SEGUE-ME?

30 de agosto de 2010

"Estilhaços Suicidas"



Acordo sem coragem para ver refletir a minha depressão no espelho.
Volto-me aos lençóis negros de angústia, e da sufocante ausência de volição para prosseguir, abrir a janela, e deixar que trespasse adentro de meu quarto, uma luz que jamais me atingirá.
Fito o tecto, e atam-me pensamentos frívolos. Soterram-me em memórias indeléveis, provenientes de minha indizível masmorra psíquica.
Logo a noite taciturna devolverá o ânimo para que toda a tristeza se exponha. A escuridão da noite alimenta sonhos em vão, transcritos em folhas manchadas impudicamente.
Encontro-me todas as madrugadas com meus desencontros. E danço ao som de Mozart de mãos dadas com minha tão terna lugubridade.
Sou suicida. Mas reincidente à todas as noites voltar a viver para morrer novamente.
O vento gélido de sentimentos faz-me inspirar a dor da solidão eterna, e embala-me à evasão.
Ainda arrisco enxergar a dor, e deambular nos corredores de meu cerne, embora destituídos de sentido, e desolados.
Ainda sou suicida de mim, até que decida-me, genuínamente, tornar-me mortal dessa Letargia...

... [ De vez] ...


(By Naná)
... [Minha Tetricidade de Hoje] ...








"Esboço"


Em meu diário consecutivo de palavras-versos sentimentais,
Encontram-se tons de noites,
Noites tecidas de solidão.
Abro meus olhos na escuridão da Madrugada,
Onde são tão notáveis a inquietação e a saudade.
Tenho nas mãos um relógio descontrolado,
Sem horas pra cessar-me.
Um tom acinzentado consome minha alma.
Onde o colorido ocultou-se do meu mundo.
É no silencio agonizante e taciturno,
Que revelo a minha face.
Lá fora, o dia nasce...
Tão indiferente do meu viver.
Em meu quarto de cortinas negras,
Escancaro a minha dor.
Grito sonhos.
Acordo tristezas.
Calada.
Só.
Estática.
Contida de um fastio,
Embalado por um tom fúnebre de sentir.
Eu,
Arrisco ainda escrever.
Afogo-me em lençóis de lembranças...
Letargia.
É na noite que eu posso acordar para mim.
Transcrever o que sinto,
Transmutar-me em Dona-de-mim-mesma.
Rabiscar fantasias num papel irregular
Que foge dos parâmetros de viver.
Desvio-me de amar.
O amor é uma doença,
Quando julgo ele a minha cura.


(Naná)

28 de agosto de 2010

"Imperfeita"




Pedir para esquecer-te... é sinônimo de lembrar-te mais... e mais...
Tu não tens consciência do inconsciente!
A imperfeição torna-se mais explícita no sentir.
Sentir é desumano... Pois o desumano é imperfeito...
E imperfeitos somos nós...
Desvencilhar-me do que sinto,
Seria dissipar tudo o que vivi.
Se eu tivesse pleno poder de apagar as tristezas...
Talvez não o faria...
Pois dentre esses momentos, estiveste ao meu lado, e seria obrigada a apagar-te também.
Ao mesmo tempo reescreveria vários capítulos...
Guardaria-te tão junto a mim...
Jamais haveria desencontros.
Teceria um abraço envolvente enleando os teus braços.
E um sorriso terno para gravar em teu coração.
Um beijo doce, para sentires o sabor do meu amor.
Mas tudo isso... É apenas “Utopia”!
Estou condicionada à uma realidade oposta ao que em tantas cartas transmutei sentir... e na minha mente, ingênua... vivenciei.
Efêmeros momentos!
Resta-me um tempo de Lembranças... Nada mais!
Um céu meio cinzento que traz junto consigo um frio tétrico.
Solidão... Saudades.
Nada de cor... Nada de terno abraço... Nada de Beijo doce.
Apenas vejo refletir no espelho um semblante exausto.
Reflexo de uma alma aturdida e inquieta.
Envolvo-me em lençóis tão vazios.
Com asas frágeis e pesadas, não posso voar daqui.
Por isso, não me peças para esquecer-te!
Eu não posso controlar o tempo,
Nem apagar tristezas,
Nem apagar-te de mim.
Tua presença-ausente ainda paira pelos ares.
E eu... não posso sair daqui.
Com minhas asas quebradas.
Prossigo,
“Imperfeita”...
Pois ainda tenho o dom de sentir.




