SEGUE-ME?

2 de dezembro de 2013

"Tolice'


Tolice, repetia à si mesma... enquanto dedilhava os pensamentos, afiados feito faca. 
Tolice, reafirmava... como se sentir isso fosse um caminho que levava à Lobotomia. 
Como flores que desabrocham, mas logo murcham, os pensamentos exalavam um perfume que em vão era sentido, e as pétalas eram tão frágeis quanto as mãos. 
Uma linha tênue a separava do sabor de singrar: o medo. 
Medo desmedido que rabiscava as entrelinhas, medo repentino, medo fugidio que vestia uma roupagem esdrúxula e que não sabia dançar. 
Escrevia como se isso bastasse, como se isso emudecesse. 
Avistava o mundo pela janela, guardava as marcas dos desejos só para si. 
Tolice era te avistar dentro de mim. 


(Naná)
16/09/2013



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