SEGUE-ME?

17 de junho de 2012

É engraçado...


Engraçado como as pessoas me vêem nas ruas com cara de que pensam: "Nossa, como ela mudou!". É, certas coisas são explícitas. Sim, eu mudei muito. Cresci, apanhei da vida, e senti o gosto de me tornar mulher, com todas as coisas dentro: amor, raiva, amargura, frustração, medo, insegurança, ingenuidade, uma dose de causticidade, insanidade, felicidade e tudo mais... o tempo não me deixou imune de sentir em demasia, mas não me tirou o gosto da leitura e da escrita desde pequena. Acho que desde que eu me entendo por gente. Eu mudei, mudei para melhor, para pior. Cresci mas também me diminuí em algumas vezes... inevitável e óbvio. Ciclo natural. Sabe, raramente me bateram na porta perguntando se eu precisava de algum tipo de ajuda. Acho que na realidade sempre tive resistência em pedir, e fui aprendendo a subir os degraus da vida, com tantos passos trôpegos, e em algumas vezes fugidia à razão que me motivava a prosseguir dentre tantos tombos. Engraçado também é fazer uma "releitura" da minha vida. Sempre fui esse ser esquipático, sem graça, mas recheada por uma inquietude que não cessou até hoje... Problemas com auto-estima eu nem me arrisco a dizer, porque isso também está explícito. Mas ao menos assumo esse problema com a auto-aceitação, e ainda não morri por isso. Ah, a vida não tem sido fácil ! Creio que desde quando criei essa fixação pela essência das coisas, acho que fora lá pelos meus 9 ou 10 anos. Desde então as coisas se tornaram mais complexas a ponto de fazer meus dedos trabalharem muito escrevendo... Cadernos, perdi a conta! Nem eram diários, mas sim meus livros... do meu universo impenetrável, intangível. E o grau de pensar foi se desenvolvendo, mas ainda não me foi o bastante para meu desabafo. Acho que ainda tenho que pedalar muito pra chegar no topo, suar muito a camisa pra ter alguma conclusão de qual "bicho" mora aqui dentro. Se é o bicho da ousadia, impudica e propriamente dita louca, ou se é o da timidez que ainda me prende nas masmorras psíquicas... Missão inexequível? Eu diria instigante. É, acho que o problema das pessoas comigo é a minha hermeticidade, sim, eu acabo as afastando.... outro dia me disseram: "Tenho medo de você Najla", e eu fiquei martelando isso, tentando mais uma vez me decodificar... Às vezes eu peço à Deus: "Por favor meu Pai, me torna uma pessoa normal", e ploft! Nada acontece! hehe! Meus ex- namorados sempre sofreram com isso, espírito arredio, indomável, diziam eles. E me achavam egoísta e mandona. Eu, claro, me defendia. Acho que o que sinto é sagrado, mesmo que eu mesma não compreenda bem o que sinto. É como se fosse uma missão em um labirinto inextricável, e eu não posso me abandonar, caso contrário não serei mais eu mesma... Sim, eu viajo na maionese.. hehe! Estou escrevendo isso, mas sorrindo pela peraltice e tolice do desabafo torto, desinteressante e dispensável. Mas com essas e outras descobri que ser livre não dói, e se incomoda, as pessoas que tratem de sair do caminho, porque não quero me privar de dizer... eu não sou uma voz emudecida, eu prefiro gritar pra que saibam quem sou. Claro que, neste caso, nem tudo está explícito.... hehe! Mas eu gosto de aventuras, e de coisas novas... mesmo me apavorando com o novo eu enfrento, mesmo me corroendo com lágrimas, ou morrendo de tanto rir, eu venço... e vou vencer todas as vezes que eu quiser e precisar vencer... E talvez eu machuque, talvez eu me machuque, não sou nenhuma santa! O importante é que saibam que assumo os riscos, e embora a minha ingenuidade seja aparente, eu não sou tanto assim... eu aprendi a ser mulher, com salto alto, batom vermelho, sangue quente e cara à tapa. Se alguém quiser brincar comigo pode vir, mas cuidado com o meu fel doce. Se alguém quiser me amar, saiba que eu vou me derreter feito manteiga e vou sim, deixar transparecer por inteira a minha franqueza. Eu sinto muito, mas sinto demais, quero demais, amo demais, falo demais, grito demais, escrevo demais! Sou tudo à enésima potência. Para que mascarar as coisas, se Deus as vê como elas realmente são? Eu sou partidária à minha essência, e as pessoas com suas ideias e sujidades que se danem! Sim, isso incomoda, e muito! E eu cansei de brinquedos que quebram, estou construindo meu próprio castelo, bem no ápice da minha alma. E não vou deixar que sentimentos indignos tentem derrubar o meu sonho de me sentir uma pessoa melhor mais capaz de ser feliz. Minhas regras serão cada vez mais claras, e todo cuidado é pouco! É eu mudei! Que seja bem-vinda a mudança de cada dia, mesmo com as suas pedras, deslizes... o bom de cair é voltar mais forte, e se eu não voltar, vou ter certeza que cumpri o meu dever em ser o que eu achava que era certo ser. E... ... Ufa!



(Naná)

27/05/12






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