(Naná)

26 de agosto de 2010

"Amorfia"



Hoje senti-me tão indiferente perante mim mesma.
São tantos sentimentos desconexos,
Tantas incertezas enleadas em angústias.
Tantos muros para ter que enfrentar diante de meu torpor intrínseco, debelado por meu tédio explícito.
Dispersei todos meus sonhos na areia.
E o mar bravio os levou, para um lugar bem longínquo.
Perdi o resquício de esperança que ainda era contido nesse meu ser tão ínfimo.
Estou sem sentido.
Trancada em um quarto escuro,
Sem volição de abrir os olhos ao mundo lá fora.
Estou aturdida, com um medo tamanho de tudo.
Um pânico que evade-me.
Perdi minha identidade,
O propósito da existência,
O brilho da persistência.
Eu não sei mais quem sou.
Irrita-me o fato de ter que olhar para o espelho,
E deparar com um semblante fatigado.
Sinto-me um nada.
Inútil.
Tantas contraditoriedades.
E eu estou sozinha.
A corda que me sustenta contra o penhasco está se rompendo.
Sem direção certa.
O coração repleto de mazelas,
E o cerne vazio.
Não sei até onde mais posso ir, vazia.
Estou deixando minhas forças irem com cada lágrima que pranteio.



Acho que não há mais espaço pra mim...



Aqui.




(Naná)


24 de agosto de 2010

"Crônica de uma Saudade"


As minhas palavras sempre foram mudas para ti.
Mas mesmo assim, as palavras sempre foram a melhor forma de dizer aquilo que minha alma carrega.
Por momentos encontrei-me.
Por outros, perdi-me. Não me lembro nem quando, nem por quê.
Embalei-me em lembranças.
Hoje me deixei provar por uma melancolia já provada anteriormente.
Senti o dissabor da eterna introspecção, sem muito êxito em responder as inquirições que aturdem-me por vezes.
O dia amanheceu ensolarado.
Resolvi dar uma volta no jardim de flores... das memórias indeléveis...
Mas durante o passeio, o Sol brilhava sobre as lentes de óculos escuros que eu usava. Não pelo reflexo da Luz radiante, mas ocultava meus olhos, que mal e pouco têm dormido.
Pensei em ti.
Paradoxo sucinto.
Pormenorizar sentimentos contrapõe certos sentidos, porque existem aspectos de sentir intraduzíveis.
É difícil conviver com contraposições, contraditoriedades, mas que estão intrínsecas e assolam o querer.
Sinto tua falta.
Mesmo que minha voz jamais tenha tido força,
Mesmo que tu nunca me ouviste,
E nem demonstraste teu sentir.
Minha decisão de tirar-te da minha vida foi a mais cruel.
Nas entrelinhas eu lhe vejo,
E sinto teus versos descritos, tocando meu coração.
Eu sempre retrocedo.
Estou concluindo que apenas sou uma escritora cobaia de sentimentos,
Pois tudo foge do concretismo.
Tudo é inexeqüível de materializar-se.
Sempre restam-me as folhas de papel em branco, diante de meus olhos...
E uma esperança ansiosa, à flor da pele,
Ensaiando alguma peça boçal.
Apenas para dar mais vida a brancura do papel
Com palavras descritas.
Apenas meras palavras...
Exímias de Ausência-Recíproca.



