SEGUE-ME?

15 de setembro de 2012

Realidade


Saudades de quando a maioria das pessoas não vinham embaladas no "plástico" da superficialidade. Saudades de quando o frio que eu sentia era apenas do inverno e não da baixa temperatura dos espíritos. 
O tempo todo me pego pensando até onde vale a pena ser sincero ou se calar. 
Palavras são importantes somente para quem sabe ter delicadeza no trato, e não se encaixam na boca de quem zomba e faz destas algo fútil. 
Infelizmente, o efeito da banalidade recaiu sobre muitas delas, talvez por um deslize de caráter ou falta de concentração da realidade... 
Alienação? Quem sabe! 
Sou realmente uma tola, que discursa coisas inaudíveis, sou mesmo uma cega que vê coisas demais. 
E não pretendo mudar esse contexto porque eu não sou feita de papel que serve para apenas rabiscar as linhas... eu sou feita de carne, osso, alma e espírito arredio, que teima por avistar as entrelinhas e o indícios que aos olhos alheios, não têm importância. 
Sou composta de detalhes que afugentam, que incomodam, que transgridem a ordem do coerente. 
Mas não vejo a realidade como plástico e sim como fogo.


(Naná)
30/08/12



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