SEGUE-ME?

11 de setembro de 2010

"Réprobo"


É como se ainda fostes tu, presente em meu espaço
Seguindo os meus passos,
Enleando-me num abraço
Ausente abraço.
É como se minhas memórias não passassem
E tu, todos os dias me abandonasse,
Com o vento frio em meu corpo.
Corpo gélido,
Sentimento torto.
Quero pintar os meus dias,
Debelar essa agonia,
Apagar o que está morto.
Não convém relembrar o passado,
Um desamor já condenado,
Nunca estivemos no mesmo lado.
A noite embriaga-me de lembranças
Como um espectro de esperança
Eu afogo-me em intemperanças.
Unirei todas as cartas, versos, poesias,
Atearei fogo nesses dias,
Em que disseste que o Amor é Magia,
Mas fora apenas Utopia.
Deito-me em minha cama,
E repouso em lençóis brancos,
Talvez um dia eu redescubra o encanto,
De amar talvez,
Esquecer do pranto.
Folhas secas em meu coração,
Dissiparam a emoção,
De amar, viver, em vão...



(Naná)

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