SEGUE-ME?

2 de setembro de 2013

Da janela, passarela...


Da janela (de olhar), 
De olhares, passarela, 
Olhos que vêm, 
Olhos que vão, 
Passante(s)em instantes, 
Ocultam-se na multidão, 
Com cautela, ou sofreguidão. 

Da janela, 
Paralela ao sonho, 
Em versos de olhares 
Me decomponho, 
Avisto as árvores, 
Avisto as aves, 
Os meus pesares, 
E lá estou debruçada, 
Ninguém sabe. 

Da janela, entreaberta 
Vejo nuvem, vejo lua, 
Vejo beijo, vejo a rua, 
Um mar de sorrisos sobejos, 
Vejo tu passar, 
E ao lado os meus desejos. 

Da janela, 
Que dá ao céu, 
Jogo meus pensamentos ao léu 
Dispo da serenidade o véu, 
Da janela, 
Olha(r)dela. 

Da janela (disfarçuda) 
Vejo nuvem, 
Vejo chuva, 
Vejo inundação, 
Vejo a presunção 
Desafiando a inquirição, 
Da janela, 
Fico muda. 

Da janela a vida passa, 
Tudo corre 
Tudo vôa 
Tudo brilha 
Tudo ofusca 
Tudo cala 
Tudo grita 
Tudo ecoa 
Tudo sobra 
Tudo falta. 

É tanta coisa esquisita 
Que a verdade erudita 
Desdobra 
A escrita, 
Mal(dita)! 

Da janela (passarela) 
De olhar 
Eu vejo o mundo 
(Da solidão) 
Um espaço profundo 
De sentimentos circundo 
De tudo e nada me inundo. 

Sempre em vão. 


(Naná) 
25/07/2013










Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente: