SEGUE-ME?

28 de agosto de 2011

Ser como se é, é saber o que se quer...



Por muitas vezes, as pessoas se espantam com o meu jeito de ser: meio rude, direta, e sem “papas na língua”. O convencional é que a mulher seja como uma “flor delicada”, submissa, extremamente vaidosa e preocupada com a aparência exterior; ela deve estar sempre em conformidade com os padrões que a sociedade exige: ser atraente, estar “em forma” com seu corpo e “obediente” ao seu companheiro. Quando a mulher é o oposto do que prega, ela é chamada de feminista.
Não acredito que exista uma Revolução Feminista; na realidade creio que as mudanças do mundo moderno, com uma participação feminina maior na sociedade, nos mais diversos aspectos, não seja uma atitude feminista- revolucionária, mas sim, seja uma mudança de foco no que se diz à valorização individual de todas as pessoas, independentemente de sexo.
Sempre me preocupei mais com os valores internos do que uma mera aparência externa. Claro que o asseio e o senso de vestir-se e apresentar-se são importantes, mas uma maquiagem e uma roupa de marca pode não mostrar realmente quem se é.
Acho tolice milhares de regras de etiquetas, tremendamente exigidas no contexto social; creio que o maior valor a ser cultivado é o respeito ao próximo e à si mesmo: dentro disso, há embasamento suficiente para todas as demais atitudes das pessoas. O que quero dizer, é que as pessoas prendem-se muito à modismos, rituais e aparências, que, por muitas vezes, fomentam valores vazios e fúteis.
Acredito que uma pessoa seja melhor, se ela busca superar à si mesmo, e não, vivendo a cada dia, competindo por ser mais bela e por viver de moda que os outros dizem ser o parâmetro ideal para alcançar o êxito tão aspirado: a fama.
Com certeza, serei eternamente julgada e criticada pelas minhas acepções tão contrárias ao que prega-se “mundo à fora”, mas o que importa é que me sinto bem com o que penso, e não ligo em ser contrária à todo mundo.
Nunca fui a mais bela, a mais vaidosa, a que sempre anda na moda, e vive atraindo olhares... talvez sempre me viram como uma garota esquipática, feia e sem graça; mas isso não me frustra de modo algum. Sei que defender os nossos próprios valores não é tarefa fácil quando se é constantemente colocado à prova com motins que incitam à dança contrária ao que se pensa; no entanto, a força da verdade é o que me move para continuar do meu modo. Não considero egoísmo, e nem me acho a “dona da verdade”, mas acredito na minha verdade. Isso me esquiva de alimentar mentiras para mostrar uma postura que não tenho, ou até mesmo, aparentar ser, alguém quem não sou.
Cometo os meus erros, sou longínqua de ser alguém ideal, mas me mostro de cara limpa com a humildade em assumi-los e corrigi-los; odeio jogos, estereótipos, prenúncias. Aceito críticas, mas sei filtrar o que me faz bem e não levo em consideração as pessoas que me fazem mal.
Ainda estou escrevendo o meu mundo, caminhando por caminhos difíceis, com milhares de dúvidas, algumas revoltas e muitas alegrias, persistência, embora já tenha sucumbido muitas vezes também.
Não preciso estar em destaque, não é minha pretensão ou objetivo, ser “nomeada” exemplo para alguém, mas eu sou o meu próprio exemplo. Já dizia Nietzsche: “Sejas como fores, seja a tua própria fonte de experiências.”
Não me regozijo com o que sou, pois tenho ainda muito a aprender, mas me alegro com o meu esforço por tentar ser melhor a cada dia.


[Naná]





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