SEGUE-ME?

29 de maio de 2011

E o preço que se paga...


E eu bem sei o preço que se paga por pensar: 
"É ser acometido por críticas, e ser condenado ao intelecto, mesmo sem se "auto-proclamar".

[Naná]





Como...



E como todo 'ser vivente' eu tenho o meu passado...
Como todo 'ser pensante' eu tenho obrigação de deparar-me com alguns monstros (por vezes).
Mas como todo 'ser sensato' tenho a missão de não deixá-los permanecerem no presente.
Confundir um tempo que não existe mais com o que vivemos é "produto" de tolos retrógrados, covardes e inconsequentes....


[Naná]





Fastígio...


Muitas vezes em nossa vida é preciso descer do cume, e sentir o frio das geleiras a congelar o coração, ficarem para trás, por mais que isso nos atraia à introspecção...
Faz-se necessário buscar uma fonte de calor para compartilhar um pouco do frio e transmutar alguns valores...
Mas tudo em nossa vida depende de um único gesto, e esse gesto vai muito além da decisão de descer da montanha solitária para encontrar calor... As decisões podem ser executadas, no entanto, sem serem aceitas com sinceridade.
Descer não significa regredir, rebaixar-se, mas implica em quebrar paradigmas; é acreditar (não com a convicção cega), que chegou realmente a hora de ver que nem sempre se é possível viver no cume, quando se está só.


[Naná]





Ecos de loucura..


Eu acredito nos ecos emitidos pela loucura desenfreada da sabedoria, bem como na real possibilidade de que tal loucura não seja realmente loucura, e sim, apenas um ponto de vista assimilado por experiências próprias, embora tão profundas e tão contundentes, ao oposto do que se prega a moral.
E isso não exime-se, de certo modo, de "Wille zur Macht";
Mas em contrapartida à essa volição, "Como podemos nós humanos, transcendermos à nós mesmos?

[Naná]








"Sejas como fores, sejas tua própria fonte de experiências." 
(Nietzsche)







Aprender...


Estou um pouco exausta de tentar, tentar e tentar...
Às vezes parece que nada se ajusta, nada se encaixa...
Tudo é desconexo...
E tendo à deparar-me cada vez mais com inquirições.
Chego à pensar que esse processo é inverso, pois me perco no tempo das perguntas.
Mas apenas penso.
Sei que as histórias são construídas à longo prazo, e sempre raramente se têm fim....
Logo, concluo que estou no caminho certo,
São passos meio descompassados,
Caminhos meio atribulados,
Mas a estaticidade ainda não é um mal que passou à minha frente e cegou os meus olhos.
Permaneço fiel, e não deixo-me levar por convicções que não deixem-se aprender...


[Naná]



27 de maio de 2011

E os livres....



Há uma certa resistência alheia que defronta constantemente como os 'livres de espírito'. 
E essa moralidade apenas mascara a volição em também ser livre como outrem...

[Naná]



Only...


A única certeza absoluta que desejo ter na vida, é a de que eu não sou igual à ninguém mais.

[Naná]



25 de maio de 2011

Crer...


É preciso acreditar na magia do amor!
Sim, falo do amor dos seres imperfeitos,
Aqueles escritos em algumas linhas tortas, 
Permeados por algumas dores e lágrimas,
Construídos por alguns retalhos, simples...
E brilhantes perante os sorrisos, as presenças...
O amor transmuta os seres!
Não há quem ame e não sinta o chão harmonizar,
E que não tenha forças para enfrentar as pedras do caminho...
O amor fortalece, o amor é cura...
Amor que é amor PERDURA!

[Naná]

Ousar...


Às vezes eu prefiro sentir o ar da ousadia pousar sobre a minha inconsciência,
 à prisão do medo da consciência...

[Naná]





Amar...


Amar é um trabalho árduo, embora sempre haja recompensa para quem luta pelo amor...
Mas a luta do trabalho sem amor, não é trabalho; não passa apenas de um despropósito...


[Naná]


"Oração" - A Banda Mais Bonita da Cidade




Meu amor essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois

Cabe até o meu amor
Essa é a última oração pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe essa oração

23 de maio de 2011

Desabrochar...



