SEGUE-ME?

24 de fevereiro de 2014

Sobre o Final de Ano


Quem sou eu pra falar sobre as coisas da vida, não é? Vou usar o Jargão do famoso e magnífico Sócrates: "Só sei que nada sei". Eu não sou nada, podem dizer que não sou ninguém, podem até me reduzirem à "pó", mas ainda assim insisto em bater em algumas teclas que me incomodam desde o dedinho do pé até a raiz desse meu cabelo rebelde. E uma dessas "teclas" são as famosas frases e costumes das passagens de final de ano. 
Bem... o que você mais vê final de ano? Você eu não sei, mas eu vou dizer agora o que eu mais vejo: Consumismo, enfeites de natal, pisca-pisca, árvore de natal, panetone, enfeites de Natal, mais pisca-pisca, mais consumismo e assim sucessivamente. Até aí é normal, até porquê na Páscoa todo mundo se veste de coelho né? Ou não? Bom, eu não... pra mim não cola. 
Sou chata com datas comemorativas, eu odeio essas significações insignificantes que as pessoas colocam nelas. Ah, sei lá, mas eu não tenho paciência com gente que faz merda (desculpem o vocabulário esdrúxulo) o ano inteiro e depois diz que o outro ano tem que ser melhor. Será que é preciso esperar acabar o ano pra decidir isso? Outra coisa, porque as pessoas se apegam tanto em números? Números de presentes, números de "Feliz natal", "feliz Ano novo", números de quanta pinga bebeu na virada, quantos porres tomou nas festas... não sou contra quem bebe, eu também bebo, mas não me gabo por isso, na verdade não me gabo por nada. Aliás, como eu disse no princípio: eu não sou nada, não sou ninguém. Isso não é auto-estima baixa, é real. O que somos? Talvez sejamos areia, ou água, pouco importa, mas pelo amor de Deus, querer contar vantagem é ridículo e sempre será. 
Mais um fator sobre números: Por que culpam os anos pelas coisas ruins? Tipo: "Que 2014 seja melhor, porque 2013 foi uma porcaria". Por acaso é um tipo de superstição ou que droga é essa? Claro que esperamos que as coisas sejam melhores a cada ano que passa, mas sobretudo NÓS precisamos ser melhores, e não os anos em si. Os anos são o tempo, e o tempo passa, e tudo passa, até a uva passa, hahaha! Mas e as nossas ações onde ficam? 
Confesso que eu gosto do Natal, acho que todo mundo se sente melhor nessa época, eu respeito muito o significado dessa data, e faço minhas orações agradecendo à Deus, mas não só nesse dia. Porque não existe data certa pra dobrar os joelhos ou o coração. Nesse tempo também transborda-se a hipocrisia, lamentavelmente. Todo mundo é bom, todo mundo ama todo mundo, todo mundo presenteia todo mundo. Presentes? Final de ano todo mundo se abarrota nas lojas pra comprar presente até pro papagaio. Claro que eu gosto de ganhar presentes, o fato é que gosto mais de presentear, mas por que as pessoas esperam pelo final do ano? O ano inteiro passou e será que o presente realmente representa a gratidão pelas pessoas, no ano que se passou? Me desculpem, mas o consumismo dita as leis e o povo se desespera porque acha que precisa se adequar à elas. 
Muita gente que me acha careta vai me criticar, mas eu não vivo disso. Eu vivo de agradar as pessoas que gosto em qualquer tempo, tendo dinheiro ou não. E não preciso esperar a ceia de Natal ou Ano novo pra reunir a família, quando sinto saudades eu vou visitar, porque gosto de abraçar e conversar, sempre que puder. Pra mim, falta significado das pessoas, e a única passagem de ano que eu consigo ver é a passagem para a involução, em muitos (não todos), mas em muitos. 
Você aí, que lê essa postagem, pode concluir que eu devo ser uma pessoa arrogante (ou não). Então eis que lhe digo: o direito de achar as coisas é todo seu, e meu intuito nunca foi que as pessoas concordassem com isso ou aquilo que eu penso, mas simplesmente que respeitem o meu ponto de vista como eu faço com todo mundo. Que eu seja melhor a cada dia, sei que preciso melhorar muito, mas que eu mantenha a consciência de que quem faz o tempo ser bom ou ruim somos nós e não é o tempo que passa e diz simplesmente "Oi, vc quer viver, ou eu posso só passar aqui?" 

(Naná)
11/12/13



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente: