SEGUE-ME?

24 de fevereiro de 2014

"Desavisada de tudo"


Minhas veias são as palavras que pulsam 
Onde gotejam, sobejam lacunas (des)ocupadas. 
Suor do ser que se encerra em linhas, vibrações e ecos. 
Às vezes a caneta me pesa nos dedos, 
E uma arritmia/taquicardia, me apressa os versos. 
Já não sei se sou poeta ou paciente. 
Já não sei se sou doença ou se sou cura. 
O silêncio macilento do papel me devora (sem demora). 
Monólogo parvo, que perdura. 
Nada mais sei sobre mim: 
Se as palavras me são sustento 
Ou se de mim, fazem o seu alimento. 
Confusão que borra as linhas com a minha história, 
Desabitada e desavisada de limites.

(Naná)
 22/12/13



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