‎"... e na realidade, o que todos querem é 'desabrochar'... de uma maneira, ou de outra... "



O que não se vê...




E dentro desse casulo desgracioso, 
envolto à tantas marcas tristes e maculadas
existem tantas coisas ainda 
a serem desvendadas...

[Naná]




Sobre a crítica alheia...


Geralmente eu vejo a causticidade exacerbada das pessoas, como um modo equivocado de expressar a ausência de algum sentido, ou algum incômodo próprio. E como é mais fácil culpar outrem, elas utilizam-se desses subterfúgios.

[Naná]





Não adiar o tempo...


Acho muito "engraçado":
As pessoas querem abreviar o tempo, os dias, a semana...
Em contrapartida, dizem que o tempo passa muito rápido e elas não aproveitam muita coisa...
Ora, então o que elas querem realmente?
A questão é aceitar os dias, cultivar os momentos, para que eles se tornem pontes, e não apenas atalhos...
Quem anseia demasiadamente ao ponto de pular etapas, não cultiva por completo o que é viver....


[Naná]



Os resquícios de ser...


Ainda estou tentando descobrir
Se resta-me um pouco da rosa,
Ou apenas tenho me cercado
Ou cultivado os seus espinhos...


[Naná]


22 de maio de 2011

Viver...


Acredito que viver seja isso:
Sempre deve faltar algo,
Porque a plenitude, embora seja considerada um progresso, 
Apenas deixa estagnado o desenvolvimento,
E tantas outras coisas necessárias ao ser.
Falo em plenitude, porque as pessoas tendem a crer em perfeição,
Mesmo sabendo que ela não existe.
E elas não hesitam em mascarar as realidades,
A crer em uma utopia completa,
Desgastante e despropostitada, no final das contas,
De que é preciso dominar, saber, ter e ser "tudo".


[Naná]


19 de maio de 2011

"Fazer-se"


Sim, estou em construção
E o alicerce ainda não está pronto
Não tem data definida para terminar
Ainda é frágil, precisa de muita sustentação
Ainda teme os ventos da solidão
Ainda chora pelas limitações
E sucumbe, e reconstrói,
Tantas e tantas vezes...

Processo árduo esse de "fazer-se", 
E intérmino...


[Naná]

Pensar...


Os pensamentos podem ser como âncoras, ou como pássaros,
Podem estagnar-se no tempo, ou voar pelos ares desvendando horizontes.
Podem ser brisas ou tempestades, causando euforia, turbilhão, alegria.
Também podem conter doçura ou uma dose de arrogância.
Sim, os pensamentos também são poderosos, audaciosos, imperativos, enigmáticos.
Pensar é muito mais do que saber o que se pensa,
O pensamento nunca é somente racional,
Os sentimentos sempre estão unidos ao ato de pensar.
O pensamento pode abranger conceitos indizíveis,
Mas uma coisa não é permitida:
Estacionar os pensamentos numa via de mão única.
Ou aprisioná-los em uma jaula, envoltos à uma grade impenetrável.
Isso atrai o comodismo,
E o comodismo é uma doença...
Acredito que ele seja "o mal do século".


[Naná]





“A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original.”


[Albert Einstein]

Deixar o velho para trás...


Eu cansei de tudo o que é velho!
Das mesmas ideias, convicções, acepções, visões, emoções...
Eu sei que não posso eximir-me do pretérito, mas prender-se à ele é um equívoco. 
Deixo ele atrás de meus olhares, numa caixa de lembranças, mas mantenho meu olhar mirando ao horizonte.
E o horizonte sempre está à frente.
E eu sinto que devo correr, abrir bem os meus olhos e o meu coração,
E preciso transmutar-me, quebrar milionésimos paradigmas e prosseguir com as mudanças, intérminas...
Para alcançar tantas coisas e para me encontrar com tantas outras imprevisíveis.
E eis o segredo da vida: "Abraçar o novo da melhor maneira possível".
Não existe vida sem obstáculos, mas também não existe uma vida estagnada com o tempo passando...
Sei que sou ínfima e muitas vezes vivi tresloucadamente, mas eu quero desafios, trombar com inquirições.
Tenho aversão à ideia de pensar as mesmas coisas de sempre, acho superficial saber pouco, e  um absurdo acreditar que já se sabe o bastante.
Nunca se tem fim.
E a mudança não dá-se somente nas coisas alheias, ela, primeiramente, deve ser estabelecida em nós mesmos, em nosso consciente, em nosso cerne...
E eu quero abrir mão da minha comodidade tão errônea, e abrir meus braços para o novo.
O novo traz o crescimento, o novo traz inovação, desenvolvimento, conhecimento.
As mudanças quebram o velho endeusamento tolo, e traz a necessidade de curvar-se à humildade de querer aprender, desviar-se de um caminho convicto de ser, de avistar, de agir...
As mudanças não são somente inconstância, mas são asas para quem quer aprender a voar.


