugares mas não podemos ficar, por isso devemos alimentar as lembranças que nos fazem bem, chorar, se preciso, mas seguir em frente com o pensamento de que por outros rios desaguaremos.



[Naná]







Invisível...


Às vezes dói se sentir às avessas, de ponta-cabeça, invisível, perdida... Dói muito se sentir só, por razões conhecidas e também desconhecidas. E o mais difícil de tudo isso é ver que os caminhos não são outros, e a vida não pode retroceder, mas seu âmago ainda porta as lembranças, as quais você gostaria de relembrar com sorrisos e não com lágrimas nos olhos. Talvez eu seja mesmo alguém hermética demais para conviver com certezas, por isso alimento tantas inquirições que sobressaem-se nos meus dias. A vida às vezes te mostra que você só tem você mesmo para se apoiar, não porque você não tem ninguém, mas as decisões estão sempre em suas próprias mãos.


[Naná]









Sentido é pra Soldado!



O dia que eu aprender a fazer sentido, talvez seja o mesmo dia que eu perca o entusiasmo pelas perquirições que me movem sempre adiante. Nem sempre são as certezas que nos movem, mas a vontade de desvendá-las.


[Naná]

Uma dose de Indiferença...


Queria ter uma quantidade maior de "sangue frio". Na vida também é preciso em certos momentos praticar a indiferença, sem quaisquer tipo de remorso. É a lei fatal da reciprocidade desencontrada. Algumas pessoas não entendem que também aprendi a ser amarga quando me convém, e que a moral, pra mim, é apenas um subterfúgio onde se abrigam aqueles que dizem ser os "donos da verdade". Podem me apedrejar, e tentar me rebaixar pelas minhas acepções contraditórias ao "moralismo" disseminado, mas o que me levanta não é a audácia do meu orgulho, e sim a minha consciência tranquila de que abri espaços suficientes para que o bem pudesse permanecer, mas no caminho encontrei pessoas portadoras de nódoas, que julgaram-me insana, desconhecendo que o julgamento é uma arma de tolos. E desse julgamento incitaram-me à tal indiferença. Não sei burlar a minha antipatia.


  [Naná]

Frágil...



Eu me pergunto se sou frágil ou se estou frágil. Mas não acredito que minha suscetibilidade alcance a minha razão.



[Naná]

7 de setembro de 2011

E os 'cacos' que nos restam....


Às vezes é difícil tentar colar os 'cacos' que restam... Sempre falta uma parte.
Depois que a vida despedaça, é sempre difícil reconstituí-la.


[Naná]




E as lágrimas do caminho...


Aprendi a segurar as lágrimas muitas vezes, pois em muitas outras vezes derrubei-as sem merecer. Sempre dói assumir essa postura, e não sei se é pior reprimir as tristezas, ou deixar que elas escorram pelo rosto.


[Naná]





Que a vida não seja uma Miragem...



É bom que as pessoas descubram um sentido para o qual devam viver; caso contrário haverão somente descaminhos, e a vida será uma miragem que consome as perquirições, sem nenhuma resposta à altura do que a mente, confusa, tenta deparar-se.


[Naná]