(Naná)

13 de agosto de 2010

“Palavras Mudas... Versos Calados”


Apenas estou tentando reescrever mais "outro" Recomeço.
Mas as folhas sobre a mesa esvoaçam-se, sempre que quero depor as palavras no papel.
Fecho meus olhos e tento buscar uma inspiração que não transpire frivolidade, ou que não seja por completa, enleada em lugubridade.
Eu já arrisquei tantos Recomeços...
Tantos caminhos e atalhos de viver.
Mas volto-me sempre ao mesmo espírito... De mazelas, apenas acrescidas de mais mazelas, e tanta confusão e dispersão dos sentidos.
Volto para o papel, mas sempre trepido...
Versos trêmulos...
Lágrimas que pranteio, por não conseguir escrever algo tão Majestático... Por sempre me sobrarem apenas restos de ilusões ofuscadas...
Dor aguda.
Discurso prolixo... Interminável...
Eu perdi o aroma... Eu perdi o sabor...
A ânsia em prosseguir pelo bem comum e próprio.

Rasguei as folhas em branco,
Entreguei-me ao real mundo obscuro...
Completando apenas um Universo em preto e branco...
Coagida pelo torpor.
A Âncora que me sustentava afundou num mar bravio...
Dias e noites... Intempestivos.
Desalento...

Quero apenas dissipar tudo...
“Simplesmente”...

Deitar em meu leito...
E acordar num outro tempo
Onde “meus amados eram unidos”...
Onde eu era apenas uma criança ingênua e feliz...E que não tinha que ver as coisas tão duras na vida.
Assim como hoje elas me consomem e me destroem
Com uma força implacável.

Custo a acreditar que tudo tem um propósito.
Inclusive não sei por que vivo...
Se nada eu tenho a doar a ninguém...
Se meu esforço é dispensável.

E se consigo ser sempre invisível.
Estou desunida de mim mesma...

Eu não sirvo pra viver.
Pois: “EU NÃO O SEI”.




(Naná)

9 de agosto de 2010

“Reforma do Ego”


Neste dia...
Resolvi decidir adentrar em um novo contexto.
Escusar-me de cenários notáveis.
Atirei ao léo algumas máscaras e algumas correntes que atavam-me à uma masmorra psíquica.
Mudei meu cenário.
Entrei como Protagonista de minha vida.
Deixei para trás tantas alegrias e sonhos.
Algumas eu trouxe comigo, no presente, embrulhadas em papéis multicoloridos, para servirem-me de esperança, quando as tristezas vierem me visitar.
Decidi reformar o meu “Eu”.
Na verdade nunca imaginei quanto trabalho eu teria.
Limpando meu coração, remexendo em tantas lembranças... Por momentos parei, sentei, chorei.
Chorei por alegria, saudades, medo...
Calei-me, como num gesto de legítima introspecção com ares de renúncia e despedidas.
Em minha alma... Tive que varrer muito a poeira que tapava-me a visão do caminho. Caminho seco, estreito... Difícil de penetrar...
Lá encontrei muitos pensamentos estacionados em meio ao caminho... Os quais sempre reservei momentos para insistir em relembrar... Mas que na verdade eram cheio de nódoas do pretérito, que pararam por ali... e atrapalhavam a abertura à novos pensamentos.
Nessa reforma, quis muito poder voltar e fazer tudo diferente. Seguir outros caminhos... Pegar carona em outros atalhos, e na vida de outras pessoas, as quais passaram-me despercebidas.
Senti uma imensa tristeza que me consumia... à cada coisa descoberta... pois sabia que muitas dessas coisas eu precisaria renunciar... Para que a limpeza fosse realmente eficaz.
Libertar-se nunca é fácil.
Os vícios na maioria das vezes, têm o dom de nos cegar... nos prender, nos roubar de nós mesmos.
Mas eu estava decidida à fazer essa Reforma.
Essa reforma que incontáveis vezes eu tentei... Mas frustrada e sem ânimo... parei pelo caminho... Deixando sempre pensamentos e sentimentos trancando a passagem... e muitos, sempre sem cuidado, estavam ao ponto de ocultar-se no lixo que acumulava, cada vez mais, e em maior quantidade.
Decidi fazer essa Limpeza... Porque cheguei à um momento que eu não podia mais respirar.
À orla de uma profunda ausência de sentidos. Transpirando dor... Sangrando, por estar tão ferida, e sem cuidados.
Pelo acúmulo de desordem ser imenso... Sei que demorarei um bom tempo para poder organizar as coisas.
Há tanta confusão.
Coisas precisam ser descartadas.
Algumas outras, restauradas.
Algumas estão tão quebradas, vou precisar de ajuda de alguém especialista... Para arrumá-las... saná-las...
Pensamentos, que precisam ser dissipados...
Tantos sentimentos engessados...
Minha alma está doente...
Procurei um especialista, e ele me receitou um pouco de Esperança e Paciência.
Disse-me que também preciso preservar minha Fé durante esse processo de Reforma. E que, posso consultá-lo sempre quando necessário para ajuda nos reparos.
O tratamento é de longo prazo.
Não posso precipitar-me.
Este processo exige cautela, para que eu não deixe que as coisas erradas irem para o Lixo, mas também não posso armazenar sentimentos e pensamentos ainda trancando a passagem.
Momento para refletir quem devo deixar na minha vida, quem eu devo perdoar, quem devo amar mais...
Muitas lágrimas escorrem em meus olhos, por trepidar mais uma vez. Mas não posso parar, minha vida está em jogo. Se parar não poderei mais respirar, eu adoeço mais gravemente.
Consulto meu especialista em Restaurações todos os dias, e devo apresentar-lhes: ele chama-se Deus.
Desde que decidi investir nesse Projeto ele tem me apoiado. E me fortaleceu nas horas de angústia e de medo.
Reformas são complicadas. É necessário preparar-se com os produtos e medidas, corretos, indicados para a Limpeza, reconstrução, reparos, e também inovações.
Lembrando que sempre devo limpar... Zelar...
Aos poucos adapto-me com a rotina.
Não posso deixar acumular tudo novamente.
Vou pintar a fachada de minha alma bem colorida, para que as pessoas possam ver e se alegrar.
As imperfeições de dentro eu preciso arrumá-las... Embora ainda esteja sem pintura... ainda em preto e branco... As coisas estão caminhando bem.
Tenho Fé para caminhar.
Mesmo que eu pense estar só,
Deus olha por mim...
De onde estiver.