[Naná]

17 de maio de 2011

Permitir-se é libertar-se!


A maior liberdade de uma pessoa é permitir-se. Permitir-se ser!
As pessoas equivocam-se quanto ao conceito de liberdade.
Querem alcançar muitas vezes, coisas intangíveis e longínquas... não pelo sentido das coisas em si, mas pela condição em que se encontram: atadas e presas às raízes de seus paradigmas.
Acredito que paradigmas são como "pedras no sapato". Quem permanece estático e envolto ao medo perante as incertezas, jamais poderá ser ele mesmo, logo, não se permitirá e não apreciará a liberdade.

[Naná]



15 de maio de 2011

Eu sei...


Eu bem sei que quando desencanar de tudo o que eu andei acreditando,
Sei que eu vou deixar tudo explodindo atrás da minha convicção.
Porque o tempo passa, a gente espera, mas o cansaço vem...
E vão me difamar,
Mas vão chorar também.
Assim como um dia eu chorei e ninguém se deu conta.
Assim como eu sofri calada e ninguém ouviu o quanto solucei pra tentar recomeçar...
E aí será o meu tempo.
De esquecer,
O meu tempo de deixar pra trás...
Vou buscar mundo afora o que talvez me entreta.
Talvez eu me encontre com as mesmas coisas com que você esteve ocupado
Enquanto eu estava aqui à tua espera...
Inútil espera...

Nada como sentir na pele, pra se dar valor...



(Naná)



E a vida segue...


... Sabe o que é o pior de tudo?
Ninguém sabe o que você sente, e te apedreja com tantos discursos moralistas, e você sempre é o errado da história.
Nessas horas você é o egoísta, o precipitado, o dissimulado, e milhares de outras adjetivações...
Ninguém conta as suas lágrimas, calcula os seus esforços, tampouco as horas em que te deixaram apenas um vazio profundo, onde você se sentiu de lado, esquecido e isolado de tudo que um dia te prometeram vãmente.
Depois de tudo isso, você junta os seus próprios cacos que estão espalhados no chão, e tenta se levantar sangrando...
E a tetricidade demora pra partir... Ela te abraça tão forte que chega até te confortar, pois aconteceu MAIS UMA VEZ!
E a vida segue.
Nomeia quem sente demasiadamente, ou quem é dono da verdade...



(Naná)



9 de maio de 2011

Ser inteira...


O seu amor é diferente..
Nunca ninguém antes, me olhou nos olhos como você me olha.
Já me olharam dentro sim, mas olhar dentro dos olhos não significa ter toda a reciprocidade que se espera
E nem significa trazer alguma luz.
E você tem toda a reciprocidade que quiser...
Acho que é por isso que às vezes tenho medo de me envolver demais.
Geralmente tememos a intensidade.
É como se uma torrente de águas quisesse me puxar...
E eu estivesse com medo de me afogar, mesmo a água sendo tão pura e tão cristalina.
Mas você insiste em me levar contigo,
E eu perco o medo de singrar nos teus olhos,
De navegar pelo teu corpo,
Eu esqueço de ter medo, quando você segura nas minhas mãos.
E a paz de ouvir a tua voz aquece o meu coração.
Eu não acho que você é Especial.
Especial é muito comum...
Você é a metade que eu não tinha antes, para poder ser inteira.
E por você eu enfrento os meus medos.
Por você eu aprendo a nadar, a remar,
E se for preciso eu me afogo em você.
Eu me afogo de amor.
E o seu amor extasia minha alma.
Eu desaprendi a ser eu,
Sem que você seja comigo!


