SEGUE-ME?

6 de junho de 2011

O Isolamento e a Convicção...



Não há ser humano que não se isole por um tempo, e que não seja alheio aos seus sentimentos, e à si mesmo por vezes.
Mas há a necessidade de saber se respeitar, aprender com seus defeitos e suas próprias incógnitas.
O que foge do controle é quando esse isolamento faz com que se afaste de si mesmo, e afastar-se de si mesmo é sinônimo de perder-se. E nessas circunstâncias de convicções cegas, é que acabamos por pegar atalhos incertos os quais nossos passos trepidam, mas não hesitam em prosseguir.
Quando se perde, também contrata-se a nulidade dos atos, se abraça a imprudência, e a bruma ofusca a visão.
Já dizia Nietzsche: "As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras".
Creio que tantos desafios que nos são impostos servem para nos ensinar sobre a falibilidade dos sentidos, aprender a pensar, repensar antes de agir...
No fundo toda essa confusão organiza-se, e toda a névoa dissipa-se, é só não deixarmo-nos crer que viver só, é uma saída, pois isso nos custa muitos erros; e o isolamento, ao oposto da introspecção é como um veneno injetado nas veias, que pode ser fatal à vida.



[Naná]








“Um paradoxo: ‘O isolamento só existe num isolamento. Uma vez compartilhado se evapora (...)'”.


[In: Quando Nietzsche Chorou - Irvim D. Yalom]





2 comentários:

  1. Isolamento...

    As vezes, tão bom, tão necessário...
    escapar um pouco da frivolidade da vida e dos sentidos...

    Mas é importante não perder-se dos limites...
    Saber até onde podemos nos isolar, sem nos perder da vida, de nós mesmos...

    Afastar-se um pouco das pessoas e de si mesmo pode ser saudável e até mesmo necessário um pouco...

    Mas não perca-se de quem és...
    Não perca-se da vida, e das pessoas que fazem parte dela...

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  2. Acho que eu já me perdi muito da vida... Mas essa minha última perda, fez-me encontrar com a vida... "s2"

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