(Naná)

4 de agosto de 2010

"Disparidade Vivificada"



Mania estúpida de ficar pensando em dois mundos.
Em pensar em lacunas deixadas...
Ou em propósitos futuros...
O presente-imperfeito está em frente ao meu cabisbaixo olhar...
Sob um mundo padronizado e hipócrita, que otimiza a desgraça alheia, transmutando-a em lucro... Intermediados por modismos e estereótipos fúteis.
Amor é sinônimo de prazer explícito.
Sexo é sinônimo de sobrevivência.
Fraternidade? Desconhecem...
O que sempre prevalece é o egocentrismo exacerbado
Palavras de amor mal-ditas... Pérfidas...
Dizer que ama é moda...
Mas senti-lo na essência... Será?
Sou vitimada por sempre pensar e compreender (ao menos tentar) em demasia.
Para mim há sentidos... Existem atos leais, ainda existe coerência...
Para a maioria esmagante... Há o que deve-se “ter”... e “ser”...
À custa do que seja importante ou não ... Mesmo que isso invada as fronteiras do tolerável, ou sensato, ou até mesmo lícito.
Lamentavelmente... Tragédia virou comédia.
Sentimentos às avessas... Propósitos desprovidos de concretismos...
Princípios descartáveis.
Almas e corpos suscetíveis ao fastio... Resultantes das mazelas propagadas sem pudor.
Cérebros Manipulados, multiplicando o número, grau e gênero de acefalia.
Preciso desvencilhar-me desse mundo caótico.
Que aturde-me constante e consecutivamente nos dias e horas que se passam
Consumindo minha volição em prosseguir...
Não sou uma lunática.
Mas ainda vivo, relutante contra as insídias que a contemporaneidade impõe para sobreviver.
Minha acepção da realidade é muito mais grave do que superficialidades mascaradas pela perfeição do tangível.
Sou uma alma contristada... Enleada em angústia diante de tanta injustiça.
E enquanto o tempo passa...
Vê-se mais explicitamente a miséria humana interior.
Trespassa qualquer resquício de sobriedade...
Não sou dona da verdade.
Mas sei que estou envolta à armadilhas perigosas.
Uma vulnerabilidade, e eu caio na areia-movediça.
Preciso manter o equilíbrio.
Dentre contraditoriedades, contraposições, críticas alheias
Intervenções de fraqueza e desalento...
Prossigo...
Um ciclo...
Um jogo...
Mas ainda...
Tolice pensar em dois mundos??? Pergunto-me....
Não... Seria realismo essa divisão...
Que tende à insanidade, quando têm-se diferencial.
Realidade cruel.
Dissiparidade ambiental.

