SEGUE-ME?

3 de dezembro de 2013

"Sobre a Motivação..."


Duas das "bases motivacionais" para o ser humano prosseguir com seus objetivos: reconhecimento e reciprocidade. Sim, todos nós queremos ser reconhecidos pelo que somos, pelo que fazemos, pelo que gostamos de fazer, pelas nossas ideias, pelas nossas opiniões, pelas nossas realizações, pelos nossos desejos. Todos nós, sem exceção. 
Não acredito nessa história de não criar expectativas. Não existe vida sem expectativa, sem esperança, sem perspectiva. Todo aquele que vive tem algum objetivo, seja qual for ele. Nossos passos são norteados pela concretização de nossos sonhos, de nossos anseios e desejos. 
Alguém aqui vive sem ter um porquê? Acredito que não. Tudo na vida requer um sentido, tudo na vida requer um horizonte, e a bússola está dentro de nós. Nós somos os únicos capacitados à direcioná-la, pois somos os portadores do nossos pontos de vista, e senhores de nossas escolhas. Não adianta tentar esquivar-se dos desejos/anseios, com a desculpa de que expectativas não foram criadas, me desculpem, mas acho isso impossível. É mais fácil (não o viável) isentar-se de assumir que as coisas não deram certo (de acordo com o que você esperava) dizendo que não esperava por resultados. 
Resultados, pois bem. O que remete essa palavra? Resultado é uma consequência das suas escolhas, um produto do seu planejamento, um efeito do seu ponto de vista. Ele pode ser positivo ou negativo, depende da sua própria avaliação ou da avaliação alheia; ele varia de acordo com os propósitos, de acordo com os contextos. O resultado faz parte do processo da expectativa. Mas resultado se constrói com o verbo "esperançar" e não com o verbo "esperar". Quem apenas espera não tem resultados . Deixa eu tentar explicar: quem espera não interage, limita-se à inercia. Quem cultiva o verbo esperançar abraça a causa, planeja, cria, vibra, participa. Será que dá pra perceber a diferença? Claro que saber esperar também é uma virtude, é sinônimo de paciência, e também faz parte do processo. Mas esperar nunca pode ser empregado no sentido de acomodar-se, de deixar que o "destino" mostre os caminhos. Não! Eu não acredito em destino. Vejo o destino como uma desculpa esfarrapada para se isentar da disposição e das ações. 
Certo, mas aí você me pergunta: e a reciprocidade que eu disse no início, onde fica? Bem, nós funcionamos como a engrenagem de uma máquina. É preciso ter sintonia nos movimentos para que não hajam problemas mecânicos. A nossa linguagem, por exemplo, depende da reciprocidade. Kant dizia que a reciprocidade é a capacidade intelectual onde se fazem compreensíveis as relações. Uma relação só é possível quando, primeiramente a linguagem é recíproca, a interação é recíproca. Mas reciprocidade, na minha opinião não é sempre possuir as mesmas ideias, ou pontos de vista, mas é justamente a capacidade de completar-se. Um casal que se ama vive a reciprocidade, mas não significa que pensam igual em tudo, mas sabem lidar com as diferenças. E é assim que o mundo funciona: saber conviver com as diferenças. 
Vou unir os termos: Primeiro: você vive, possui um objetivo ou um sonho, então você cria expectativa, faz as suas escolhas, interage, tem paciência mas não se acomoda, você quer resultados positivos, e quer reciprocidade, com isso alcança reconhecimento. Parece uma fórmula simples, mas sabemos que nunca é. Sempre temos alguma "pedra no caminho" que nos trava: seja ela o medo, a insegurança, a dúvida, a demasiada auto-crítica, seja ela o mundo que nos circunda. 
Somos seres que muitas vezes criamos limites das nossas expectativas com medo do que o outro vai pensar dos nossos resultados. A reciprocidade também é complexa, porque pode-se criar uma dependência equivocada do outro. Mas, na minha humilde opinião, uma vida não se constrói acertando sempre. Isso é alienação, utopia. É nas nossas expectativas que nos doamos, é nos erros que crescemos, e muitas vezes é na falta de reciprocidade e de reconhecimento que aprendemos a olhar mais para dentro, não por egoísmo, mas por necessidade. Buscamos aprender mais com o outro, antes mesmo de sabermos o que queremos. Criamos expectativas no outro, e muitas vezes esse outro não espera nada de nós, não nos reconhece, e não é recíproco. A resposta: olhar para dentro. Foco, ação. 
Termino com a seguinte frase em latim: "Agere, non loqui", que significa "Agir, não falar". 

Esse texto vale principalmente pra mim, me via nele enquanto escrevia. 
Escrever também é uma forma de reflexão, mas a ação é que norteia os resultados! 
Que possamos agir diferentemente, se quisermos resultados novos! 


(Naná)
28/11/13



2 comentários:

  1. Esse texto é excelente Naná! Palavras sem aridez e bem diretas! Ao mesmo tempo que vejo você nele. o mesmo é incentivador e inspirador levando ao raciocínio e a tentarmos olhar pra dentro pois ali temos todas as respostas ao que realmente necessitamos!

    Sei que elogiei pelo facebook, mas não há como não elogiar mais 1.000 vezes toda vez que leio esse texto!

    Parabéns "Diva das Palavras"! rs ; )

    Beijossss

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