Cartas são dispensáveis quando os sentimentos podem ser lidos nos olhos, ouvidos no tom da voz e até no próprio silêncio.
Tenho medo dessa nossa combinação ousada, maluca e aparentemente desconexa, mas que se encaixa tão bem.
Você me ensinou a me surpreender comigo mesma. Não me recordo de alguém ter se preocupado em realmente "me deixar ser", talvez por isso o seu brilho me assuste e até incomode a minha relutante descrença, fugidia de esperanças...
Às vezes penso que você gosta dessa minha liberdade tresloucada de ser, embora não compreenda o que você tenha a ver com essa minha esquipatice marota.
Só sei que gosto de gostar disso e gosto de gostarmos disso juntos.
O tempo do efêmero já passou (vai valer a tal da redundância), o monstro de duzentas mil cabeças já não me atemoriza mais, pode vir com suas garras que eu o devoro. A leveza tornou-me mais forte. Essa tua leveza que agora também paira cá...
... comigo.
Neruda soube descrever:
"E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos..."
(Naná)
30/04/2013
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