SEGUE-ME?

3 de fevereiro de 2011

O meu "Eu" e os outros "Eus"...


Será que ainda existem resquícios de outrora?
O meu “eu” transmutou-se em desconhecido.
Os sentidos às vezes ficam sem sentido.
Para onde devo ir agora?
Quisera eu, não ser tão inconstante,
Quem dera ser sempre a mesma a todo instante.
Eu cresci... desintegrei-me de mim?
Não! Apenas adquiri novos olhos,
Contraí algumas dores,
Dissipei suscetibilidades,
Esquivei-me da superficialidade,
Odiei a banalidade.
Sim, não sou mais a mesma,
Mas ainda sou eu.
Um “eu” mais consciente.
Um “eu” mais crítico.
Às vezes meio inconseqüente.
E o meu partido político não vai além de meus próprios valores e meus princípios.
Sou adepta a ser eu mesma,
Desconexa, às avessas.
O meu “eu” mudou de nome,
Mudou para a Razão
A razão de não saber quase nada,
De não prever as coisas,
Mas também de não ser tão previsível.
Talvez seja ele meio rude,
Mas não é também um tolo insensível.
O meu eu é um tanto hermético,
Talvez seja até sistemático.
O meu “eu” é caleidoscópico.
E no fim das contas,
Às vezes ainda me procuro,
Esse meu “eu” ainda me é o oculto, meio escuro.
Creio que ele jamais será decodificado,
Vive a transladar.
O meu “eu” é um “Eu alado”.


[Naná]

Um comentário:

  1. Parabéns querida amiga Najla. Escrever sobre o "eu" e os outros "eus", tem que ser alguém especial. Um "eu" mais consciente. Um "eu" mais crítico.

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