[Naná]



O céu debaixo do céus...


Andei pensando algumas coisas a meu respeito.
Sobre a minha consciência, os meus sonhos.
O que me atrai, o que me rouba, o que me retém.
Algumas coisas que me ferem, me fazem chorar.
Também alguns gostos e vontades.
Percebi que eu já fui muito egocêntrica e injusta comigo, querendo viver apenas pra mim mesma, e vivendo da maneira como eu sempre quis. 
Mas descobri que os atalhos que eu tomei construíram mais muros do que pontes. 
Mais lágrimas do que sorrisos.
Mais pensamentos tolos, do que sonhos concretos.
Um belo dia, resolvi acordar!
Levantei da minha comodidade, e resolvi sacudir o pó da convicção cega,
Que, por conseguinte, me deixava surda, muda, indiferente também.
Derramei algumas lágrimas num último suspiro perante a dor...
Sabe... às vezes tratamos a dor como um bichinho de estimação, e a alimentamos todo dia com o medo.
E ela se alimenta e cresce, cria raízes.
Ficamos tão presos ao chão, que tudo o que está no alto, não passa de uma miragem.
A escada pra se subir parece sempre vaga, longínqua...
E o trampolim pra saltar do medo impede que nos desafixemos do chão da dúvida.
Acreditamos cegamente que estar sempre no solo da nossa suposta consciência, é a forma mais segura de se viver... e omitimo-nos por perspectivas errôneas. Estagnamos com os velhos paradigmas dos sentidos.
Isso na verdade é o que faz doer! Privar-se do novo!
A dor nada mais é do que não admitir o novo. A vida nunca tem o mesmo sentido à todo tempo.
É preciso desenvolvimento, criatividade, inovação para se poder viver.
As fragilidades vêm acompanhadas sim, as intempéries não são utopias. Mas criar raízes em solo infértil é para curtíssimo prazo, é dar brecha pra ilusão, e ilusão é uma brecha que abre totalmente as portas para o vazio. A ilusão não sustenta nada quando vem sozinha.
E eu, na minha introspecção tão contumaz, ainda não havia me desmitificado dessa fé torta, que me prendia cada vez mais nas amarras do endeusamento tolo. Acreditava que o ponto de fuga era a auto-afirmação e o isolamento. 
Engraçado como é essa sensação de se sentir meio completa. Depois de um tempo você se assume completa, mesmo sabendo que falta algo, que lhe falta tudo, ou, um mundo verdadeiro para se sentir realmente últil. 
Contraditoriedades que assomam, mas que petrificam e embalam-nos no caos.
Mas o tempo passa, e que bom que a vida nos permite abrir os olhos!
Dói sair da escuridão, depois de tempos na escuridão.
O corpo sofre algumas mutações, 
Os sentimentos se contorcem.
Ah... O novo é complicado! 
Somos resistentes à ele! E como somos!
Mas.... 
Decidi me tornar inteira!
Sabe quando é tudo ou nada?
Caso de vida ou morte?
Então... o âmago também pode chegar nesse estágio... Como eu cheguei.
E como é difícil  o dom da permanência!
Trocar tantos pensamentos para adentrar em um mundo novo.
Eu sei que é preciso força de vontade, um resgate contínuo da fé, e o restabelecimento dos sentidos. 
E o primeiro passo é nosso!
Mas nunca é solitário!
Não pode ser!
Querer prosseguir sozinho não dá!
...
Mas... Porque essa delonga dispensável e desconexa de palavras?
Ah...
Tentei expôr alguma profundidade do que eu era antes de conhecer a Luz!
Esse horizonte de mistérios que abriu portas para a minha nova vida,
E que preencheu o vazio aqui dentro,
E iluminou o escuro,
Desembaçou o ofuscado da minha visão.
Me deu as mãos,
Me olhou nos olhos como nunca ninguém tinha olhado antes.
E eu acordei quando a vi.
Eu até tentei resistir, mas foi tão forte que perturbou a minha consciência tão inconsciente...
Depois que você avista a luz, você não quer mais saber do escuro.
Você desaprende a ficar sozinho.
Esquece como é se sentir pleno sem ter alguém...
Alguém pra caminhar de mãos dadas,
Contar como foi o seu dia,
Sentir o coração vívido,
E o sangue a correr nas veias, brotando a alegria
Desabrochando sorrisos.
E eu sei que a vida também é dor, tristeza, decepção.
Sei também que eu vou precisar de alguns momentos à sós com o espelho,
As lágrimas vão cair.
Mas eu sei que não estarei sozinha.
E que eu posso ter o céu quando olhar para você,
E me sentir confortada quando você me abraçar!
Quando eu te sinto,
Eu percebo que as minhas imperfeições são frívolas.
Você me aceita com o meu jeito desajeitado de ser.
E eu que pensava que jamais alcançaria as estrelas, pois o chão era o mais seguro.
E eu que desacreditava em anjos.
E eu que desacreditava em amor.
Hoje eu vejo o quanto desperdicei o tempo por não crer nessas coisas.
Hoje eu sinto que sem você eu não sou nem a metade do que sou.
Descobri que pra ser inteira eu preciso de você,
E que quando te abraço, abraço o céu,
Pois você é um pedacinho dele,
Que me traz tanta paz!

