Noite quente, solidão. Há várias pontes para decidir se atravesso ou não.
Tentei deixar a minha nostalgia, a doença sentimental de lado, e vesti mini-saia e salto-alto.
Ainda um pouco aturdida, caminhei meio perdida pelas ruas vazias, cheias de ervas-daninhas.
Ruas cheias de gente, mas eu, com um semblante descontente.
Sem nenhuma companhia, entrei num barzinho, daqueles onde multidões se embriagam, e sentei. Todo mundo sorria.
Enquanto fumava mais um cigarro, chamei o garçom e pedi: "Hoje vai uma dose de desapego, por favor!", e ele sem demora, logo voltou.
Bebi duas taças de vinho, que na minha garganta desceram congelando, de repente tudo estava frio.
Todo mundo estava se divertindo, conversando, e eu, idiota, pensando.
Alguns caras até mexeram comigo, mas o meu ego doído nem quis prestar muita atenção, deveriam ser todos babacas, ou sei lá, talvez não.
Se você entendesse, se você soubesse o quanto eu preciso que você me devolva, minha vida tem tornado-se amorfa.
Eu quero sentir de verdade, sem medo. E embora pareça clichê, é verdade: tô cansada de desamor, de ser apenas metade.
Vem dançar comigo, rosto colado, mesmo tímido...
Vem, se embala nos meus passos, vem preencher as lacunas, os espaços....
28/07/12
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: