SEGUE-ME?

5 de dezembro de 2011

Eu, Fragmento.


E eu me pergunto o que faço com tantas e tão pesadas pedras. Não é fácil caminhar com o peso sobre as costas, e a consciência tão gritante de que assumir a fraqueza não é uma questão tão simples e nem tão viável.
Mas olha, eu tentei de todas as maneiras não ser acometida por esse tédio manipulador; ele acabou por adentrar no meu limite e me fazer sucumbir por esse fragmento lamentável do meu "eu" que o tempo fiou.
O que eu faço se a calma já transmutou-se em anodinia, e o meu reflexo tem uma dose de cegueira, pela incompreensão?
Sinceramente, eu não sei!
Eu não sei porque diabos essas coisas acontecem comigo!
Esse não saber é o que queima aqui dentro, e sai gritando aos quatro ventos sobre injustiças.
Não saber é pecado, e a estaticidade é crime! Crime que corrói a pele, deteriora a alma, e fadiga o espírito.
Eu não sei, mas eu caminho, com essa interrogação gigante, e que pressiona o meu peito, e que molha os meus olhos, me encurrala no meu cerne, que se evade para onde a amorfia dos sentidos baila sem parar.

Peço uma dose de sanidade, ao menos, já que me julgam uma louca e metódica, pois ainda estou buscando algo que me prove o motivo das circunstâncias tão irônicas, e um motivo para continuar acreditando que eu não devo seguir em frente sem a amargura que me impulsiona para trás.



[Naná]










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