Eu Te Amo!


[Naná]

8 de maio de 2011

Fel doce...



Eu sei que no fundo, todo fel é doce.
E que a face cruel e cínica, na verdade contém uma fragilidade ainda impenetrada.
Ninguém é totalmente mal.
E existe alguém totalmente bom? Não!
Todos nós temos amarras,
Uma causticidade implícita que ronda a nossa alma,
E atropela nossos sentimentos mais bonitos que cultivamos em nosso jardim.
Somos seres ambíguos, dualistas.
Mas na realidade,
Todo esse caráter hermético,
E esse coração de pedra,
Quer ser desatado.
No fundo,
Todos nós queremos desabrochar!


[Naná]

Todos mentem!



Mente quem diz que é forte,
Que sempre perdoa,
Que nunca usa máscara,
Quem diz ser decidido,
Que pensa sempre antes dos atos,
Que esquece os erros dos outros.
Mente quem diz que a mudança é definitiva,
Quem diz ter esquecido do passado,
Que faz sempre o que pode,
E que foi sem querer.
Mente quem diz que nunca julgou,
Quem nunca odiou,
Que nunca se cansou.
E que encontrou o equilíbrio.
Todos mentem!

[Naná]



O que vale a pena...


Se alguém me pedir pra mudar, me desculpe,
Mas não é a mim que quer.
Detesto a paranóia de idealização.
Eu gosto de algumas linhas tortas,
É preciso sim ter algumas marcas para aprender,
Alguns defeitos para melhorar.
Não sou do tipo que mantém uma postura totalmente equilibrada,
Movimentos controlados, 
Ou que tem medo de rugas.
Eu amo o imperfeito,
O impudico.
E o que vale na vida sabe o que é?
Ser feliz do jeito que realmente se é!


[Naná]


Viver a Vida..


Ah! Eu sei que tenho um espírito indomável.
Um temperamento imprevisível.
Minhas ideias são distorcidas,
Meus sentimentos, às avessas.
Um limite ilimitado.
Sempre me dizem isso.
Mas é que gosto de caminhar livre.
"Liberdade pra mim é pouco! Na verdade o que desejo ainda não tem nome". Sábia Lispector!
O problema é que ninguém sabe dessa liberdade que falo, e as pessoas têm uma mania prenunciada de julgar-me.
Eu só viro as minhas costas e prossigo.
Só despendo o meu tempo com o que realmente se vale a pena, e isso não inclui achismos desprovidos de concretismo.
Acredito que nem todos os detalhes são dignos de consideração, e que nem todos os Rascunhos precisam ser concluídos.
De repente, eu decido mudar os caminhos, os meus passos, e o rascunho já de mais nada serve.
E eu prossigo, na corda bamba de que se é viver.
Saltando alguns poços escuros, caindo em outros.
Me arranhando aqui, me levantando pra lá.
Sobrevoando o deserto e me afogando nos mares revoltos.
E alguém pode me dizer sobre constância e permanência?
Quem realmente possui os pés no chão, que em nenhum momento possui a sede de apenas querer voar?
Eu não sou a pessoa mais indicada pra seguir Regras.
Me incomoda a monotonia, me irrita o tanto-faz, me agride o maldito Senso Comum.
Mas olha, eu não me torturo pelos meus erros. Acertar sempre é ruim.
Quem vive sempre certo não arrisca,
Não sente tanta dor, e também pode ser que não saiba dar tanto valor às coisas.
Eu sou exagerada: sinto demais, amo demais, choro demais, grito demais. Mas quando eu decido ir não volto nunca mais.
Alguns chamam isso de intransigência.
Eu chamo isso de "Viver a Vida".



