Da janela (de olhar),
De olhares, passarela,
Olhos que vêm,
Olhos que vão,
Passante(s)em instantes,
Ocultam-se na multidão,
Com cautela, ou sofreguidão.
Da janela,
Paralela ao sonho,
Em versos de olhares
Me decomponho,
Avisto as árvores,
Avisto as aves,
Os meus pesares,
E lá estou debruçada,
Ninguém sabe.
Da janela, entreaberta
Vejo nuvem, vejo lua,
Vejo beijo, vejo a rua,
Um mar de sorrisos sobejos,
Vejo tu passar,
E ao lado os meus desejos.
Da janela,
Que dá ao céu,
Jogo meus pensamentos ao léu
Dispo da serenidade o véu,
Da janela,
Olha(r)dela.
Da janela (disfarçuda)
Vejo nuvem,
Vejo chuva,
Vejo inundação,
Vejo a presunção
Desafiando a inquirição,
Da janela,
Fico muda.
Da janela a vida passa,
Tudo corre
Tudo vôa
Tudo brilha
Tudo ofusca
Tudo cala
Tudo grita
Tudo ecoa
Tudo sobra
Tudo falta.
É tanta coisa esquisita
Que a verdade erudita
Desdobra
A escrita,
Mal(dita)!
Da janela (passarela)
De olhar
Eu vejo o mundo
(Da solidão)
Um espaço profundo
De sentimentos circundo
De tudo e nada me inundo.
Sempre em vão.
(Naná)
25/07/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: