SEGUE-ME?

19 de maio de 2013

"Não-pertencimento"


Quais "armas" ou "subterfúgios" devo usar contra o "não-pertencimento" ao mundo? 
Evasão seria uma boa resposta, mas a mais convencional é fingir, fingir que se vive em sintonia com aquilo que desce "rasgando a garganta", aquilo que se empurra pra não ficar entalado, mas que ainda assim faz mal para o estômago quando desce. E na maioria das vezes você atribui a culpa à si mesmo, pelas suas possíveis escolhas errôneas, por caminhos mal direcionados. 
Mas eu me pergunto se realmente em todas (ou na maioria) das vezes a culpa advém das próprias decisões, ou das submissões que nos são impostas, as quais precisamos engolir para "sobreviver". 
Porque a vida é tão fria, quando penso nos detalhes, porque eu sobrevivo ao caos, fingindo sorrisos que na verdade não alimentam essa força esquisita que porto para prosseguir? 
Seria demasiado orgulho da minha parte ver a liberdade por um ângulo tão complexo, a ponto de me intitularem alienada? 
Oras, já não mais espero reconhecimento alheio, tampouco coleciono expectativas, apenas me repele esse modo grotesco de algumas pessoas que insistem em me "moldar", em me "converter" à um Sistema boçal ao qual não pertenço. 
Seria mesmo esse o mundo em que residem as pessoas que pensam como eu e se indignam como eu, um mundo denominado "fora de órbita"? 
Deveria ser crime interferir nos sonhos das outras pessoas, mas como ainda não existe essa "lei", vou caminhando pela corda-bamba do desprezo e do descrédito de muitos. 
Que me permitam ser o que sou, mesmo que esse "ser" nunca seja importante. Já não me importo mais em ser importante, apenas me importo com a liberdade de viver ao menos, essa vida que possuo, da maneira com que acho digna, mesmo que soe piegas para os outros.


(Naná) 
11/04/2013



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente: