SEGUE-ME?

2 de maio de 2011

Pode ser...



Pode ser que talvez, eu aparente frieza
Mesmo estando muito quente por dentro...
Isso não quer dizer que sou insensível,
Ou que seja indiferença...
Apenas é a minha aparente segurança,
Nas entrelinhas de um medo da vontade urgente
De amar-te!


[Naná]


Um comentário:

  1. "As vezes é preciso mudar de ares"

    (*)
    Então vem você e diz que achou que eu não havia gostado de sua mais recente doçura. (...) Devo ter esquecido. Porque ultimamente ando me esquecendo das coisas. Esqueci como se pronunciam ternuras e aventuras de fim de tarde. Esqueci como se pronuncia desejo, como se faz o grito do sexo, como se rasga a assepsia. É que tudo se mistura no mundo, tudo.

    (**)
    Moça bonita que sorri suave (...)
    Eu tenho caminhado aos saltos aqui, sempre com um pouco de medo. Sempre com um tanto de vontade. Sempre pensando que amanhã será o grande dia. O grande. De fazer travessuras e receber aplausos no palco. E, enquanto isso, escrevo.

    Escrevo.

    Escrevo.

    Queria morrer escrevendo: um auge de romantismo, a coisa derradeira. O fim. Mas amanheço e penso: hoje. E hoje é mais uma vontade de organizar o impossível, de sentir uma fome que bate delicada às 3 da tarde implorando que eu aprenda os caminhos para dar vida "a vida"
    (...)
    A gente desanoitece devagar pedindo que o sonho fique um pouco mais. E escuta uma voz que vem lá de longe: “Levante-se, que já não há tempo para perder com tolices”… A gente acaba por pensar que carícias e ternuras não cumprem com exatidão o destino que a sobrevivência exige.

    Só que eu digo que podem mais do que isso. Cumprem o exato destino que lhes é oferecido: o de inventar novos nomes para o sol e para os calores que acontecem ao entardecer. Carícias e ternuras inventam os rumos da tarde e fazem nascer o sorriso em quem ainda não conhece o inevitável.
    (...)
    Não sei. (...) E acho que você também não sabe. Somos pura inconsciência, pura inconsequência, escrevemos cartas porque desejamos dar uma resposta ao tempo.

    “Levante-se, que já não há tempo para perder com tolices” – dizem. Eu respondo, então, que escolho perder o nada que me resta. E respiro, enfim.

    Por isso decidi que não poderia mais adiar o encontro.

    E você estava tão bonita.

    Deixo-lhe ternuras,

    carícias,

    Polímnia

    (Fragmentos do poema (*) "Carta – Voou", e, (**) "Carta para acariciar desejos…" de Carla Jaia)

    Por Thiago l.
    kisses in the heart Najla

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