SEGUE-ME?

27 de maio de 2012

Silenciar.


Engraçado como o meu silêncio é inquietante: ele grita, ele corre, ele cria asas e voa alto. Ninguém o entende, nem eu mesma, mas ele fala todas as vezes em que a minha voz emudece, que as mãos trepidam, e que o horizonte me parece infindável. O meu silêncio é como uma brisa que sopra aos ouvidos e incita-me à incessante introspecção. E esse é o meu mal: silenciar. Ainda bem que ele cria vida através das palavras que transcrevo no papel, colorindo as folhas em branco; e embora ninguém perceba, do meu jeito meio torto estou escrevendo minha história, permeada de perquirições, sem as quais não saberia como tomar fôlego nessa sádica monotonia.



(Naná)




(12/05)









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