SEGUE-ME?

24 de fevereiro de 2014

"Já não sei me Declarar"


Já nem sei como me declarar, na verdade nunca soube bem. Acho que declarações partem de um "estranhamento" tão consistente, mas impalpável e grandioso. Até certo ponto, eu creio nisso. Depois, o que fica em minhas mãos, as tão poderosas palavras, que embora não sejam capazes de descrever a tal veemência dos sentidos, alcançam o palpável, na magnificência da sua indizibilidade. É como a mão do sol, que me faz sentir na minha tez a sua estuação, mas não posso enxergar com clareza, pela sua fosforescência. Declarar-se é também uma forma de não saber e de não caber dentro do que já se cabe. As entrelinhas são retilíneas, vistas pela ótica inimaginável. O amor, dizem, é brega, outros dizem ser equivocado e cego. O que penso sobre ele? O amor nos faz enxergar como somos. A suscetibilidade de amar nos desnuda de nossa roupagem manipulada pelo medo. O amor não é cego, o amor é a ausência de nossas "vendas". 
A minha opinião: deveríamos ser o que somos, como quando amamos. 
Declaro-me amante e amada. 
O amor é a sincronia dos meus versos, e das minhas palavras tortas, mas que norteiam o meu equilíbrio de ser humana, demasiadamente humana. 

(Naná)
21/12/13



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