SEGUE-ME?

26 de agosto de 2010

"Amorfia"



Hoje senti-me tão indiferente perante mim mesma.
São tantos sentimentos desconexos,
Tantas incertezas enleadas em angústias.
Tantos muros para ter que enfrentar diante de meu torpor intrínseco, debelado por meu tédio explícito.
Dispersei todos meus sonhos na areia.
E o mar bravio os levou, para um lugar bem longínquo.
Perdi o resquício de esperança que ainda era contido nesse meu ser tão ínfimo.
Estou sem sentido.
Trancada em um quarto escuro,
Sem volição de abrir os olhos ao mundo lá fora.
Estou aturdida, com um medo tamanho de tudo.
Um pânico que evade-me.
Perdi minha identidade,
O propósito da existência,
O brilho da persistência.
Eu não sei mais quem sou.
Irrita-me o fato de ter que olhar para o espelho,
E deparar com um semblante fatigado.
Sinto-me um nada.
Inútil.
Tantas contraditoriedades.
E eu estou sozinha.
A corda que me sustenta contra o penhasco está se rompendo.
Sem direção certa.
O coração repleto de mazelas,
E o cerne vazio.
Não sei até onde mais posso ir, vazia.
Estou deixando minhas forças irem com cada lágrima que pranteio.



Acho que não há mais espaço pra mim...



Aqui.




(Naná)


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