Caminho, ainda desequilibrada na corda bamba que é sentir, entre tantos transeuntes que me acenam... passam rápido, correm, se atropelam diante de minha visão baça e distorcida por não saber bem ao certo o que virá pela frente.
Horizontes longínquos, ainda temerosos...
Minha inconsciência por vezes me hipnotiza e rouba-me os ares da serenidade, e tropeço nos passos, esbarro nos espaços...
Necessidade urgente essa de refletir, que me acomete...
Vejo a vida passar indiferente, azafamada... e tenho dificuldades em seguir o ritmo.
Espero sem esperar... minha paciência é meio acomodada, excêntrica e incompreensível.
Caminho só, desatando os nós, rabiscando folhas de papel que insistem em voar pela exaustão do discurso difuso e inexequível que defronta com a minha inexatidão do repertório que enceno, nessa estrada sinuosa, envolta à labirintos inextricáveis, percorrida com passos largos... até chegar à alguma ponte, pra talvez pular, sem culpa, sem medo de singrar ilimitadamente...
(Naná)
17/06/2012
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