SEGUE-ME?

15 de setembro de 2012

"Os fantasmas que esvoaçam sobre meu eu transitório"


Agradeço ao mundo, repleto de pessoas invisíveis que me dirigem palavras que não ouço, por me ensinar a indiferença. 
As feridas profundas têm uma grande tendência de não cicatrizar as armaduras, pelo menos é assim comigo toda vez. 
E me vêem talvez como um monstro (mais defensivo do que qualquer outra coisa), e fogem para longe desse mar impenetrável que é meu coração. 
Jamais cogitam sequer vagar à esmo num âmago loquaz como este que amedronta os passantes. 
 ... E sou vencida pela minha própria persistência em não ser par, mais uma vez e sempre assim, e infinito... Talvez eu prefira mesmo pairar sobre a lama da indecisão, e desafiar o despenhadeiro sentimental a qual sobrevivo. 
E se minhas palavras forem demasiado frívolas, deixa-me morrer com elas na imemorabilidade tão explícita aos teus olhos alheios. 


(Naná)
26/08/12



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