Tolice, repetia à si mesma... enquanto dedilhava os pensamentos, afiados feito faca.
Tolice, reafirmava... como se sentir isso fosse um caminho que levava à Lobotomia.
Como flores que desabrocham, mas logo murcham, os pensamentos exalavam um perfume que em vão era sentido, e as pétalas eram tão frágeis quanto as mãos.
Uma linha tênue a separava do sabor de singrar: o medo.
Medo desmedido que rabiscava as entrelinhas, medo repentino, medo fugidio que vestia uma roupagem esdrúxula e que não sabia dançar.
Escrevia como se isso bastasse, como se isso emudecesse.
Avistava o mundo pela janela, guardava as marcas dos desejos só para si.
Tolice era te avistar dentro de mim.
(Naná)
16/09/2013
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