SEGUE-ME?

9 de maio de 2011

O céu debaixo do céus...


Andei pensando algumas coisas a meu respeito.
Sobre a minha consciência, os meus sonhos.
O que me atrai, o que me rouba, o que me retém.
Algumas coisas que me ferem, me fazem chorar.
Também alguns gostos e vontades.
Percebi que eu já fui muito egocêntrica e injusta comigo, querendo viver apenas pra mim mesma, e vivendo da maneira como eu sempre quis. 
Mas descobri que os atalhos que eu tomei construíram mais muros do que pontes. 
Mais lágrimas do que sorrisos.
Mais pensamentos tolos, do que sonhos concretos.
Um belo dia, resolvi acordar!
Levantei da minha comodidade, e resolvi sacudir o pó da convicção cega,
Que, por conseguinte, me deixava surda, muda, indiferente também.
Derramei algumas lágrimas num último suspiro perante a dor...
Sabe... às vezes tratamos a dor como um bichinho de estimação, e a alimentamos todo dia com o medo.
E ela se alimenta e cresce, cria raízes.
Ficamos tão presos ao chão, que tudo o que está no alto, não passa de uma miragem.
A escada pra se subir parece sempre vaga, longínqua...
E o trampolim pra saltar do medo impede que nos desafixemos do chão da dúvida.
Acreditamos cegamente que estar sempre no solo da nossa suposta consciência, é a forma mais segura de se viver... e omitimo-nos por perspectivas errôneas. Estagnamos com os velhos paradigmas dos sentidos.
Isso na verdade é o que faz doer! Privar-se do novo!
A dor nada mais é do que não admitir o novo. A vida nunca tem o mesmo sentido à todo tempo.
É preciso desenvolvimento, criatividade, inovação para se poder viver.
As fragilidades vêm acompanhadas sim, as intempéries não são utopias. Mas criar raízes em solo infértil é para curtíssimo prazo, é dar brecha pra ilusão, e ilusão é uma brecha que abre totalmente as portas para o vazio. A ilusão não sustenta nada quando vem sozinha.
E eu, na minha introspecção tão contumaz, ainda não havia me desmitificado dessa fé torta, que me prendia cada vez mais nas amarras do endeusamento tolo. Acreditava que o ponto de fuga era a auto-afirmação e o isolamento. 
Engraçado como é essa sensação de se sentir meio completa. Depois de um tempo você se assume completa, mesmo sabendo que falta algo, que lhe falta tudo, ou, um mundo verdadeiro para se sentir realmente últil. 
Contraditoriedades que assomam, mas que petrificam e embalam-nos no caos.
Mas o tempo passa, e que bom que a vida nos permite abrir os olhos!
Dói sair da escuridão, depois de tempos na escuridão.
O corpo sofre algumas mutações, 
Os sentimentos se contorcem.
Ah... O novo é complicado! 
Somos resistentes à ele! E como somos!
Mas.... 
Decidi me tornar inteira!
Sabe quando é tudo ou nada?
Caso de vida ou morte?
Então... o âmago também pode chegar nesse estágio... Como eu cheguei.
E como é difícil  o dom da permanência!
Trocar tantos pensamentos para adentrar em um mundo novo.
Eu sei que é preciso força de vontade, um resgate contínuo da fé, e o restabelecimento dos sentidos. 
E o primeiro passo é nosso!
Mas nunca é solitário!
Não pode ser!
Querer prosseguir sozinho não dá!
...
Mas... Porque essa delonga dispensável e desconexa de palavras?
Ah...
Tentei expôr alguma profundidade do que eu era antes de conhecer a Luz!
Esse horizonte de mistérios que abriu portas para a minha nova vida,
E que preencheu o vazio aqui dentro,
E iluminou o escuro,
Desembaçou o ofuscado da minha visão.
Me deu as mãos,
Me olhou nos olhos como nunca ninguém tinha olhado antes.
E eu acordei quando a vi.
Eu até tentei resistir, mas foi tão forte que perturbou a minha consciência tão inconsciente...
Depois que você avista a luz, você não quer mais saber do escuro.
Você desaprende a ficar sozinho.
Esquece como é se sentir pleno sem ter alguém...
Alguém pra caminhar de mãos dadas,
Contar como foi o seu dia,
Sentir o coração vívido,
E o sangue a correr nas veias, brotando a alegria
Desabrochando sorrisos.
E eu sei que a vida também é dor, tristeza, decepção.
Sei também que eu vou precisar de alguns momentos à sós com o espelho,
As lágrimas vão cair.
Mas eu sei que não estarei sozinha.
E que eu posso ter o céu quando olhar para você,
E me sentir confortada quando você me abraçar!
Quando eu te sinto,
Eu percebo que as minhas imperfeições são frívolas.
Você me aceita com o meu jeito desajeitado de ser.
E eu que pensava que jamais alcançaria as estrelas, pois o chão era o mais seguro.
E eu que desacreditava em anjos.
E eu que desacreditava em amor.
Hoje eu vejo o quanto desperdicei o tempo por não crer nessas coisas.
Hoje eu sinto que sem você eu não sou nem a metade do que sou.
Descobri que pra ser inteira eu preciso de você,
E que quando te abraço, abraço o céu,
Pois você é um pedacinho dele,
Que me traz tanta paz!

Eu Te Amo!


[Naná]

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