SEGUE-ME?

29 de julho de 2010

" Ínfima"



É como se algo tão grande quisesse infiltrar-se em meu “eu” tão ínfimo.
É como se eu me dissolvesse diante de quaisquer expectativas.
Sufocada pela dor de ansiar em fugir desse mundo inoportuno, intempestivo.
Sinto-me egoísta... Diante de tanto sentimento exacerbado que me comina e aturde-me ao passar do tempo infindável.
A amargura tão notável enclausura-me num Mar Gélido e Revolto.
Nada mais têm propósitos.
Tudo envolto é escuro, frio, opaco, inconsistente.
Sempre vagas memórias indeléveis... Torpor... Mazelas Atando-me os passos...
Calando minhas vozes interiores.
Vagando sob caminhos sombrios de sentir.
Resquícios desfeitos de sonhos frustrados de fazer... amar..
Posso sentir o cheiro da turbulência que exala aqui em meu âmago.
Sinto o toque frio da Noite a evadir-me envolto assombros.
Sentimentos à esmo.
Insanidades ilúcidas.
Tetricidade declarada.
Ao meu lado... Espectros de ilusões persuadem-me a crer que há tempo... Ainda...
Mas eu já não possuo forças pra trazer-te...
Ao meu lado.
Deixei-o no pretérito imperfeito... Na mais cruel decisão de esgueirar-me de amar.
A solidão é tão explícita que eu não quero mais um complô de alusões para o resto dos meus dias.
No meu quarto há tantos corações espalhados... sangrando...
Outrora eu fechava os olhos e podia ver estrelas...
Já não posso mais...
Minha acepção das quimeras incondizentes sobrepõem-se à qualquer suscetibilidade de regresso.





...“Num dia tão frio deparo-me com um esboço do teu sorriso ao meu lado.
Inferno pungente de amar.
Eu Te amo.
Não me sorrias,
Não me ames.


Pois é tudo o que eu preciso neste momento.

Afasta-te... Oculte-se”...

E eu acordo do sonho...
Mais uma Noite...

Até quando?
Os dias não findam

E a Saudade...
Intrínseca em minha essência...





(Naná)

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