SEGUE-ME?

20 de abril de 2011

Escrever...


Não acredito no jogo de palavras mencionadas ou escritas.
Escrever não é um jogo, é um ato inspirador e que faz conexão com o cerne, com os sentidos...
Porque é fácil somente unir palavras belas para tentar dizer algo coerente... Mas o impacto nos sentidos é superficial, é como se decorar uma fala, um texto, e não viver aquilo.
E eu não sei burlar os meus atos, tenho o péssimo hábito da sinceridade plena, de sentir tudo o que faço, embora nem sempre isso seja coerente e nunca seja planejado, porque os sentimentos vem sem marcar horário.
Por mais que o meu discurso seja difuso, eu não abro mão de estar em paz quando escrevo, pois eu sei que as palavras têm um peso muito grande, elas têm poder. Elas refletem a minha verdade, o meu sentido, ou a falta destes...
Eu não quero versos decorados, tampouco ser compreendida, eu só quero ser livre para sentir...
Eu não quero que minhas palavras criem vozes e incomodem...
Eu vôo para apenas eu mesma sentir o vento sobre as minhas asas.


[Naná]


10 comentários:

  1. Realmente as palavras, parecendo que não, tem mesmo muito peso.. doí mais uma palavra que um estalo..
    Conseguir exprimir sentimentos através de palavras é que é realmente difícil, na minha opinião impossível. Por exemplo: Dói-te a barriga e dizes: Dói-me a barriga.. Mesmo que descrevas essa dor é impossível ou outros sentirem na também.. Eles tem conhecimento do que é, sabemos, mas as palavras só exprimem uma aproximação desse sentimento.. Na minha opinião.. Mas sim, sem ato de sentir é realmente extraordinário. Adoro o teu blogue, escreves mesmo bem!

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  2. Palavras não pesam somente sobre quem as escreve
    podem perfurar também a alma daqueles que as leem, ouvem
    a palavra dita e a flecha atirada não voltam atrás...
    não se desfazem seus efeitos.
    pense bem quando as coloca a vista de outras pessoas
    elas não pesam somente em você...

    Uma palavra que lhe soa leve, pode ter o peso do mundo.

    Você voa para sentir o vento em suas próprias asas
    mas não imagina a turbulência que deixa para trás...
    como pode abalar quem segue em seu céu.

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  3. "tenho (...) o habito da sinceridade plena, de sentir tudo o que faço"

    Educadamente pediria que, de fato, fala-se e afirma-se isso de novo.

    Voce apostaria o que demais importante tem?, apostaria sua vida nisso?

    Por Thiago L.

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  4. Observe atentamente as pessoas ao seu redor e ira ouvi-las expressar em termos precisos sobre elas mesmas e seu meio, o que aparentera revelar que ela tem idéias a respeito do assunto. Mas comece a examinar essas idéia e ira descobrir que praticamente não refletem, de forma alguma, a realidade a que parece se referir, e se você aprofundar mais a seu exame, ira descobrir que não há nem mesmo uma tentativa de ajustar as idéias a essa realidade.
    Quando muito ao contrario: pelo meio dessas teorias, a pessoa esta intentando cortar qualquer visão pessoal da realidade, de sua própria vida. Por que a existencia é, no principio, uma caos na qual a pessoa se acha perdida.
    A pessoa desconfia que seja assim, mas tem medo de ver face a face com a terrível realidade, e tenta encobri-la com uma cortina de fantasia, onde tudo esta claro. Nega a importancia do fato de suas "idéias" dexarem de ser legitimas; ele (a) as utiliza como trincheiras para se defeder de sua existência, como espantalho para espantar a realidade.




    (Mas não se preocupe aqueles a quem a julgam, a diminuem a e a regulam, não têm a real intenção de fazer tal coisa, isso pareceria obvio, no entanto é uma premissa superficial demais, a coisa em si mesma vai além. Por fim, encerro definitivamente por aqui)

    Por Thiago L.

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  5. (Permita-me acrescentar só mais um pouco, tentarei não ser exaustivo, afim de não deixar as idéias tão vagas...)

    A desesperança da condição humana fica oculta, uma desesperança que a pessoa observa em seus pavores noturnos e suas fobias e neuroses diurnas.
    A essa desilusão ela rejeita com a elaboração de defesas que possibilita uma sensação básica de valor próprio, de significado e poder.

    Admitam-lhe sentir que comanda a sua vida e morte, que de fato vive e age como um individuo de vontade autonoma e livre, que possui uma identidade sem par e delineada por ela mesma, que ela é alguém.

    Não PRETENDEMOS admitir que somos necessariamente desonestos no que se cita a realidade, que não governamos verdadeiramente nossas próprias vidas. Não PRETENDEMOS admitir que não ficamos sozinhos, que sempre nos apoiamos em algo que nos transcendm conveniente sistema de idéias e poderes na qual estamos mergulhados e nos sustenta. Esse poder raramente é evidente: não necessita ser um deus ou uma individuo mais forte, entretanto pode ser a capacidade de uma atividade que estabeleça pleno empenho, uma paixão, o empenho a um jogo, uma maneira de vida que, como teia de bem-estar, sustenta a pessoa apoiada e ignorante a respeito de si própria e o fato de que ela não se apóia em seu próprio centro. (quase) todos nós somos persuadidos a sobreviver de modo desinteressado, ignorando quais as energias que realmente consumimos e que tipo de mentira criamos a fim de vivermos segura e serenamente.

    A defesa da existência é um jogo sério.
    Como tira-las das pessoas e deixá-las alegres?...

    ...a isso deixou que respondam honestamente por si mesmo, se conseguirem responder e caminhar sozinho com os próprios pés, sera uma caminhada em direção a real liberdade.

    Por Thiago L.

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  6. (que sempre nos apoiamos em algo que nos transcende, um certo conveniente sistema de idéias e poderes na qual estamos mergulhados e nos sustenta)

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  7. o que se "ganha ou perde"?,

    Palavras podem ser ditas, escritas e até sentidas (certamente), mas se realmente não forem entendidas, não modifica nada... são apenas palavras (sem "IMPACTO" algum)... e neste ponto o humano esta disposto a largar tudo que não compreende, ainda mais quando não se pode ensinar nada a este ser, apenas ajudá-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo. Pensar é o trabalho mais pesado que há, e talvez, seja essa a razão para tão poucos se dedicarem a tal tarefa.
    As coisas que eu escrevo são as mesmas que você já leu, portanto agora lhe mais e outras coisas. Por fim, vale muito compreender pouco do que não compreender mal ou nada.

    Por Thiago L.

    (Tens realmente interesse em saber do que se trata?)

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  8. Oi Najla,
    que lindo o seu blog! Adorei sua forma de escrever e a apresentação. Parabéns, voltarei sempre!
    Regina Gaiotto

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  9. Olá Regina.
    Muito obrigada pela visita!
    Seja sempre Bem-vinda!
    Beijos!

    Najla

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  10. Felizes ...os que são o que sentem e o dizem, simples e sinceramente, sem rebuscamentos de palavras, e voam livres!

    Parabéns, Najla! Que o vento sobre suas asas a impulsione a voar cada vez mais alto! Sempre!

    Isabel Pakes

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