Meu “eu espectral”.
Estupefato de respirar este ar asfixiante de futilidades acrescidas de superficialidades... tão contumazes.




(Naná)

"Inexistência"



Mais um dia completando-se.
Uma noite desabrochando-se.
Sons embalam minha letargia
Contumaz.
Uma Noite longínqua de meu adormecer.
Sentimentos assomam meus sonhos.
Taciturno amanhecer.
Sobejam espaços em branco, invólucros a vazios existenciais pulsantes.
Ironia Pérfida.
Monocromático sentir...
Lamentável aroma de ausência da volição anímica.
Pensamentos deambulam entre labirintos, e espalham-se incertezas pelas linhas descritas em meus diários de ilusões...
No chão de meu quarto, apenas versos tétricos...
Corações partidos em fragmentos letais.
Tua voz ecoa em meus olhos...
Teu olhar sussurra em meus ouvidos...
Confusão notável e explícita de sentir falta...
Falta de você.
Privei-me de algo que anseio no presente-futuro.
Por trepidar.
Insegurança tola... Intrínseca
Minhas asas estão pesadas para voar até você.
Eu já assisti a episódios tão frívolos,
Que motivaram-me à voltar ao limiar de mim mesma.
Fatidicamente atada por princípios cruciais de prosseguir.
Eu não sei estar sozinha, contudo não sei amar.

Ausência caótica de Você.
Essência Hermética: Prazer!

Expectativas transitórias,
Trago-te sempre em minha memória.
Mas não o posso ter.

...................................................................

Saudades de ti... Psicopata encantador...



Dedicado ao autor de minha tétrica saudade,
Resultada em insanidade.

Tu bem sabes... P.....





(Naná)

2 de agosto de 2010

"Alma Frívola"


Hoje não sei bem onde deixei meu coração.
Talvez em algum sonho que sonhei...
Ou em algum lugar que caminhei.
Ou, também posso tê-lo deixado guardado em algum momento que vivi...
No pretérito-imperfeito.
Ironia Concisa... Hermeticidade... Não sei ao certo.
Desvencilhei-me de decodificar sentimentos.
Privei-me de sentir um pouco.
Tetricidade... Introspecção.
Por vezes resolvo voar...
Em outras, pular etapas... Quebrar paradigmas.
Mas preciso evadir-me de mim mesma.
O tempo é tão curto... Mas às vezes demora um século.
Sentimentos inconstantes... ou... Tão desconexos.
Mundo sem cor.
O medo me coage... me contrista.
A saudade está cada vez mais desesperançosa...
Ventos impertinentes.
Hoje estou exausta de nada.
Nenhuma utopia...
Nenhuma ilusão...
Nenhuma tristeza...
Nenhum amor por sofrer...
Nenhum amor pra viver...
Nenhum passo pra dar.
Apenas um Torpor esquálido.
Gélida... e sem vida.
Invisível, como sempre.
Indiferente à vida jorrada nos campos...
Nas mais belas paisagens exuberantes.
Ou nos mais lindos suspiros de declarações.
Talvez amanhã eu acorde, ou não...
Mais sóbria de sentir...
Mais disposta a prosseguir...
Talvez,


Quem sabe...



(Naná)