SEGUE-ME?

24 de fevereiro de 2014

"Você, qualquer Você..."


Estou pensando em você, e quero te ver. Embora eu saiba que nesse momento você dorme, depois de um dia e uma semana longos e corridos. Admito, preciso de você, só de você, de qualquer jeito. Com sono, com a cara "amassada", mesmo estando doente ou irritado, impaciente, mesmo quando as suas pernas tornam-se inquietas ao ficar nervoso (eu percebo), ou quando você está chateado ou emudecido. Quero você, qualquer você. Venha agitado ou calmo, tremendamente feliz, me esmagando com o seu abraço, ou me mordendo a bochecha, mas quero você. Sei lá, invada a minha casa, o meu vestido, a minha mente, pode fazer confusão. Mas venha. 
Às vezes, no meu silêncio, eu me pego te olhando enquanto você faz as suas coisas, quando está distraído ou ocupado, e eu percebo o teu jeito, os teus gestos, a tua atenção, o teu foco. Saio de mim e caminho até você com o meu olhar, como alguém que tem fome de desbravar mundos, ou quando a sede se depara com um oásis perdido, no deserto. E quando você encontra o que procura você não pára, porque sempre quer mais, e não falo de ambição, mas de desejo. Desejo de que essa fome e essa sede nunca cessem porque é isso, afinal, que me motiva a vontade de querer ser alguém para alguém. E eu apanho os teus olhares, os teus traços e trago comigo para onde quer que eu for. 
Tenho vontade de emoldurar o teu sorriso em todas as paredes que me circundam, e prender as tuas mãos na minha cintura para que o seu toque se perpetue em mim. 
Enquanto você não percebe que estou te olhando eu me pego pensando no futuro, e tento desafiar o seu mundo. E então, na minha impavidez e pretensão, o que desejo é estar com você em todos os momentos, sem exceção. Estar com você, ser com você, nós dois juntos, abraçados, agarrados, apertados, apaixonados, amados, tristes, alegres, loucos, sem ar, sem tempo, sem medo. Laços, não "nós". 
Havia uma ponte no caminho e eu decidi atravessar, e do outro lado, lá estava você com os braços abertos e a alma rescendendo paz. O abraço ainda está aqui, mesmo depois de tantos que vieram, mesmo sabendo que tantos outros virão; mas aquele primeiro abraço foi a primeira tatuagem que você gravou em mim. 
O meu amor tem dessas coisas, de amar a simplicidade de caminhar de mãos dadas, de ficar abraçado olhando a Lua, de te esmagar com o meu abraço, de morder os teus lábios pra matar a saudade, e de querer quebrar o relógio do mundo quando estou com você. Você sabe que eu sou louca, mas sabe que eu amo você, com os seus esgares, com os seus olhares, com as suas mãos nas minhas e com o nosso silêncio que fala tanto, você sabe. 
O meu amor tem dessas coisas, de ser mais tempestade do que calmaria; de transbordar, de ser fogo, mais do que água. Não sei dosar o meu amor, porque talvez não se dose, porque amor é contra-indicado se for limitado. Troco meu enigmatismo clássico por qualquer desespero seu, troco a minha tagarelice pela sua dor, troco o silêncio do meu quarto pela tua voz que quase sussurra quando me diz, troco o meu egoísmo pelos seus problemas, eu troco o meu passado inteiro pelo futuro com você. Quero segurar as tuas mãos e aprender a ser forte pra superar as dores e os momentos difíceis, e quero que as nossas forças cresçam e criem raízes juntas para também florescermos juntos. 
Muita gente diz que o amor torna as pessoas ridículas, que eu seja a mais ridícula do planeta, então. Que me rotulem louca, ou que desacreditem nessa minha fé incompreendida, fé de dispensar o raso para mergulhar no que é profundo. Poucos têm coragem de admitir, porque o profundo exige cautela, exige esforço, exige coragem para se externar; o raso todo mundo vê. O que eu quero é sentimentos inéditos, porque nós somos únicos. O nosso amor é único. 
Obrigada por cuidar de mim sempre! Eu quero você, qualquer você, "todo" você! 

(Naná)
29/12/13


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