SEGUE-ME?

24 de novembro de 2011

"O Dom de Não ter Dom"


Depressão... já nem sei mais como descrever essa dança taciturna que embala todas as noites, e me tira o sono nas madrugadas, pinceladas com um tom escuro de um céu sem estrelas.
Estou presa em meu ego ferido e não posso sair.
Essa masmorra me evade cada vez mais, e está faltando ar pra respirar.
A motivação tem se escoado pelo ralo.
O que escrevo é desconexo, mas é real. Tenho vagado à esmo, sem sentidos definidos, labirintos inextricáveis de sentimentos.
Olho para o espelho inúmeras vezes, mas não enxergo além de... alguém que perdeu o brilho, ou, que jamais o possuiu.
Sempre volto a acreditar que sou totalmente dispensável, e que é tolice empreender algo.
Tudo o que penso, o que faço, falo é tolice. Ninguém pode me ver. Esforço inútil.
Realmente devo ser uma aberração.

"Eu tenho o dom de não ter dom"


(Naná)











Um comentário:

  1. A motivação se vai perdida num labirinto de sentimentos sem sentido, desconexos, frios, escuros...
    E não há superfície que traga o brilho que busco reflexo.
    Resta-me vagar pelo escuro, tateando as paredes, em passos lentos...
    Tentando evitar os alçapões que aguardam um deslize de meus pés.
    A chama aqui está branda...
    Trêmula com os movimentos do ar...
    É dificil encontrar a inspiração, a vontade, a energia e criatividade que a faça brilhar forte, iluminar meu caminho...
    O sucesso se tornou uma distante utopia...
    Que ao longe se posta, como uma estrela solitária.
    E já me cansei de olhar para o alto...
    De correr na direção que me dizem, buscando alcançar aquela estrela...

    Não quero aquela estrela...
    Não quero o sucesso...
    Nem ao menos sei que é esse tal "sucesso"...

    mas em meio a essa perdição, toda essa confusão, encontro um motivo para um sorriso:
    a ironia com que sou forçado a dizer que "Sei que nada sei..."

    O pior de tudo, não é que não sei...
    É que devo seguir, me esforçar, fazer tudo para alcançar sei la o que.

    Quando tudo que eu mais quero é um pouco de paz, é uma pausa, uma fuga dessa masmorra que se tornou a vida do homem moderno...

    É parar de correr atrás do sucesso sem nunca alcançá-lo, dar as costas a esse brilho, a essa estrela distante...

    E voltar-me para o que já tenho, seguir o caminho que já conheço...

    Seguir o brilho de teus olhos, voltar para a luz...
    Repousar no calor de teus braços e encontrar-me no reflexo de teus olhos.

    Esquecer as necessidades, as vontades materiais por um momento, deixar de lado o estresse, os problemas que nos seguem e tantas cortinas que tornam o caminho da vida um labirinto escuro e confuso, para apreciar a luz e o brilho que já encontrei, que está ao meu alcance, e que diferente do sucesso, me faz realmente feliz.

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