Matei todas as minhas idas sem voltas
Todos os meus passos incertos
Todas as ilusões despertas
Todos meus ecos calados.
Matei os meus vãos,
os meus espaços
As linhas paralelas à solidão.
Matei o meu medo e o pendurei no varal,
deixei-o agonizar com o tempo,
que finda.
Abortei os meus sentimentos,
deixei marcas do meu sangue e suor
na alvura do papel.
Sou suicida reincidente.
Matei-me de tempos em tempos,
para poder voltar a viver
e morrer outras mortes (necessárias).
(Naná)
22/12/13
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