
Mais linhas descritas em meu diário consecutivo e perturbador de ilusões... desenhadas tão contínuamente por onde meus passos prosseguem.
Sempre um abismo infindável de emoções tão inconstantes, incoerentes, insanas.
Tento juntar os cacos de um ser intraduzível.
Tudo é tão hermético... Lembranças perturbadoras do presente sem constância, embora tão vivo diante de meus olhos cegos...
Eu quero evadir-me desse abismo impenetrável, porque não suporto mais ter que conviver com isso.
Quero calar meus pensamentos.
Voar para um lugar longínquo... o qual tu não transpasse.
Todos os dias meu diário acresce mais confusões...
Todas as noites me furtam o sono...
Tantos por quês inexprimíveis.
Lagrimas tão contumazes... inefáveis.
Estou aturdida.
Preciso desligar-me...
A ilucidez persuade-me a prosseguir em um labirinto o qual desconheço...
Eu preciso de tu...
Ou que sejas dissipado de mim.
Estou movida por uma alma sequiosa e tão suscetível...
Sem forças... Meu corpo leva-me por caminhos obscuros para tentar encontrar uma luz... um sentido.
Mas a cada dia as mazelas fazem-me ter consciência da minha inconsciência exposta...
Não sei mais o que é sonho, ou o que é real.
Acordo todos os dias tentando acreditar que fora apenas imaginário, mas eu sinto uma ânsia que me enforca... Uma força que me puxa pra de volta à tu...
Eu ainda vou enlouquecer...
Não sei mais...
Meu sentido sumiu.
As palavras calaram-se.
Talvez eu adormeça algum dia.
Talvez...
Que não seja tarde...
Tarde demais.
(Naná)
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