SEGUE-ME?

23 de setembro de 2010

"Memórias Póstumas"



Já dizia Drummond: “A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços”...


Cartas à um Ausente...
Palavras não-ditas...
Sentimentos, apenas arquivados...
Tua ausência inflama-me o âmago.
Ainda guardo tuas cartas...
Ainda as incinero.
Um dia...
Preciso!
Julgava morto o tempo do pretérito,
Mas á tona ele vem e entorpece-me em melancolia,
Um tédio profundo de saudades...
Ausência?
Estás aqui...
Abraçada a mim...
O tempo lá fora é mais taciturno...
A tinta da caneta é mais escura
Nesta folha de papel tão lívida e vazia...
A cada vez que lhe escrevo,
Trago-te da ausência...
E renasço para a morte novamente.
Até quando?
Voe com o vento, para o Sul dos meus pensamentos.
Muito abaixo do consciente...
Tão longínquo dos olhos do meu cerne.
Preciso recuperar a sanidade...
Antes que me roube para sempre.



(Naná)


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente: