SEGUE-ME?

21 de julho de 2010

"Desenlace"


"Eu cansei de viver condicionadamente.


Desliguei-me desse novelo de aço que me enleava num precipício sem fim.
Apaguei você... que outrora, era resplandecente... Hoje apenas um pretérito inalcançado.
Um
mar
morto.
Um ser lamentável... Hermético...


Paraplégico da razão de amar.
Conciso e gélido.
Dissipei meus sentimentos...
E lhe entreguei-os numa bandeja ensangüentada de presente...
Dentro de uma caixa
colorida
e
vazia.
O seu olhar me foi funesto.
O meu tempo, desgastante.
Minha vida de sentir, em vão.
Esperanças amassadas e jogadas num buraco profundo
... indizível...
Meus passos se afastam de um coração que não mais bate.
Apenas um órgão involuntário... que deve ser limpo todas as noites, as quais o meu sono oculta-se desse corpo estático.
Esgueirar-me de sentir...

Tu me amas... E também lhe amo.

Mas lhe odeio... Odeio porque declara teu amor nas entrelinhas.

Odeio porque me falas ao coração... que é surdo.... que é cego...
Por
te
amar...
Sugas-me a essência...
Me roubas, devolve-me...
Ama-me ...
Foge... regressa.
Oculta-se.
Amor Insano.
Amor Utópico,
Impudico,
Insensato.
Digas-me que sumirá com o vento que se vai para nunca mais regressar...
Me jures que nunca mais surgirás em minha mente para me atormentar. Estou sangrando...
É meu último suspiro...
A salvo dentro de mim ...


Estão todos os meus sentimentos por você...

Doce luz extasiada........
............................... Que termina aqui esta noite".


(Naná)




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