Banalizaram o ciclo do efêmero.
Tropeçam, deslizam no tempo, como se ele fosse algo impenetrável e impalpável.... vivem à margem da imutabilidade dos dias, onde permanece a pressa exacerbada, opaca e indiferente.
Quanto tempo dura um mês? Certamente me responderão 30 ou 31 dias. Mas o qual o peso da significação dos dias para as nossas vidas? São meras páginas onde apenas os transeuntes acenam, e um teatro onde se encena deveres mais deveres, prazeres equivocados, realidade fugidia do concretismo do que é viver?
Qual o motivo para o riso, o motivo para os passos?
... São delongas adiáveis, onde as veias perquiritórias são absorvidas pelo ocultismo, esquiva para sensações profundas que carregam tanto conhecimento necessário para estancar toda angústia onde o homem tende a se perpetuar.
"Auto-conhecimento", termo longínquo na prática dos nossos pensamentos, frenéticos e diminutos.
Manipulação virou um estado constante e consciente dos seres, pensar custa caro e incomoda, além de ser "fora de moda".
Volto a perguntar: Quanto tempo dura um mês?
Como podemos medir o tamanho dos nossos passos, ouvir o "eu interior" sem a permissão de sermos acometidos pelo egocentrismo ou endeusamento? Aprender a enxergar-se demanda muita responsabilidade, e tempo.
O que define a passagem dos dias? Os sentimentos? O tempo é uma linha mutável em qualquer espaço?
... Que pena, denominam o tempo "efígie", fator que não se isenta de irrealidades.
(Naná)
05/02/13
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