SEGUE-ME?

17 de julho de 2011

Nostalgia


No fundo, a criança reprimida aqui dentro tenta sobreviver, perante o mundo adulto frenético e hermético que me balança e quer me sucumbir para a plena seriedade de saber prontamente sobre todas as coisas.
Sou uma alma relutante contra a frieza de um mundo anarquista, de princípios tortos e desgarrados, que sujam os resquícios da puerícia que cá devemos guardar.
Sou contrária à uma seriedade cega, que dissimula a necessidade de carência e de colo, para que seja assumida uma postura sempre dura e diga-se de passagem, "pobre de sabedoria".
Sim é preciso se adequar à vida, mas em primeiro lugar, procurar adequar-se à si mesmo.
O que vejo é uma sociedade corrompida pela obsessão de civilizar-se às custas de ordens tão imorais da necessidade de aprender a crescer, deixando para trás a pureza dos sentimentos, para integrar-se à "consciência conjunta" de que o mundo só é realmente bom se todos se mostrarem programados e projetados para respostas.

Quisera eu poder ser ainda um pouco da criança do que fui.


'Nostalgia'





[Naná]





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