SEGUE-ME?

22 de julho de 2010

"A Última Despedida"...


O tempo esvaiu-se.
Fora sua última declaração.
Seu último discurso infrutuoso.
Jamais fui suscetível às suas emoções frívolas, pérfidas, hipócritas.
Seus vocábulos pungentes não persuadem-me.
Sobejam espaços consecutivos de ausência de volição audível aos teus fatídicos contos de ser ou realizar.
Basta!!
Já não estou mais neste contexto ridicularizado que tu pregas.
Teus pensamentos taciturnos: Embale-os e desagregue-os. Incinere suas quimeras!
Seus espasmos mentais, advém de um "eu espectral", a legítima ausência de um alento anímico,
Tu rastejas numa mortalha infindável, e almeja congruência de ações.
Lamentavelmente a vulnerabilidade de outrora esvaneceu-se.
Eis a tua chance de redimir-se perante o que te afiguras.
Armas mnemônicas não sucumbem-me.
As mazelas cicatrizam, mas não sobejam insanidade.
Escolhas entre sobreviver ou deambular.
O tempo sempre é breve, mesmo dentre nuvens negras.
Sua letargia não comove-me mais. Não sou adepta à jogos baixos.
E eu sei o quanto isso custa a tua raiva desprezível e fútil, por eu declarar a volição em prosseguir com meus próprios passos, e apenas completar mais um sagrado vazio dentro do teu peito medíocre e egocentrista que cultivas.
Eu estendo-lhe a mão, neste último instante, um último suspiro de tolerância à um novo recomeço.
Não menospreze meus caminhos, pois não costumo dar valor aos que são assassinos incessantes de sonhos.
O limiar de minha consciência não debela-se pelo teu monocromático sentir, nem por tua postura rija e gélida.
Os segundos para um adeus breve, aproximam-se de tua mente pulsante e intolerante.

Chegou a hora de veres meu semblante num gesto simbólico, não obstante, ser eterno em tua memória...



(Naná)



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