SEGUE-ME?

10 de dezembro de 2012

"Psicopatia"



Nem sei quanto tempo faz...
 ... desde que aprendi a inalar os ares metódicos e um tanto mais gélidos, embalando a nostalgia de outrora, que se afigura como uma sombra tentando descobrir o seu encaixe no presente, desconfigurado e ao mesmo tempo inócuo.
Raízes de sentidos inoperantes tentam se reafirmarem no âmago, suscetível e exausto de cultivos conflitantes e ermos.
É um ciclo vicioso, um horizonte infindável de teias e caminhos flexuosos.
 ... Deixei-me alongar num sofá qualquer, com um silêncio qualquer, em um momento qualquer, flutuando em mares revoltos, revestida de um temperamento fugidio, às margens de saber o que esperar, à que universo permitir-me singrar sem medo, ou sem ser acometida pela obliquidade que paralisa e freia, tornando as acepções meras ideologias deterioradas pela insegurança que corrói os póros da consciência...
 Essa psicopatia transcende as minhas forças, recobre a minha visão; e a minha tez, lívida, torna-se abocanhada pela tetricidade, deixando rastros de silêncio e uma inconformidade de poemas mal traçados nessas linhas tortas e desprovidas de coesão...


(Naná) 
17/10/12






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