Já nem sei como me declarar, na verdade nunca soube bem. Acho que declarações partem de um "estranhamento" tão consistente, mas impalpável e grandioso.
Até certo ponto, eu creio nisso.
Depois, o que fica em minhas mãos, as tão poderosas palavras, que embora não sejam capazes de descrever a tal veemência dos sentidos, alcançam o palpável, na magnificência da sua indizibilidade. É como a mão do sol, que me faz sentir na minha tez a sua estuação, mas não posso enxergar com clareza, pela sua fosforescência.
Declarar-se é também uma forma de não saber e de não caber dentro do que já se cabe.
As entrelinhas são retilíneas, vistas pela ótica inimaginável.
O amor, dizem, é brega, outros dizem ser equivocado e cego. O que penso sobre ele? O amor nos faz enxergar como somos. A suscetibilidade de amar nos desnuda de nossa roupagem manipulada pelo medo. O amor não é cego, o amor é a ausência de nossas "vendas".
A minha opinião: deveríamos ser o que somos, como quando amamos.
Declaro-me amante e amada.
O amor é a sincronia dos meus versos, e das minhas palavras tortas, mas que norteiam o meu equilíbrio de ser humana, demasiadamente humana.
(Naná)
21/12/13
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