[Naná]




"Não deixo de acreditar nas coisas porque não existem. Eu também posso me inventar para elas."


[Fabrício Carpinejar]

Amizade é...



É preciso saber dosar o tempo, travar batalhas contra ele.
Há tantos detalhes que deixamos para trás. 
Detalhes dos quais nos desapercebemos que faltam em nosso presente.
É, o tempo sempre vem à tona...
Como é bom rever os amigos,
Trocar os sorrisos.
Relembrar de tantas coisas que ficaram guardadas em nosso baú de memórias e saudades.
Amigos são anjos,
Que voam conosco sem fazer questão de nos entender.
São aqueles que mesmo distantes não se perdem nas lembranças.


[Naná]



7 de maio de 2011

Luz...


Às vezes parece que em meio à tantos caminhos tortuosos, eu ando em círculos, e as perspectivas sempre são as mesmas. Nada de novo. Nada!
Acredito que quando isso acontece é porque deva ser algum indício de que a direção já foi encontrada, e não é preciso mais procurar rumos, procurar rostos, nem buscar pelos sentidos, mas é hora de aprender a encontrar as respostas dentro de si mesmo.
Ninguém permanece estagnado no tempo ruim. Busca-se alternativas.
Mas quando você não enxerga outra perspectiva, é porque certamente já se tem alguma, embora ainda seja "desajeitadamente", e tida em meio à inquirições e incertezas.
A vida realmente é incerta.
Mas eu acredito que encontrei meu horizonte.
Ele quer me iluminar, eu só preciso aprender a deixar essa luz entrar aqui dentro.


[Naná]





Sede...



E esse vazio aqui dentro,
É apenas a sede de ti,
A fome de amar-te!
Estar ao teu lado não tem preço!


[Naná]


Evanescence - "Tourniquet"


Am I too lost to be saved? Am I too lost?

My God my tourniquet
Return to me salvation
My God my tourniquet
Return to me salvation

Do you remember me? Lost for so long...
Will you be on the other side or will you forget me
I'm dying, praying, bleeding and screaming
Am I too lost to be saved? Am I too lost?




6 de maio de 2011

Fingir...


Eu vou fingir que não estou nesse mundo,
Fingir que a solidão não dói,
Que as ofensas não existem,
Que a saudade não fere...
Vou viver um faz-de-conta.
Vou fingir também que acredito nas pessoas.
Apenas fingir...

[Naná]


4 de maio de 2011

E os "avessos de ser"...


Tenho um apetite voraz,
Mas também me desinteresso facilmente.
Quando sou eu sou,
Quando não, dispenso a tentativa de persuasão.
Sou altruísta mas também arbitrária.
Eu sou eu e meus avessos de ser...
Alguns versos maculados de tristeza,
Ou uma alegria difamatória.
Missão inexequível decodificar-me.


[Naná]


Eu assumo...


Eu assumo todos os riscos 
De ser eu mesma,
De pensar por mim.
De viver a minha própria vida.
Ela é minha!
Ninguém tem o direito de destruir os meus laços comigo mesma,
Me virar do avesso, de ponta-cabeça.
O meu âmago é Sagrado!



[Naná]

Fortalecer...



E eu sei que sou forte,
No fundo... nas entrelinhas,
Na profundidade do desconhecido.
Eu já pisei em meus cacos muitas vezes,
Naveguei sobre as minhas enchentes e tempestades,
Nadei sozinha, com frio e com medo.
Mas não foi suficiente para me afogar.
Talvez seja esse desconhecido que me ajude a reerguer-me.
É esse "não-sentido" às avessas e todo torto,
Desprovido de explicações,
Que me ajude a crescer.
Que me ajuda ainda a ter forças para chorar,
A me libertar,
Voar com as minhas asas,
Em um mundo confuso,
Que ninguém me compreenda.
Mas é o meu mundo.
E não abro mão de vivê-lo em qualquer circunstância,
Mesmo sabendo de toda inconstância....


