SEGUE-ME?

28 de julho de 2010

"Disafeição"




Indescritível a dor que envolve-me.
Eis aqui uma alma liberta do que a suprimia.
Agora apenas resta um silêncio vazio...
Um espaço a ser preenchido pelo tempo de reluta contra a dor da ausência.
Decidi-me esquivar de ti.
Uma névoa encobre meu coração... ainda indiferente à tua infreqüência.
Minhas lágrimas talvez perpetuem-se em meu âmago.
Nunca é fácil...
Ainda recordo-me de quando disse- lhe “Adeus”...
O deixei com o olhar fixo... Esperando por uma contra-resposta.
Mas eu precisei fazer isso.
Eu preciso de ti...
Mas primeiramente preciso de mim mesma.
A cada dia estava mais hermético esse sentir.
E eu não posso mais recorrer à alguém, à não ser debelar o que nutro aqui dentro.
Os peixes não podem voar!
E a escuridão também serve para a Introspecção.
O frio também serve para enfrentar a Saudade.
A dor... Motiva-nos à forticarmo-nos.
Volitiva, a angústia roga-me para que retroceda.
Mas eu não posso mais fugir de tu...
Eu estou deixando-me escapar por entre os dedos.
Estou aprisionando meus sonhos num horizonte intangível.
Eu estou fugindo desse amor impudico que nos atrai.
Eu estou renunciando ao meu amor.
“Por Tu”
“Por Mim”
“Por Nós”.
Ao menos tente compreender-me.
Teus olhos ígneos já estão intrínsecos numa incessante agonia de querer-te.
Preciso voar para outros ares,
Avistar novas flores noutros jardins... Longínquos...
Esquecer do meu coração insano...
Eu tenho penas debaixo da língua...
Eu tenho gelo no coração.
Eu não posso permitir que o tal sentimento desumano
Instaure-se em mim.
Não posso te amar, como
Eu Te Amo...
Deixo-te minha Ternura de Desejar-te,
Embrulhada juntamente à Desventura de Te Amar-te.
Adeus!
P...


(Naná)



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