SEGUE-ME?

21 de agosto de 2012

Noite quente, solidão...


Noite quente, solidão. Há várias pontes para decidir se atravesso ou não. 
Tentei deixar a minha nostalgia, a doença sentimental de lado, e vesti mini-saia e salto-alto. 
Ainda um pouco aturdida, caminhei meio perdida pelas ruas vazias, cheias de ervas-daninhas. 
Ruas cheias de gente, mas eu, com um semblante descontente. 
Sem nenhuma companhia, entrei num barzinho, daqueles onde multidões se embriagam, e sentei. Todo mundo sorria. 
Enquanto fumava mais um cigarro, chamei o garçom e pedi: "Hoje vai uma dose de desapego, por favor!", e ele sem demora, logo voltou. 
Bebi duas taças de vinho, que na minha garganta desceram congelando, de repente tudo estava frio. 
Todo mundo estava se divertindo, conversando, e eu, idiota, pensando. 
Alguns caras até mexeram comigo, mas o meu ego doído nem quis prestar muita atenção, deveriam ser todos babacas, ou sei lá, talvez não. 
Se você entendesse, se você soubesse o quanto eu preciso que você me devolva, minha vida tem tornado-se amorfa. 
Eu quero sentir de verdade, sem medo. E embora pareça clichê, é verdade: tô cansada de desamor, de ser apenas metade. 
Vem dançar comigo, rosto colado, mesmo tímido... 
Vem, se embala nos meus passos, vem preencher as lacunas, os espaços....


(Naná)
28/07/12


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