SEGUE-ME?

8 de maio de 2011

Viver a Vida..


Ah! Eu sei que tenho um espírito indomável.
Um temperamento imprevisível.
Minhas ideias são distorcidas,
Meus sentimentos, às avessas.
Um limite ilimitado.
Sempre me dizem isso.
Mas é que gosto de caminhar livre.
"Liberdade pra mim é pouco! Na verdade o que desejo ainda não tem nome". Sábia Lispector!
O problema é que ninguém sabe dessa liberdade que falo, e as pessoas têm uma mania prenunciada de julgar-me.
Eu só viro as minhas costas e prossigo.
Só despendo o meu tempo com o que realmente se vale a pena, e isso não inclui achismos desprovidos de concretismo.
Acredito que nem todos os detalhes são dignos de consideração, e que nem todos os Rascunhos precisam ser concluídos.
De repente, eu decido mudar os caminhos, os meus passos, e o rascunho já de mais nada serve.
E eu prossigo, na corda bamba de que se é viver.
Saltando alguns poços escuros, caindo em outros.
Me arranhando aqui, me levantando pra lá.
Sobrevoando o deserto e me afogando nos mares revoltos.
E alguém pode me dizer sobre constância e permanência?
Quem realmente possui os pés no chão, que em nenhum momento possui a sede de apenas querer voar?
Eu não sou a pessoa mais indicada pra seguir Regras.
Me incomoda a monotonia, me irrita o tanto-faz, me agride o maldito Senso Comum.
Mas olha, eu não me torturo pelos meus erros. Acertar sempre é ruim.
Quem vive sempre certo não arrisca,
Não sente tanta dor, e também pode ser que não saiba dar tanto valor às coisas.
Eu sou exagerada: sinto demais, amo demais, choro demais, grito demais. Mas quando eu decido ir não volto nunca mais.
Alguns chamam isso de intransigência.
Eu chamo isso de "Viver a Vida".



[Naná]




"Não deixo de acreditar nas coisas porque não existem. Eu também posso me inventar para elas."


[Fabrício Carpinejar]

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