SEGUE-ME?

21 de agosto de 2012

Saia de perto...


Cansei de sussurrar, calar por dentro. 
Estou exausta de esperas, e de olhar para o relógio e você não acontecer. 
Exaurida de procurar ser par, chutei o balde! 
Não nasci pra viver emudecida, eu tenho o dom de gritar, mesmo que incomode todos os bilhões de pessoas ao meu redor e que o mundo desabe sobre a minha cabeça, turbulenta e aparentemente oca. 
Estou mudando de direção, de foco, e te deixando no pretérito imperfeito... estou jogando a caixinha colorida de lembranças no ar, ao léu... de nada mais me serve lembrar do que não tem sentido, nem nunca teve. 
Sim, confesso que a mazela demora um tempo pra cicatrizar, mas eu preciso me libertar dessa corrente que me prende ao abismo. E você é o abismo... um poço sem fim, uma saudade sem fim, um amor disforme e maluco sem fim... mas eu odeio esse tipo de infinito... odeio contemplar infinitos sozinha, com essa minha imaginação hermética e desconexa, que ninguém sabe enxergar... 
Eu Te Amo, eu confesso... Mas isso vai passar... Porque o amor é uma doença que tem cura... Não vou deixar-me sucumbir, permitir mais uma vez fragmentos do meu coração espalhados pelo chão do meu quarto... 
Não, não e não! Basta! Chega de ser comandada por esse sentimento idiota: minha cabeça agora está no comando...
.... saia de perto, pois sou capaz de atirar!


(Naná)
04/08/12




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