[Naná]

Frisson


Ah, esse frisson ! 
É um embate opositor,
Um vento veemente,
Uma imensa interrogação
Que eu gosto de sentir.
Abraço essa inconstância envolta à dúvida.
Excitante!
Contraditório.
Eu só sei que sinto.
Sem delongas ou explicações.
Uma vontade fugidia nas entrelinhas.
Mas que ao mesmo tempo,
Faz-me encontrar comigo mesma,
Embora sendo um cosmo intangível...


[Naná]



2 de maio de 2011

Pode ser...



Pode ser que talvez, eu aparente frieza
Mesmo estando muito quente por dentro...
Isso não quer dizer que sou insensível,
Ou que seja indiferença...
Apenas é a minha aparente segurança,
Nas entrelinhas de um medo da vontade urgente
De amar-te!


[Naná]


E a bússola...


Quase nada sei... 

Mas descobri,
Que a bússola que me impulsiona a seguir em frente,
São os meus sentimentos...
E a direção sempre mira para os teus olhos!


[Naná]



Ser...


Eu sei que minha tristeza e minha amargura incomodam.
Me chamam de fraca, tola, dramática...
Mas acho que o pior de tudo é quando estou alegre,
Me chamam de petulante, atrevida, inconveniente...

A questão é:


Ser eu mesma, em qualquer circunstância!



[Naná]

Inconstância...


Sou repleta de inconstância, de insegurança.
Mas também sei transbordar de amor,
Sou uma louca apaixonada,
Uma boba romântica...
Eu choro e sorrio à toa,
Quero abraçar, quero fugir...
Sou repleta de somar, subtrair, dividir, multiplicar sentimentos...
Aleatoriamente,
Eu sou sim imprevisível.

Mas ainda assim, detesto máscaras!


[Naná]

My time...



Só não pense que tenho o tempo todo pra perder,
Eu perco sim,
Mas também preciso ganhar...


[Naná]



Memória...


E quando somos crianças queremos logo ser adultos,
E quando somos adultos, queremos voltar a ser criança.
Por isso a criança é inocente, ingênua!

Perdi a conta de quantas vezes quis levar broncas novamente,
Ter um ombro e um colo pra chorar,
Conversar sobre como foi o meu dia,
Contar segredos,
Dar risada à toa,
Me lambuzar de brigadeiro,
Sinto falta até das discussões...

O que mais me dói
É que o tempo passa,
A vida segue, sem graça,
Sem sentido,
Sem ânimo...
Sinto-me deslocada no tempo que se foi,
Na vida que se perdeu,
Na dor que brotou...
E na certeza de que nada mais disso volta...
E eu já não sou mais a mesma...
O tempo me amargou por dentro,
E a saudade nunca vai embora...


[Naná]




O mundo...


O mundo é tão grande,
Mas ainda assim parece que não me cabe estar dentro dele...

Devo ser apenas mais uma com essa sensação
De deslocamento...

Apenas mais uma alma fugidia 
Do seu próprio corpo...


[Naná]


Dói...


E como dói auto-mutilar-se!
Dói não se amar,
Dói se achar inútil,
Nunca se achar capaz, suficiente.
Dói muito!
Sempre perseguida pela baixa-estima,
Se odiando e achando que todos te odeiam.
Dói mais ainda criar a certeza de tudo isso,
E desistir de tudo tão rápido
Por se achar indigna de até sorrir,
De viver,
E de ser amada.
E eu sei que tenho tantos monstros aqui dentro
Que não consigo matar,
E eu sei que que não sou como as outras,
A filha perfeita
A namorada,
A nora,
A amiga,
A pessoa perfeita...

Eu sei que me odeiam,
Eu sei de tudo isso.
Só não sei uma solução prática pra ser melhor do que já tento ser...

E eu vou chorar mais uma vez,
Me odiar no espelho mais uma vez...
Ter certeza disso mais uma vez
Até que as lágrimas de hoje cessem,


E eu preciso me evadir...