SEGUE-ME?

31 de outubro de 2010

Aqui um coração... "Jaz"...


Pensei que a dor tivesse cessado,
E que a tempestade tivesse amainado.
Mas os ventos sempre retornam...
Até quando serei tola,
A tal ponto de crer no discurso execrável da vida,
De que tudo cessa,
Que se curam as feridas
E em algum momento essa dor estanca?
Até quando?
O ar que eu respiro é frívolo.
O que eu sinto é sujo,
Faz-me mal.
Por que ninguém me tira daqui?
Eu não quero mais ser vítima de mim mesma,
Não quero ser governada por essa consciência
Que me amargura.
Eu quero fugir de tudo,
De todos,
Dessa clausura.
Ir pra bem longe.
Sem memória,
Sem história.
Quero voar ao léu
Esquecer do inferno e do céu
Quero apagar tudo o que escrevi,
Tudo o que foi escrito para mim.
Os meus dias são em vão.
Eu não possuo mais constância.
Esquivei-me de minha volição
Deixei meu coração em cacos, pelo chão.
Para a vida já não ofereço mais o meu perdão.
Prefiro ser cega de tudo à minha volta,
Tantas crises de revolta,
Tantos caminhos sem portas,
Tanta tristeza...
Nada mais me importa.
Quero que os ventos me levem pra longe,
Dissipe meus pensamentos,
Acabe com meu tormento,
Aqui nesse mundo não quero viver mais...
Aqui ...
Um coração 
"Jaz"...


(Naná)

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