SEGUE-ME?

2 de dezembro de 2010

"Angst"


Ouço uma voz dizendo meu nome.
Olho para todos os lados, mas ninguém ao meu entorno.
Cerco-me de sons vazios...
Deve ser os espectros das memórias...
Pensamentos que falam alto.
Sentimentos à flor da pele.
Depois de tempo fiel à solidão,
Desvelo-me da esperança.
Não acredito em explicações para o vazio que me toma conta.
Eu não descobri algum propósito para amargura em demasia aqui dentro.
Abracei a tristeza, e ela embala-me ao som nostálgico de uma alusão...
Apenas alusão.
Minhas decisões são sempre frívolas.
Meus sentimentos, amorfos.
Meus pensamentos... disformes.
O meu mundo não é de pares.
O meu mundo é intangível.
Mais uma vez debelada pela “Angst”.
Retrocedo a cada passo adiante.
O meu tempo é intempestivo...
O sol é uma ilusão de ótica efêmera.
O vento sopra em meu rosto, trazendo-me memórias
E eu reluto...
E eu choro.
Grito calada.
Ninguém por perto.
Nenhuma voz.
Apenas a minha, estancada pela dor.
Eu sou ímpar.
Meu caminho é retrógrado.
O meu tempo é desconexo.
O meu “eu”, descreve estas linhas,
Contidas de fastio...
Palavras com o brilho ofuscado.
Apenas palavras tristes,
Que sobrevivem ao meu lado.


[Naná]

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