SEGUE-ME?

13 de setembro de 2010

"Desfecho"



Sempre que escrevo algo, está intrínseco aqui dentro.
Em meu âmago.
Sendo tétrico, sendo alegre.
Misto de inconstância com convicções bruscas.
Nas entrelinhas mostrei-me, transmutei-me,
Dei a cara à tapa,
Meu coração sempre suscetível...
Longínquo de adaptar-se ao comodismo,
Sempre com novas emoções,
Aventuras Insanas.
Eu cansei de trespassar a ordem do coerente, do incerto,
Ou de voltar ou correr atrás do tempo.
O tempo não existe, nunca existiu.
Para mim nada é concreto.
Restam-me apenas espectros de amores vazios,
Um sentimento Cheio de Nada...
Decidi doar meu coração.
Eu já não quero mais sentir
Nem sorrir,
Nem chorar,
Nem amar.
Sem delongas dispensáveis.
Quero que não existam memórias,
Nem resquícios do pretérito
Tampouco esperanças tolas.
Deixo aqui meu coração,
Numa bandeja tão gélida,
Consumido por mazelas.
Já tentei formatá-lo
Nunca resultou em algum efeito
Privo-me agora desse órgão inútil
Insano, Leviano e Inconseqüente.
Dispo-me do impudico,
Dispo-me de mim mesma.
Dispo-me de todos.
Rasgo cada palavra,
E cada verso... em vão.




Eu já não mais existo...

Inútil procurar-me.





(Naná)

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