Ensaiei as palavras, dancei com elas, me perdi com elas, tropecei nos versos, e na minha confusão de desaguar no papel, sorri com elas.
As palavras se ocultam na indizibilidade dos sentidos, na minha tentativa de descrevê-las.
Moço, você é todo mar, e eu me misturei em meio às tuas ondas.
De repente eu saí da janela de ver estrelas e fui singrar no céu, com você...
Parece que te conheço há séculos.
Me perdi das regras, dos manuais, da minha suposta convicção de que eu não mais me surpreenderia.
O tempo correu, mas eu vivi muito, mais do que poderia ter imaginado.
Não hesitei em arriscar, não hesitei em não resistir.
Realmente existia uma ponte pra cruzar o nosso caminho.
Por quantas curvas ainda vou me perder enquanto passeio pelo teu corpo?
Não resisto aos teus olhos claros por entre o contraste do teu cabelo escuro - e você sabe disso.
E eu te olho e você ri, tentando me decifrar.
Gosto das tuas mãos quentes e leves que sabem bem onde pousar, gosto da barba quando dança pelo meu corpo.
E eu gosto da tua dança, eu gosto do teu ritmo.
Eu gosto de você, rapaz.
Gosto do jeito que me olha, gosto do jeito que me fala.
Gosto quando você pega o seu violão e me faz viajar com a sua voz...
O que eu não gosto em você? Não gosto de você ter demorado tanto a aparecer!
Sou grata por esse "acaso" que hoje faz aniversário.
Grata pela extensão do teu sorriso, que quando eu fecho os olhos, vejo.
Você só me traz coisas boas.
E mesmo que ninguém tenha fé no amor, e mesmo que as pessoas nos achem loucos, que essa nossa loucura seja exemplo aos que nos chamam de caretas, aos que temem dar uma chance à si mesmos.
Que quando estivermos com as mãos entrelaçadas, caminhando por aí, as pessoas entendam que as coisas simples são as mais lindas de serem vividas, e que o amor não é uma utopia... o amor é uma chance de permitir-se ser com o outro e o outro permitir-se ser em você, com você.
Que o nosso romantismo "careta" e "fora de moda" nos faça diferentes de toda a descrença que as pessoas vivem.
O que prova que estou certa?
É que alguém que te devolve à superfície e acredita em você, só pode ser mesmo um caso sério, um caso profundo, um caso de parar e agradecer à Deus pela sua existência.
Eu te adoro tanto!
Obrigada por tudo!
(Naná)
18/11/13
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